13.

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{POV Elídio}

Era sexta-feira e eu havia passado quase a semana inteira na casa de Daniel, indo para a minha apenas para pegar roupas e alguns itens que eu iria precisar. Eu estava tão confortável com sua companhia que não queria ir embora e encarar meu apartamento vazio.

Estávamos em sua sala, deitados de conchinha no sofá, olhos atentos na tela da televisão em que passava o filme de ação que havíamos escolhido assistir naquela tarde fria. Ouvia a chuva caindo fininha do lado de fora, os pingos acertando o vidro da janela e fazendo um barulho que começava a me deixar sonolento.

"É, não foi tão legal assim." Daniel constatou, dando pausa nos créditos do filme e se virando no sofá para ficarmos frente a frente. "O que você achou?"

"Meh." dei os ombros, esticando meu pescoço para selar nossos lábios rapidamente. Daniel sorriu, como sempre sorria quando a gente tinha qualquer atitude carinhosa um com o outro. Ele era a criatura mais adorável que já tinha visto; e eu ficava indignado por nunca ter percebido aquilo antes. Eu não sabia se o fato de estarmos passando tanto tempo juntos fazia com que eu começasse a notar cada detalhe de seu comportamento ou se eu apenas estava começando a olhar ele com outros olhos. Seja o que fosse, aquilo me trazia um quentinho gostoso no meu corpo.

Passei meu braço sobre seu corpo e coloquei minha mão nas suas costas, por baixo da camisa, fazendo com que ele se arrepiasse com o toque gelado da única parte do meu corpo que não estava coberta com o edredom grosso que estava jogado sobre nós. Novamente juntei nossos lábios, me permitindo aprofundar o beijo sem achar nenhuma resistência. Nossas línguas se encontraram e nosso contato tornou-se mais rápido e voluptuoso. 

Levantei meu corpo e passei uma perna sobre sua cintura, conseguindo nos girar para ficar por cima de Daniel e o fazendo deitar com as costas no sofá, o edredom indo parar no chão. Separei nossos lábios e encarei Daniel, que tinha o rosto vermelho e a respiração acelerada. Meu coração batia forte e eu sentia um comichão dentro das minhas calças. Mordi meu lábio inferior, tentando restabelecer meu controle. Me curvei devagar sobre o corpo de Daniel, mas não o beijei.

Meus lábios foram em direção ao seu pescoço e eu mordisquei sua pele, ouvindo ele grunhir baixinho. Sorri travesso, juntando nossas bocas novamente e segurando a barra de sua camisa, conseguindo retirá-la com a sua ajuda. E então tirei a minha própria, vendo os olhos de Daniel passearem sem pudor pelo meu torso nu. Voltei a brincar com a pele exposta de seu pescoço, não pensando duas vezes antes de sugar e deixar marcado. Dani tinha os olhos fechados com força e a boca entreaberta, completamente tomado pela excitação. Escorreguei minha língua do seu pescoço para o seu tórax, sentindo o corpo de Daniel estremecer sob o meu.

O volume da minha calça era perceptível, assim como na de Daniel. Esfreguei nossos quadris propositalmente e o ouvi gemer abafado, ele colocando a mão na boca para tentar conter os ruídos que eu estava provocando nele. Subi novamente para lhe beijar e senti Daniel esticar seus braços do lado meu corpo e agarrar minha bunda com vontade, me fazendo rir um pouco. Aquilo era novo.

As mãos de Daniel passearam pelo meu tronco e seus dedos foram ágeis em abrir o botão da minha calça logo que chegaram na frente. Comecei a me sentir ansioso. Eu não estava pronto.

Me separei de Daniel e me levantei do sofá depressa, observando ele me encarar confuso.

"O que foi?" ele me perguntou, se levantando do sofá para ficar na minha frente.

Cocei atrás da cabeça, frustrado comigo mesmo por ter me acovardado. Bufei irritado, deixando meus braços caírem ao lado do corpo em sinal de derrota.

"Desculpa, Dani." pedi chateado. "Fomos rápidos demais. Fiquei nervoso. Eu sei que fui eu que comecei, mas me deu um clique."

Daniel me encarou curioso, a cabeça levemente inclinada. E então ele esticou os lábios em um sorriso bonito e acolhedor, colocou as mãos na minha cintura e me puxou para perto. Ele deixou um beijo no meu peito, um no meu pescoço, subiu para deixar outro no meu queixo e enfim selou nossos lábios demoradamente.

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