Arte, Café e Menta | ⚢︎ [Em Andamento]

Capítulo 5

Após algumas taças de vinho já estávamos bem mais alegres do que mais cedo.

- Acabei de me lembrar da vez, em que a professora de biologia, aquela maldita, começou a questionar na frente de todo mundo se éramos ou não um casal e você perguntou na maior cara de pau se ela por algum acaso queria saber se o seu "caminho estava livre" - Ela gargalha enquanto fala - Aquele dia eu pensei que ela fosse explodir de tão vermelha que ela ficou.

- Ela com certeza queria arrancar alguma coisa de mim. Ela vivia me perguntando sobre isso, eu já estava de saco cheio.

Digo rindo e servindo mais vinho para ambas. Apoio minha taça no joelho da Yara que estava com as pernas no meu colo e continuo a ouvir falar. Ela fica tão feliz relembrando essas histórias.

- Você já notou como todo mundo em algum momento acredita que nós duas temos alguma coisa?

- Pois é, suponho que seja devido à nossa relação tão íntima, mesmo que sejamos apenas amigas.

- Talvez, mas sabia que eu já quis saber como era te beijar? - Ela fala me olhando e eu quase me engasgo com o vinho - Isso foi quando te conheci. Eu estava me descobrindo bissexual.

- Bem, quando te conheci eu também já quis te pegar. Mas você já sabe disso.

- Você só me contou tarde demais.

- Talvez, se nós tivéssemos tido algo naquela época hoje em dia nem olhássemos uma para outra.

- Você tem razão, mas acredito que agora que somos um ser híbrido, um beijo não iria interferir na nossa amizade.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Yara realmente não deve beber.

- Você se arrependeria quando o efeito do álcool acabasse.

- Então, por quê não tentar antes do efeito acabar?

Ele se aproxima de mim me surpreendendo.

- Yara, não faça nada que vá se arrepender depois.

- Eu só estou pedindo um beijo.

Ela me responde ainda mais perto. Posso sentir sua respiração contra o meu rosto.

Uma de suas mãos deslizou pelas minhas costas até a minha nuca, enquanto a outra segurava firme a taça. Seu olhar alternava entre meus lábios e os meus olhos.

Minha mão livre foi direto para o seu pescoço e eu a puxei para perto de uma vez. Dando a ela o que ela me pediu.

Sua boca era macia, doce e tinha uma sincronia incrível com a minha. Eu mordo seu lábio entre o beijo e ela resmunga contra a minha boca.

Não sei por quanto tempo nos beijamos, mas foi incrível e só paramos por precisarmos de ar.

- Acho que te dei o que você queria.

- Se eu soubesse que seria tão bom, teria pedido antes.

- Você já está bêbada. Não sabe o que diz.

- Isso é o que você diz.

Ela da de ombros e termina sua taça. Eu faço o mesmo, mas dessa vez não sirvo mais para nenhuma.

- Eu digo, que devemos ir dormir. Amanhã tenho que resolver muita coisa.

- É, vamos dormir.

Ela tira a taça da minha mão e coloca ao lado da dela.

Eu me deito e a puxo pela cintura para perto. Ela suspira quando seu corpo se choca contra o meu, mas fingo não notar.

- Boa noite meu amor.