Capítulo Seis - A Poção

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Traduzindo "Remus Lupin and the Priosoner of Azkaban" (originalmente em inglês de alristotle ) para português. Espero que gostem :) ❤

Uma semana depois, setembro chegou ao fim, a lua estava quase um círculo perfeito e Remus Lupin pediu a poção de acônito a Severus Snape pela primeira vez.

Remus somente poderia imaginar quão tentado Severus estava a rejeita-la e deixá-lo miserável. Mas ele sabia que Dumbledore nunca permitiria isso e Lupin duvidava que o professor de poções realmente gostaria de um lobisomem adulto completo na escola.

No início da tarde, os professores estavam sentados na sala dos professores, alguns preparando trabalhos, outros apenas conversando. Remus sentou-se ao lado de Minerva McGonagall, que estava corrigindo algumas lições dos alunos dos quintos anos, balançando ou assentindo a cabeça distraidamente enquanto lia.

O sol já tinha quase desaparecido atrás das montanhas ao redor de Hogwarts, pintando o lago com intensos tons de laranja e vermelho. A noite viria em menos de uma hora, Lupin pensou consigo mesmo. Como toda lua cheia, ele estava mais que nervoso; ele estava em um estado de constante ansiedade. Mas isso já foi muito pior por muitos anos. Algumas horas atrás, ele veio para a sala dos professores para aliviar a sua cabeça de alguns pensamentos – ele pena demais nas coisas quando está sozinho em seu escritório – mas não tinha funcionado muito porque todos os seus colegas estavam lançando olhares nervosos em sua direção quando achavam que ele não estava olhando. Eles estavam cientes que se alguma coisa desse errado essa noite, o castelo estaria em perigo. Um aluno mordido e a escola seria fechada antes de alguém conseguir dizer 'lobisomem'.

Tentando não suspirar alto, Lupin olhou a mesa do início ao fim. Na frente da professora Sinistra estava a edição mais recente do Profeta Diário.

"Se importa?" ele perguntou, apontando para o jornal. A professora de astronomia sorriu e lhe alcançou o jornal.

Remus olhou a página da frente. Claro que, olhando de volta, estavam os olhos de Sirius Black. Sua mandíbula cerrada. Ele estava mesmo surpreso a este ponto? Ele odiava se lembrar do crime de Sirius todas as manhãs no jornal, ele não sabia por que ainda o lia. Ou sabia? Lá no fundo ele sentia que era exatamente por isso que ele lia o Profeta Diário todas as manhãs; para ter notícias de Sirius Black.

'Cidadã trouxa vê Black na floresta' era o título da manchete de hoje. Lupin se apressou para ver o texto. Aparentemente, o ministério suspeita que Black esteja viajando para o norte.

Não há nada mais a ser dito. Hogwarts está no norte.

Uma trouxa ligou para o número que o ministério tinha estabelecido aos trouxas e a mesma relatou ter visto o homem que ficam falando na televisão. Em uma hora duzentas bruxas e bruxos rastrearam a cidade e os arredores da floresta, sem sucesso. Todos os olhos procurando por um homem alto de cabelos pretos em roupas de prisão. Ninguém prestaria atenção em um grande cachorro preto.

O sol tinha sumido completamente quando Lupin se levantou e pegou os dois livros que trouxe.

"Se me dão licença, eu já vou indo. Desejo a todos uma boa noite." Ele disse com um sorriso cansado. Os outros professores lhes deram olhares de pena e Minerva McGonagall lhe deu um tapinha gentil no braço.

Subitamente, a porta se abriu, atraindo o olhar dos professores. Remus estava prestes a sair e quase colidiu com Severus Snape.

"Lupin" Severus rosnou. "Você não tomou sua poção."

"Estou honrado pela sua preocupação, mas na verdade eu estava justamente indo fazer isso." Remus disse passando pelo colega. "Boa noite."

Ele não tinha dado cinco passos quando ouviu uma capa esvoaçante e passos atrás de si.

"Que mal lhe pergunte, mas por que exatamente você está me seguindo?" Remus disse sem olhar para trás.

Severus o alcançou. "Para me certificar de que você a tome, Lupin." Snape cuspiu.

Remus balançou sua cabeça, incrédulo. "Talvez você não confie em mim, mas você realmente acha que eu preferiria massacrar metade do castelo a beber a poção?" Ambos ficaram em silêncio depois disso.

Na sua mesa havia uma taça prateada, cheia com um líquido fumegante. Para Lupin, aquilo tinha um cheiro nojento, ele desejava muito jogar para fora da janela imediatamente, porque ele sabia que tinha um gosto pior ainda.

"Beba." Severus exigiu, parado na soleira da porta. Remus hesitou. "Lupin, agora."

E pela sétima e última vez naquele mês, Remus aproximou o cálice de seus lábios e bebeu a poção clara como cristal em um só gole.

"Nojento." Ele murmurou alcançando a taça de volta ao professor de poções, que se virou para sair. "Severus espere."

Snape encarou-o bruscamente. Remus olhou para sua escrivaninha, se perguntando se ele deveria conceder a Severus essa satisfação.

"Você... você se importaria de colocar um feitiço na porta, para ninguém entrar... ou sair?" ele perguntou, recebendo um frio aceno. Severus saiu da sala, a porta se fechou e estalou duas vezes conforme Severus a encantou, então houve silêncio.

Remus empurrou sua cadeira e sentou no chão de pernas cruzadas. O que mais ele poderia fazer? Somente esperar a transformação começar. Geralmente, uns cinco dias antes da lua cheia, seus sintomas começariam a se manifestar e algumas vezes um ou dois dias antes eles estavam incontroláveis. Dessa vez não houve este problema, mas talvez isso fosse a poção de acônito os reprimindo-os.

Esta seria uma longa e dolorosa noite para Remus Lupin, e ele já sabia que não estaria dando qualquer aula na manhã seguinte.

Remus Lupin e o Prisioneiro de Azkaban (Portuguese Version) #wolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora