-Meu táxi já deve ter chegado, já estou indo—avisei para a Sophia e ela me abraçou se despedindo.
-Se cuida, e cuida bem do meu afilhado, por favor—ela pediu e eu assenti sorrindo.
Me despedi, somente de algumas pessoas, porque com certeza, o táxi já estava me esperando. Saí daquela enorme casa, e fui até meu táxi que já estava lá, como imaginei.
...
Saí do apartamento correndo e arrumando tudo dentro da minha bolsa, ao mesmo tempo, pois, estava super atrasada para o ultrassom.
-Bom dia, sr.Johnsom—cumprimentei-o bem rápido, ao passar pelo hall do apartamento, extremamente, apressada.
Nem ouvi o cumprimento dele. O táxi que eu tinha pedido, já estava me esperando, em frente ao apartamento. Mostrei o endereço do destino, e ele dirigiu, rapidamente, até o consultório da Dra.Milley, como eu havia pedido.
Quando cheguei, paguei a corrida, e saí correndo para entrar no consultório. Pelo menos, eu ainda estava conseguindo correr, não como antes, mas o suficiente para eu chegar no horário. Quando adentrei o lugar, me permiti controlar a respiração, que estava bastante ofegante.
-Pensei que não viria, mais—Henry comentou, parando na minha frente.
-Está sendo um sacrifício, sair da cama—falei, com a respiração já controlada, e me recompondo.
-Vem sentar, vou buscar uma água para você—ele disse e, assim fiz.
Sentei-me nas cadeiras da recepção, e pouco tempo depois, Henry, chega com um copo de água.
-Obrigada—agradeci ao terminar de beber a água.
-Giorgia Miller?—uma mulher com um jaleco branco, perguntou, e eu me levantei, junto com o Henry.
-Sou eu—avisei, me aproximando dela.
-Me acompanhe, por favor, a Dra.Milley, já está te aguardando.—ela avisou e eu assenti, começando a segui-la.
-Estou nervosa—comentei só para o Henry ouvir.
-Se te serve de consolo, eu também estou—ele disse sorrindo de lado, me fazendo rir.
Entramos numa sala, onde vi uma mulher concentrada nus papeis, alheia a tudo o que acontecia a sua volta.
-Dra.Milley, aqui está a paciente, Giorgia—a mulher que estava nos acompanhando, disse, tomando a atenção da Dra.
-Giorgia, que prazer em te conhecer—ela disse se levantando e vindo me abraçar.
-O prazer é meu—falei sorrindo.
-Sentem-se, por favor—ela pediu, apontando para duas cadeiras.
Sentamo-nos de frente para ela, e a mulher que dantes nos acompanhava, saiu da sala.
-Você é muito parecida com sua mãe, ainda mais com a franja—ela comentou de forma carinhosa e eu sorri.
Eu gostava de relembrar dela.
-Vocês eram muito próximas?—perguntei curiosa.
-Muito, só que a vida aqui na clínica é bem atarefada, então, não dava muito tempo, para saírmos juntas—ela contou e eu assenti sorrindo—Você é o pai da criança?—ela perguntou curiosa, olhando para o Henry.
-Sou sim—ele respondeu simples.
-Ótimo...sendo a primeira consulta, vou ter que pedir uma bateria de exames, e te prescrever alguns cuidados—ela começou a explicar.—sente-se naquela maca, por favor.—ela pediu e assim fiz—vou precisar, tirar seu sangue para o exames—ela informou e eu assenti.
Henry assistia tudo com muita atenção, e permaneceu calado, a maior parte do tempo. A dra.Milley, retirou meu sangue, escrevendo algo num papel. Eu, particularmente, não gostava de agulhas, mas consegui me controlar, para não gritar.
-Vamos fazer o ultrassom, mamãe?—ela perguntou e eu assenti.
Deitei-me na maca, sentindo a ansiedade me atingir. Parecia ser algo inédito, o que eu iria fazer.
Henry sentou do meu lado, de modo que, tanto ele, como eu conseguíamos ver a tela. Ela passou um gel frio na minha barriga, e começou a passar um transdutor por todo o lado, logo em seguida.
-Estão vendo aquele ponto branco ali?—ela perguntou apontando para a tela, e nós assentimos—é o vosso filho—ela respondeu e eu senti minha pele molhar pelas lágrimas.
Como, algo tão pequenino como aquele ponto branco, conseguia me fazer, transbordar de amor?
Voltei o rosto, vendo o Henry com o olhar fito, na tela, sorrindo abertamente, para o que via.
-Nosso filho...que loucura—Henry comentou sorrindo.
-Você já está com 8 semanas de gravidez, o bebê já está bem desenvolvido, agora você precisará, tomar alguns cuidados—ela aconselhou e eu assenti, ainda chorando—Querem ouvir o coração dele?—ela perguntou e eu senti o meu coração, acelerar.
Olhei para o Henry que tinha a mesma expressão de ansiedade, que eu.
Ela foi ligar algo, naquela máquina, e eu peguei na mão do Henry, que sorriu para mim. Segundos depois, ouvi um barulho forte, e rápido, o que me fez emocionar ainda mais.
-Ele é bem agitado—comentei sorrindo, em meio ao choro.
Vi Henry, deixar escapar uma lágrima, mas, logo a limpou. Ele tinha um sorriso bobo no rosto, igual tinha no meu.
-E pensar que fiquei triste, quando descobri que iria ser mãe—falei limpando minhas lágrimas, e Henry, beijou a costa da minha mão.
-O importante, é que agora, você está feliz, e isso é bem notável—a Dra. Comentou desligando a máquina e me entregando um papel, para que eu pudesse, me limpar.
-Felicidade é muito pouco para descrever, o que eu estou sentindo, nesse exato momento—falei sorrindo, enquanto Henry limpava o gel da minha barriga.
Voltamos a nos sentar, nas cadeiras, de frente para ela, enquanto ela escrevia algo numas folhas.
-Você vai engordar, e isso é normal, mas, o peso ideal é entre 11 a 15 kg, para uma gestante, então você vai ter que se cuidar, e terá que maneirar, nos alimentos gordurosos—ela explicou e eu concordei, tentando gravar cada detalhe, na minha memória.
-Ela pode comer muito doce?—Henry perguntou curioso.
-Claro que não, você não vai poder exagerar em nada, vai ter que cortar também a cafeína, qualquer tipo de bebidas alcoolícas, cigarros, tudo o que pode prejudicar a sua gestação, mas, não se preocupe, pois, eu vou deixar tudo por escrito, para você—ela avisou e nós concordamos.
-É que eu tenho um pequeno problema, com doces—exprimi e ela riu.
-Então papai, a sua tarefa vai ser ajudar a sua namorada a controlar, a alimentação—a Dra.Milley, disse e eu me engasguei.
-Ele não é meu namorado, mas, eu vou me cuidar—falei um pouco sem jeito, e ouvi o Henry rir.
-Desculpa—ela disse um pouco sem graça e eu assenti.
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BEIRA MAR |✔|
RomanceGiorgia Miller. Uma amante da gastronomia, que não quer saber do amor, e sim, da sua carreira como chef de cozinha, de viver sua vida loucamente, sem se apegar a nínguem. Somente, amando e curtindo a si mesma, com as pessoas que ela quer, a hora que...