Capítulo 12

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- Eu não esperava que beijasse tão bem, acho que vou ter que te beijar de novo para ter certeza que não estou alucinando.

Olívia falou com a boca ainda próxima a minha, e eu queria muito conseguir responder ela agora, mas minha respiração está ofegante demais para isso e quero aproveitar um pouco mais o gosto dela que está marcado nos meus lábios. Entretanto, eu não precisei responder para que ela me beijasse novamente, segurando firme a minha nuca e a minha cintura, enquanto sua língua explorava a minha boca, me dando mais do seu gosto.

Não vou mentir, esse beijo foi um dos melhores, se não o melhor, beijo da minha vida. Os lábios macios, a mão deslizando nas minhas costas e apertando minha cintura, enquanto a outra segura a minha nuca e puxa levemente os meus cabelos...

- Eu adoraria continuar, mas se eu não desligar o molho agora nosso almoço estará arruinado.

Ela diz quando, infelizmente, separamos nossas bocas. Ambas ofegantes. Espero que ela tenha gostado desse beijo do mesmo jeito que eu gostei, porque com certeza eu daria qualquer coisa para ter outro.

- Claro, eu vou te esperar na sala.

Respondi, ainda meio zonza, com as partes onde ela tocou formigando. Cada célula do meu corpo em êxtase e excitação.

- Só mais uma coisa - Ela me chamou quando eu já estava na porta da cozinha - Eu avisei que assim como a Rupi Kaur, eu conhecia ótimos jeitos de usar a boca.

A piscadela e o atrevimento dela me dão um pouco de raiva, ela sabe ser irritante. Será que era disso que a Jennifer estava falando quando disse que somos parecidas? Eu sou irritante?

- Convencida.

Rebato indo me sentar, ignorando o palavrão que ela proferiu na cozinha, porém pensando muito no que acabou de acontecer.

Eu acabei de beijar a Olívia.

A garota da guitarra e tatuagem de cobra, que me hipnotizou com a sua voz, como uma sereia...

Sereias...

Preciso falar com a Yara, mas não sei se ela vai querer falar comigo. Eu deveria ter dado mais tempo a ela.

- Finalmente está pronto.

Olívia anunciou com os pratos em mãos, que aparentemente, estão deliciosos.

- Hum, parecem estar ótimos. Muito obrigada.

Respondo quando ela me entrega um dos dois pratos que carregava, se sentando ao meu lado logo em seguida.

- Não foi nada, depois você me recompensa com aquele Yakisoba.

Ela sorriu e começou a comer.

Eu ainda não acredito que ela tem o mesmo prato favorito que eu. Eu reconheço que é um prato famoso, mas ainda sim, é muita coincidência, ou seria o destino?

Eu a analiso de relance, enquanto ela come a comida que fez, e que aliás, está ótima. A regata que ela está usando me permite ver totalmente as duas tatuagens que ela tem no braço, me pergunto o que significa essa dançarina.

- Droga - Ela pragueja quando o próprio celular começa a tocar no bolso da calça - É a Alice. - Ela avisa, como se eu precisasse de alguma explicação, e leva o aparelho ao ouvido - Fala meu bem. O que? Ah sim, eu havia me esquecido completamente, mas pode deixar que eu passo aí mais tarde. Beleza, fechado então.

Ela desliga o telefone e o guarda no bolso novamente. Ela parece tranquila, o que significa que a ligação não foi ruim.

- Eu te dou uma carona até o Madeiros e pode deixar que a louça é minha. Vá se arrumar enquanto isso.

Arte, Café e Menta | ⚢︎ [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora