Capítulo 11

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O despertador do celular me acordou às 6 da manhã, a cama implorava para que eu ficasse mais um pouco, mas eu finalmente estaria indo para o meu lugar e sendo finalmente uma mulher independente. Além de que, Olívia estaria na porta do meu apartamento às 7 e eu não posso deixá-la esperando.

Tomei um banho quente e rápido, vestindo um short e uma camiseta qualquer em seguida. Quando sai do banheiro dei de cara com a Yara no corredor.

- Bom dia.

A cumprimentei, mas ela não me respondeu. Ela ainda está com raiva porque eu estou me mudando. Entretanto, decidi ignorar isso, pelo meu bom humor.

Peguei minhas coisas no quarto em que dormi, as levei para a porta da casa e pedi um carro no app. Porém, antes de ir preciso me despedir dos pais da Yara.

- Bom dia e com licença, eu só quero me despedir de vocês dois antes de ir embora. Eu finalmente achei um lugar para ficar.

Disse quando entrei na cozinha, onde a Yara e os pais dela tomavam café da manhã.

- Você já vai mesmo minha querida? - Edna se levantou da mesa e veio até mim, me abraçando calorosamente - Eu vou sentir sua falta. E por favor não se esqueça, aqui você sempre tem um lar.

- Minha esposa está certa, sentiremos sua falta e estaremos sempre de portas abertas para você.

O pai da Yara disse sorrindo, ainda sentado.

- Muito obrigada por tudo que vocês fizeram por mim, vocês são a minha família.

Disse com um sorriso sincero.

Eles me acolheram quando meus próprios pais me abandonaram, eu devo muito a todos eles.

- Você não tem que nos agradecer. Fizemos isso porque gostamos de você.

Edna respondeu me soltando do abraço. Ela é uma boa mãe e uma ótima pessoa.

- Eu também amo muito todos vocês e prometo que sempre venho visitá-los.

Digo os encarando com carinho. Eles realmente se tornaram muito importantes e especiais para mim.

- Acho bom mesmo.

Edna me olhou fingindo seriedade e todos no cômodo rimos.

- É, mas eu espero vocês no Madeiros também, eu ficaria muito feliz em poder servir um café para vocês.

- Com certeza nós iremos, Yara me falou de um café mentolado que me deixou curioso.

Brincou Rafael.

- Realmente é muito bom, se tornou meu café predileto. - Sorrio para todos eles ao dizer - Mas, agora eu preciso mesmo ir, meu carro já deve estar me esperando.

- Tudo bem minha linda, vai aproveitar a sua independência e ser muito feliz, porque você com certeza merece.

Edna me abraçou novamente. Acho que nunca me senti tão amada como agora.

- Obrigada mais uma vez, por tudo.

Agradeço novamente antes de me desvencilhar do abraço da Edna.

- Eu te levo até a porta.

A mesma diz com uma mão no meu ombro esquerdo. Aceno para Rafael e olho uma última vez para a Yara antes de me virar para ir embora, ela ainda está encarando a própria xícara.

Edna me ajuda a pegar as mochilas e me leva até o carro. O motorista já estava parado em frente a casa me esperando.

Nos despedimos novamente e entrei no banco traseiro, levando as mochilas comigo no banco. Confirmo o destino com o motorista e pego meu celular.

Arte, Café e Menta | ⚢︎ [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora