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"Gente, alguém viu o Daniel?" Edu perguntou ao restante do grupo, depois de perceber a ausência do amigo no camarim. Elídio levantou a cabeça e olhou em volta, atrás do citado, mas ele não estava em nenhum lugar a vista.

"Eu o vi saindo mais cedo" Camila comentou, bebericando um pouco do líquido em sua taça. "Ele estava levando a mochila, mas eu achei que ele fosse voltar logo."

Elídio franziu o cenho e olhou para Anderson, que parecia igualmente preocupado. O mais alto fez um sinal com a cabeça e os dois se afastaram do grupo, indo para o lado de fora da sala e fechando a porta.

"Ele falou com você antes de ir?" Elídio perguntou, pegando o celular no bolso para ver se Daniel tinha enviado alguma mensagem. Anderson acenou negativamente e também pegou o celular, procurando o número do amigo. "Eu vou ligar pra ele."

"Não, deixa que eu ligo." Anderson falou, apertando o botão de chamar. "Volta pra sua festa. Eu aviso se algo tiver acontecido."

Elídio acenou com a cabeça, mas não saiu do lugar. Observou Anderson levar o telefone até a orelha e esperou. O outro homem fez uma expressão confusa e afastou o aparelho do rosto, dizendo.

"Ele desligou na minha cara."

"Ele nunca faz isso.

Anderson balançou a cabeça e tornou a ligar, mas foi rejeitado novamente. Era visível que os dois estavam preocupados. Daniel não era de fazer aquilo. Algo estava errado. Elídio estava pronto para sair para o carro, já estava com suas chaves na mão, quando Anderson conseguiu estabelecer contato.

"Onde você está, Daniel? Quase nos matou de preocupação." Anderson parecia zangado, andando de um lado para o outro com o celular no ouvido. "Dani, me responde."

Elídio observava a conversa em silêncio, brincando de jogar suas chaves de uma mão para a outra. Ele também estava bravo com Daniel e esperava a sua vez de lhe dar uma bronca pelo sumiço.

"Eu vou entrar no carro agora e vou atrás de você." Anderson voltou a falar após alguns segundos em silêncio. "Você vai me dizer aonde você está ou prefere que que rode a cidade inteira até te encontrar?"

Quando o amigo desligou o telefone, ele ainda parecia tão preocupado quanto antes. Ele ficou um tempo com o celular na mão, olhando para um ponto qualquer a sua frente.

"Andy? O Daniel tá bem?" Elídio questionou, preocupado.

"Ele... Eu não sei." Anderson suspirou e esfregou os olhos com os dedos. "Eu preciso ir atrás dele."

"Eu vou contigo."

"Nem pense nisso. Você vai pra comemoração do seu noivado e eu vou atrás do Daniel."

Elídio aceitou a contragosto, pegou a mochila do amigo e o observou se afastar em direção a saída. Ele só torcia para que Daniel estivesse bem.

***

Quando Elídio acordou, sentiu sua cabeça doer. Após o teatro, ele havia saído para um bar com a noiva e os amigos e havia bebido demais. Não se lembrava de como chegado em casa.

Ele se espreguicou e se levantou, sentindo tudo girar. Ele arrastou os pés até o banheiro, tirou a roupa que usava e entrou debaixo do chuveiro gelado, sentindo o corpo se arrepiar. Sua mente voou para a noite anterior. Ainda estava preocupado com Daniel.

Ele saiu do chuveiro, se enrolou na toalha e foi em busca do seu telefone. O achou dentro da calça que usara na noite anterior. Primeiro tentou ligar para Daniel, mas ninguém o atendeu. Tentou Anderson, mas também não teve resposta.

Posso Te Fazer Feliz?Onde histórias criam vida. Descubra agora