William poderia ter imaginado aquele beijo milhares de vezes e nenhuma delas se igualaria a perfeição daquele momento.
Devo estar no paraíso, ele pensou, talvez eu tenha caído do meu cavalo e quebrado o pescoço, talvez...
Margaret ofegou tirando Will de seus devaneios e provando para ele que ela era real e estava bem ali em seus braços.
Lentamente, ela pôs as mãos nos ombros dele e William sentiu os dedos em sua nuca, deslizando para seus cabelos para impedi-lo de se afastar. Como se houvesse a menor possibilidade dele se afastar.
Nada se comparava a aquele momento, nada. E Will queria prolongá-lo pelo máximo de tempo possível. Não se importava mais com a opinião de seu pai, tudo o que queria era ela e esperava que ela também o quisesse.
Ele deslizou suavemente sua mão pela linha do maxilar dela e sorriu, se afastando um momento apenas para observá-la. Seus olhos passando desde os olhos tomados de desejo até suas bochechas coradas e sua boca entreaberta de uma maneira adorável.
_ Você é tão linda.-Ele falou acariciando a bochecha dela e ela riu, inclinando-se contra o toque carinhoso de seus dedos
_ Estou ensopada.- retrucou.
Will se inclinou, pegando uma mecha dos cabelos molhados dela entre seus dedos, e a fitou sonhador.
_ É a garota ensopada mais linda que eu já vi.
_ E foram muitas?-provocou ela, fingindo estar brava e Will balançou a cabeça com o sorriso ainda intacto no rosto.
_ Nenhuma delas chegaria a seus pés.-Ele respondeu e ela sorriu, entrelaçando seus dedos nos dele.
_ Eu devia adivinhar que o nosso primeiro beijo seria em um momento como esse.
_ O que a senhorita quer dizer com "em um momento como esse"?- perguntou Will, erguendo uma sobrancelha.
_ Só que podia ter sido em uma situação menos...molhada?-Ela limpou delicadamente uma gota de chuva que ainda estava na bochecha de Will, como se para comprovar seu argumento.
_ Eu acho que essa situação é perfeita.- começou ele, de modo provocante -Agora me vi desafiado a prová-la do mesmo.
William a puxou para perto e voltou a tomar seus lábios com os dele, suas mãos envolvendo a cintura dela, o cobertor entre eles. Ele não conseguiu evitar o ruído que saiu dele quando os lábios dela se abriram sob os seus, permitindo sua passagem. As mãos dele foram para as costas dela, seguindo o contorno de sua coluna, perfeitamente arqueada sob o toque dele. Havia muito, muito que ele iria tocar, explorar e mostrar, e parecia que seu desejo se tornava mais avassalador a cada instante.
_ Bem, acho que ainda não estou convencida o suficiente.-Margaret sussurrou com um brilho de divertimento no olhar quando eles se separaram em busca de ar- Terá de se esforçar mais.
_ Seu desejo é uma ordem.
William percorreu com os dedos o contorno vulnerável da clavícula de Margaret, sentindo sua pele tão macia contra seus dedos. Aquele cobertor era um problema, que teria que ser resolvido logo. Ele ergueu os olhos para a menina, que o fitava com os lábios entreabertos e as bochechas coradas. Tempo, havia muito tempo, nenhum dos dois precisava se apressar. Will ergueu a mão de novo e afagou o rosto da garota incapaz de se conter, ela estava tão linda, tão perfeitamente arqueada em seus braços e tão quente. Espera, quente?
_ Margaret?-Will se afastou preocupado e a garota gemeu em protesto.
_ Você não terminou de me convencer.-Ela reclamou.
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O Diário de Sir William
RomantikMargaret, filha mais velha do visconde e da viscondessa Walsh, acaba de completar seus 18 anos e seus pais anseiam mais do que nunca ver a menina casada e feliz. Quando sua família acaba arranjando um acordo com o Conde Davies, pai do irresistível e...