11.

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-Caralho...—reclamei de dor massageando meu braço que estava doendo.

-Doeu?—a pessoa perguntou interessado em saber e eu o olhei irónica—É...pergunta idiota—ele disse rindo simples—Me dá a mão—ele disse estendendo a mão para que levantasse.

-Não é preciso, obrigada...—falei e levantei do chão sem a ajuda dele.

-Qual seu nome?—ele perguntou curioso.

-Você não precisa saber meu nome, só precisa pedir desculpas—falei sarcástica e óbvia.

Que merda, meu braço estava doendo muito.

-Desculpas porquê? Você apareceu do nada na minha frente—ele constatou no mesmo tom debochado que eu.

Não gostei.

-Vá tomar no seu...—não terminei de falar, porque era desnecessário estar batendo bocas com um idiota desses.

Me recompus e saí andando, mesmo com minha dor, preferi não transparecer.

-A gente se esbarra por aí—ele disse irónico e eu levantei o dedo do meio para ele mesmo de costas.

E eu que achava que a viagem seria, só paraíso.

Cheguei no meu quarto e fui direto pro banheiro, porque se não bastasse, eu estar com meu braço doendo, eu quase fiz minhas necessidades, nas calças.

Depois de me aliviar, tirei o casaco para ver se não tinha ficado roxo, porque minha pele é bem sensível para essas coisas, qualquer esbarrão, já fica roxo. Mas por sorte só estava um pouco vermelho.

Coloquei meu casaco novamente, e saí do quarto para a parte de cima, ver se eu encontrava a Sophia, e principalmente, ver se o jantar já estava pronto.

-Onde você estava? Demorou demais—ela constatou curiosa.

-Demorei para achar o caminho pro quarto—contei meia verdade, até porquê não iria ficar dando ênfase nessa situação, que só me deixaria irritada.

-O jantar já vai ser servido, eles disseram que já podemos ir nos sentado, se quisermos—Sophia me avisou e eu assenti, indo com ela até a mesa de jantar.

Já tinha várias pessoas lá sentadas, conversando e fazendo amizades, e como eu sou dessas que ama conversar e conhecer pessoas novas, fui me sentar com eles junto com a Sophia.

-Boa noite—desejei sorrindo e eles retribuíram.

-Sentem aqui—uma mulher disse apontando lugares do seu lado.

-Como você se chama?—perguntei curiosa ao sentar-me do seu lado.

-Liah e você?—ela questionou sorrindo.

-Giorgia, e essa daqui é minha amiga Sophia—apresentei-a e elas sorriram uma para outra se cumprimentando.

-Prazer...—ela ia falar algo mais, mas chegaram com a comida—Até que enfim, eu estava cheia de fome—ela falou só para nós, três ouvirmos.

Liah parecia ser divertida, ela era bem baixinha, notava-se mesmo com ela sentada, e tinha um cabelo longo e castanho.

As pessoas começaram a chegar e sentarem-se na mesa, e minutos depois, todas as cadeiras estavam ocupadas, e havia conversa por todo o lado. Eu particularmente, amava esse clima de conversa jogada fora, e conhecer pessoas novas.

Reparei no homem que eu tinha esbarrado minutos atrás, sentado na ponta da mesa, conversando com outro cara. Parei para o reparar melhor, loiro, olhos claros e lábios carnudos. Tão lindo, pena que é idiota.

BEIRA MAR |✔|Onde histórias criam vida. Descubra agora