taste ☾ norenmin

ʟᴏᴠᴇᴅ ʙᴏʏ ;;

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Renjun suspirou, sendo acordado por um incômodo. Além da luz do Sol que ameaçava entrar pela janela aberta, sentia dores em diversas partes, até nas que imaginava ser impossível doer. Se remexeu, sentindo a cintura ser abraçada e, definitivamente, não estava com a cabeça sobre um travesseiro. Não entendeu bem como estava posicionado na cama, só sabia que Jeno estava lhe segurando por trás e Jaemin encolhido em sua frente, com uma perna sobre sua cintura. E definitivamente, estava deitado sobre o braço de ambos. Cuidadosamente, se esgueirou até a saída da cama e a deixou, procurando pela primeira blusa e bermuda que visse pela frente, usou o banheiro do corredor e saiu respirando fundo. A noite passada começou a ser repassada em sua memória e não conseguiu evitar o sorriso que se formou incoscientemente. Cada toque, palavra, gemido e suspiro estaria gravado em sua mente, querendo ou não. E, por mais que a vergonha lhe atingisse depois dos efeitos do álcool e tesão passarem, queria sentar e conversar com Jaemin e Jeno sobre o que tiveram, têm e terão. Não queria se machucar e, muito menos, deixar os dois mais novos magoados. Ainda não sabia como, mas faria o melhor para que os três se entendessem e, quem sabe, engatassem um relacionamento triplo, mesmo não tendo o menor resquício de ideia de como seria. Assim que desceu as escadas calmamente, pode escutar uma risada contida vinda da sala. Apenas esticou o pescoço, atrás da mureta que separava o cômodo, e viu Chenle gargalhar, enquanto Jisung segurava uma almofada contra o rosto, bufando alto. O chinês mais velho sorriu, escolhendo lhes dar privacidade e não se meter, então pisou com cuidado até o outro cômodo, se preparando para começar o café da manhã. Assim que separou os ingredientes que precisaria e começou a bater a massa das panquecas, um grito fino repercutiu por toda a casa silenciosa e três figuras entraram correndo na cozinha. Um Donghyuck descabelado segurando o celular se esquivou de Chenle, que gritava para o Park segurar o Lee, este último, que se escondeu atrás de Renjun o usando como escudo humano.

---Apaga isso agora!--- o chinês mais novo disse, pegando uma colher qualquer em cima da bancada Lara fortalecer sua pose ameaçadora.

---Primeiramente, abaixa isso.--- o Huang mandou ao mais novo, levantando a colher de madeira melada de massa em contra-ataque--- E você--- virou o rosto para Haechan--- me solta, sua mão 'tá gelada.--- reclamou. Ambos os rapazes obedeceram e o Zhong permaneceu emburrado--- O que aconteceu pra você querer ameaçar o Hyuck com uma colher?--- perguntou cruzando os braços.

---Ele tirou uma foto nossa.--- reclamou, imitando a pose.

---Ele vive fazendo isso. Por que estão bravos assim?

---Porque eu peguei eles no pu-lo!--- apontou Donghyuck, mostrando a fotografia para o moreno. Era, ainda que borrada, uma foto dos dois mais novos abraçados sob o colchão, se beijando.

---Vocês estão bravos por causa disso?--- sorriu, pegando o aparelho nas mãos.

---C-claro! Isso é falta de respeito pela parte dele.--- Jisung reclamou, espalmando a mão sobre o mármore da bancada.

---Não é como se fosse uma novidade e não há nada a se envergonhar.--- disse o mais velho, apagando a foto rapidamente. Escutou o protesto de Haechan, que choramingou--- Pronto, apagado. Vão logo arrumar a sala antes que minha mãe chegue.--- mandou, devolvendo o celular ao amigo antes de se virar para continuar o que estava fazendo. Os mais novos correram novamente para sala, ao passo que Haechan se sentou na cadeira da mesa de jantar e resmungou.

---Na moral, tive 'mó trabalho pra tirar no sigilo e você me faz essa trairagem.

---Isso é algo que é só entre eles, isso se chama privacidade.