ᴜɴʟᴜᴄᴋʏ ʙᴏʏ ;;

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🅃🅆🄴🄻🅅🄴

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Antes que qualquer um pudesse falar algo, a inspetora velha apareceu no corredor, com seu apito alto mandando todos entrarem nas devidas salas ou enfrentariam advertências. Renjun encarou irritado o loiro em sua frente e girou os calcanhares, se forçando a entrar no local. Se sentou em seu lugar e afundou o pequeno corpo na cadeira dura.

---Vocês demoraram.--- Donghyuck disse se virando para trás--- Mas porque estão com essa cara de cu os dois?--- questionou curioso.

---Não sei o que seria uma cara de cu--- disse abrindo seu caderno e enfiando o livro de minutos atrás na mochila---- e eu não quero falar sobre isso agora.--- decidiu, respirando fundo. Haechan achou melhor não insistir, então concordou com a cabeça à contragosto e se virou para frente, lançando um olhar de relance para Jaemin, que retribuiu.

Quando a aula teve seu fim, Renjun deixou a sala como um foguete, com passos firmes e face fechada. Se fosse um cara musculoso de quase dois metros, provavelmente seria assustador, mas a cena era algo adorável, ao ver de qualquer um. Todavia, obviamente, ninguém era louco o suficiente de enfrentar o pequeno Huang quando furioso, então o deixavam em paz. E assim seus amigos fizeram também. Nem mesmo Chenle ousou o parar na saída quando o viu deixar a escola, enquanto caminhava ao lado de Jisung. Ao pisar em casa e fechar a porta, o rapaz suspirou alto, se jogando no sofá.

Queria dar um presente a Jeno, mas não sabia como lhe embrulhar um soco.

[...]

---Você vai me dizer o que aconteceu ou eu vou ter que descobrir sozinho?--- perguntou Haechan jogando a própria mochila no chão.

---Bom dia pra você também, seu ruela.--- respondeu Renjun.

---Nossa, faz tempo que você não me chama assim.--- comentou, levando a mão ao peito, nostálgico--- Ah, mas voltando ao assunto. O que você e o Jenozão conversaram que acabou deixando os dois putinhos?

Renjun suspirou, não vendo outra saída, se não, realizar as vontades do amigo. O contou, desde a primeira frase até a última dialogada e viu a face do Lee se contorcer diversas vezes para então, no fim, gritar afobado.

---Não acredito que você jogou na rodinha desse jeito!--- exclamou surpreso, aproveitando a pouca quantidade de alunos que a sala tinha, por ainda ser relativamente cedo.

---Eu falei isso, mas aí a Sra.Choi chegou com aquele apito dos infernos mandando todo mundo entrar.--- comentou, rabiscando em seu caderno de desenhos.

---Mano, vocês têm que conversar sobre isso.--- suspirou e Renjun deu de ombros, ciente disso--- O aniversário dele é amanhã. O que vai dar pra ele?--- perguntou curioso---Além do cu, que eu sei que você quer.--- completou, recebendo um olhar feio do mais velho.

---Eu queria é dar uma terapia pra ele, mas não sei como embrulhar. Vou dar bolinho com chumbinho para aquele arrombadinho de merda. Ele acha que eu sou o que? Tapado, é? Tapado é ele que acha que eu sou besta. E, ainda por cima, quer vir colocando a culpa em mim com esse papo que falta de confiança. Pois, então, que ele enfie toda a nossa amizade no cu, já que eu não sou importante pra ele como o Na.--- esbravejou, falando rápido e gesticulando em excesso.

---Eu queria tanto que vocês resolvessem isso na cama, céus.

---Só se for com ele morto estirado em cima de uma cama.--- murmurou--- Além do mais, ele não tem nenhuma tipo de interesse em mim. Eu já entendi isso.

Você que pensa” Donghyuck quis falar, mas apenas riu contido. Estava adorando a situação, era dezenas de vezes mais empolgante do que os doramas que assistia.

taste ☾ norenminOnde histórias criam vida. Descubra agora