Capítulo Quatro - A Festa de Boas Vindas

2.5K 330 197
                                    

Traduzindo "Remus Lupin and the Priosoner of Azkaban" (originalmente em inglês de alristotle ) para português. Espero que gostem :) ❤

Remus Lupin esperou atrás de um grupo de alunos do segundo ano. Havia estudantes por todo lado, apontando para as carruagens que pareciam se carregar sozinhas. O ato puro e inocente fez o coração de Remus apertar. Para ele, haviam cavalos pretos esqueléticos puxando-as. Mas ele já sabia sobre os testrálios há algum tempo, então eles não eram mais estranhos para Remus. Apenas aqueles que já viram a morte poderiam vê-los.

Ele esperou os alunos do segundo ano entrarem na carruagem e pegou a próxima vazia. Nenhum estudante ousou se juntar a ele. Com os testrálios o puxando pelos terrenos do castelo, ele se escorou e apreciou a vista. Por dentro, ele transbordava nostalgia.

"Você realmente desmaiou Potter? Longbottom está falando a verdade? Você desmaiou mesmo?" Remus ouviu um menino de cabelos louros proferir assim que ele pisou fora da carruagem. Ele não precisou olhar duas vezes para reconhecer Draco Malfoy.

O filho de Lucio acotovelou Hermione Granger, para bloquear o caminho deles para as escadas de pedra para o castelo. Seu rosto reluzia malícia.

"Se manda, Malfoy." Disse Rony Weasley com o maxilar cerrado.

"Você também desmaiou, Weasley?" Malfoy perguntou alto. "O velho Dementador apavorante também o assustou, Weasley?"

"Algum problema?" Remus disse com uma voz suave. Ele apareceu atrás de Harry e agora observava a cena. Malfoy o olhou com insolência, encarando para suas vestes remendadas e sua mala surrada. 

Com uma pitada de sarcasmo em sua voz ele disse "Ah não- hum- Professor." Depois ele riu com os dois meninos maciços perto de si e liderou o caminho escada acima em direção ao castelo.

Hermione cutucou as costas de Rony para ele se apressar e os três se juntaram a multidão pulando os degraus, despercebidamente sendo seguidos por Remus através das enormes portas de carvalho da entrada até o saguão cavernoso, que estava iluminado com tochas flamejantes e alojava uma magnífica escadaria de mármore que levava aos andares superiores. A porta que levava ao Salão Principal, à direita, estava aberta; Remus seguiu a multidão em direção ao mesmo. Ele vislumbrara o teto encantado, que àquela noite se mostrava escuro e nublado. Quando uma voz familiar disse "Potter! Granger! Eu quero falar com vocês."

Remus se virou para ver Minerva McGonagall fazendo seu caminho até Harry e sua amiga. Ela capturou o seu olhar e sorriu para ele antes de se virar para os estudantes novamente. Professora McGonagall era diretora da Grifinória quando ele ainda era um estudante. Vê-la novamente era legal, ela talvez sempre tenha gostado dele, ela também sempre foi sua professora preferida durante todos os seus anos em Hogwarts.

Agora Remus caminhava ao longo do grande salão. Era um mar de chapéus pretos pontiagudos; os estudantes alinhados nas mesas de suas respectivas casas, os rostos iluminados pelas milhares velas que flutuavam sobre as mesas. Era inacreditável estar de volta a Hogwarts. Ele fez seu caminho até a mesa dos funcionários com um sorriso sincero em seu rosto. Talvez não tenha sido um erro tão grave voltar aqui. Talvez aqui era exatamente onde ele deveria estar.

Por um momento, todos os problemas foram esquecidos, enquanto ele passou aleatoriamente pelos estudantes e era cumprimentado pelo professor Dumbledore na mesa dos professores. Ele tomou um dos três assentos ainda vagos. Hagrid, a dois assentos de si, começou uma leve conversa.

O alegre falatório dos estudantes, contando como foram suas férias, foi cessado quando Dumbledore se levantou. Ele anunciou a seleção das casas, gesticulou em direção as portas, elas se abriram e o professor Flitwick liderou os primeiranistas pelo corredor carregando um banco de três pernas e o chapéu seletor.

O professor começou a ler os nomes dos alunos após o chapéu fazer a sua cantoria de boas vindas, que não eram, de modo algum, mais obscuras que ele se lembrava. Mesmo que tenha tido uma estrofe inteira falando sobre traição dos amigos.

A seleção foi completa e Remus se perguntou como tantas pessoas foram para a Lufa-Lufa este ano. Isso o deixou satisfeito; o mundo precisa de mais pessoas que valorizam gentileza acima de tudo.

Enquanto professor Flitwick levou o chapéu seletor embora, Harry Potter, Hermione Granger e professora McGonagall deslizaram para dentro do grande salão, quase despercebidos. A professora de transfiguração sentou entre o diretor e Remus, deixando o assento a sua esquerda para o professor Flitwick.

Dumbledore se levantou novamente, fazendo o silencio reinar pelo grande salão. "Sejam bem vindos!" Ele disse, as velas reluzindo em sua longa barba. "Bem vindos a mais um ano em Hogwarts! Tenho algumas coisas a dizer a todos, e uma delas é muito séria. Acho que é melhor tirá-la do caminho antes que vocês fiquem tontos com esse excelente banquete..." ele pigarreou e continuou "Como vocês todos perceberam, depois da busca que houve no Expresso de Hogwarts, a nossa escola passou a hospedar alguns dementadores de Azkaban, que vieram cumprir ordens do Ministério da Magia" Ele pausou, era evidente que o diretor não estava nada feliz com aquelas criaturas. "Eles estarão em todas as entradas da propriedade" Dumbledore continuou "e, enquanto estiverem conosco, é preciso deixar muito claro que ninguém deve sair da escola sem permissão. Os dementadores não se deixam enganar por truques e disfarces, nem mesmo por capas de invisibilidade" ele adicionou brandamente e Remo procurou por Harry na mesa da Grifinória. Ele se perguntou como o garoto conseguiu a capa de seu pai. "Não faz parte da natureza deles entender súplicas nem desculpas. Portanto, aviso a todos e a cada um em particular, para não darem a esses guardas razão para lhes fazerem mal." Dumbledore pausou novamente; ele olhou severamente pelo salão e ninguém se moveu ou produziu qualquer som. "Agora, falando de coisas mais agradáveis" Ele retomou "Eu tenho o prazer em dar as boas vindas a dois novos professores no nosso corpo docente este ano." Remus se preparou para ser duramente julgado pelos alunos, pois ele sabia que com os seus trinta e três anos de vida, ele não parecia muito um professor. "Primeiramente o professor Lupin, que teve a gentileza de aceitar o posto de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas." Professora McGonagall gesticulou para Remus se levantar, então ele o fez e sorriu gentilmente para os alunos.

De repente ele sentiu um olhar odioso sobre si e olhou para a sua esquerda. Severus Snape, o professor de poções, estava o encarando do outro lado da mesa dos funcionários. Não era segredo nenhum que Severus queria o cargo de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas mesmo que ele estivesse com inveja de seu cargo, Remus ficou surpreso com a expressão contorcida no rosto fino e pálido de Severus. Ele estava além de carrancudo: era um olhar repugnante. Ele conhecia aquela expressão bem demais; este era o olhar que Severus usava toda vez que ele avistava Remus na escola. Mesmo que o novo professor pensasse que agora, como adultos, eles seriam sábios o suficiente para não insistir em disputas de anos atrás, ele não podia culpá-lo.

"Segundamente..." Dumbledore prosseguiu conforme a salva de palmas para o professor Lupin morreu. "Bem, sinto muito em anunciar que o professor Kettlebrun, que foi nosso professor de trato de criaturas mágicas durante anos, se aposentou no final do ano passado visando aproveitar mais tempo com os membros do corpo que ainda lhe restam. Contudo, estou maravilhado em anunciar que seu lugar vai ser preenchido com ninguém menos que Rubeus Hagrid, que concordou em acrescentar essa responsabilidade docente às suas tarefas de guarda-caça."

Surpreso, Remus se juntou aos aplausos, que ficou muito animado na mesa da Grifinória, em particular. Ele se inclinou para frente para ver Hagrid, que estava corado e olhando para baixo, encarando suas mãos enormes, seu amplo sorriso escondido por sua barba negra.Conforme o professor Dumbledore voltou a falar, ele percebeu que Hagrid secava seus olhos na toalha de mesa.

"Bom, eu acho que isso é tudo o que importa." Disse Dumbledore. "Que comece o banquete."

Subitamente as travessas e taças douradas se encheram com comida e bebida. Todos, repentinamente famintos, se serviram com tudo o que alcançavam e começaram a comer. Foi um delicioso banquete; o salão ecoava as conversas, os risos e o tilintar de talheres.

Remus passou seu tempo ouvindo a conversa de McGonagall e Dumbledore, ocasionalmente tendo sua opinião perguntada, ademais ele se manteve em silêncio, preocupado com seus próprios pensamentos.

Finalmente, quando os últimos pedaços deliciosos de torta de abóbora tinham desaparecido das travessas de ouro, Dumbledore anunciou que era hora de todos se recolherem e Remus suspirou contentemente. Aquela era a melhor comida que ele teve em anos.

Remus Lupin e o Prisioneiro de Azkaban (Portuguese Version) #wolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora