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Já com minha comida pronta, e sentada no sofá vendo Tv, resolvi abrir minhas redes sociais, para ver os comentários na foto que eu tinha postado, de manhã.

@maxbradley—Tio já ama...Não sei vocês, mas eu quero que seja menina.

@Sophiaa—Que barriga linda, deu até vontade.

@HenryB—Lindos demais.

@JamesHunter—Se for menino, James é um nome lindo.

@MillerGiorgia responde @maxbradley—Se for menina, e vier igual a mim, vai dar trabalho hahah...

@MillerGiorgia responde @Sophiaa— Se concentre, Banks, qualquer coisa, você me ajuda a cuidar do meu.

@MillerGiorgia responde @HenryB—Faltou só você, na foto.

@MillerGiorgia responde @JamesHunter—Jogou no ar, não é mesmo? Sophia está louca para ter um mini James...

Desliguei o celular, rindo dos comentários, e focando na minha comida que já estava esfriando.

O sono, pós almoço, começou a me atingir, e pouco a pouco, meu corpo foi relaxando no sofá da sala. De tanto cansaço, que eu não fazia a mínima ideia, de onde surgia, acabei adormecendo.

...

Acordei assustada com o barulho da Tv, e notei que já estava de noite. Na verdade, já era de madrugada, constatei isso, ao ver a hora, no meu celular. E eu pensando, que só tiraria uma pequena soneca.

-Merda, me deu vontade de comer cheetos com morango—falei estranhando o meu próprio desejo—Como é possível, sentir desejo de algo, que eu nunca comi?—perguntei sem entender nada, e rindo em seguida.

Porém, eu não ficaria só na vontade.

O pior era que, já estava de madrugada, então, a única loja, que eu encontraria aberta, ficava um pouco longe de casa. Mas era o único mercado, que ficava aberto 24 horas, e eu estava com um desejo bem estranho, que eu queria saciar.

-Bem que poderia ser, algo que eu tivesse aqui em casa—falei para mim mesma, respirando fundo.

Peguei meu celular, e tentei ligar para o Henry, porque, pelo menos, ele tinha carro, então, seria mais fácil, para ele, antender esse meu desejo.

Mas o problema, era que ele não atendia o celular.

Resolvi deixar um monte de mensagens, foi a única coisa, que passou pela minha cabeça. no momento.

Eu: Antende essa merda, Henry.

Eu: Estou com desejo, quero cheetos com morangos, bem estranho, eu sei, mas não tenho culpa.

Eu: Então, levanta da cama, POR FAVOR.

Tentei ligar mais de um milhão de vezes, e esperei vários minutos, para ver se ele retornava, ou respondia as mensagens, porém, não recebi nada.

Eu: Não vai responder, ótimo, eu que não vou ficar com esse desejo, vou eu mesma no mercado comprar.

Desliguei a tela, colocando o celular no bolso, e pegando a chave de casa. Nem me importei por estar de pantufas, somente, chamei um táxi pelo aplicativo, e esperei ele chegar, no hall do prédio.

Já dentro do táxi, fiquei verificando meu celular, para ver se ele não respondia as mensagens.

-Obrigada—agradeci o motorista, lhe pagando, quando ele parou em frente ao mercado.

Desci do carro, notando que a rua estava escura e deserta. Entrei no mercado, constatando a mesma coisa, que tinha visto na rua.

Totalmente deserta.

­­-Mas também, Giorgia, já é de madrugada—falei para mim mesma, andando pelo mercado.

Peguei os cheetos e os morangos e fui para o caixa.

-Desejo?—a mulher que estava no caixa, perguntou simpática e eu assenti sorrindo.

-Impressionante, como tinha que acontecer, justo de madrugada, e ainda por cima, aquele cretino não atende o celular—exprimi e ela riu.

-O pai?—ela perguntou curiosa e eu assenti.

-O próprio—respondi e ela sorriu.

Ela me entregou a sacola com o que eu tinha comprado, e eu não via a hora de poder comer tudo aquilo.

-Bom trabalho—desejei e ela assentiu agradecendo.

Saí do mercado, e me sentei no chão, em frente ao mesmo, abrindo a minha bolsa de cheetos.

-Giorgia...—ouvi a voz ofegante do Henry e voltei o rosto, notando que ele estava sem camisa, somente com uma calça de algodão cinza.

-Está fazendo o quê aqui?—perguntei sem entender, comendo meus morangos.

-Você ainda pergunta? Acordo de madrugada para beber água e eu encontro várias mensagens de você dizendo que vai vir pro mercado, de madrugada, sozinha—ele fez questão de enfatizar a palavra "sozinha".

-Eu estava com desejo, e você não atendia, eu que não iria ficar lá, morrendo de desejo—expliquei e ele negou com a cabeça.

-Mas tinha que vir sozinha? Caralho, eu fiquei preocupado, essa rua está deserta, Giorgia—ele disse se sentando do meu lado.

-Na hora não me passou pela cabeça, ligar para mais ninguém, então, vim sozinha—falei sorrindo de forma inocente, e ele suspirou.—Não deu nem tempo de você vestir uma camisa?—perguntei rindo.

-Ainda bem, que hoje resolvi dormir de calça, pois, se eu estivesse dormindo somente de boxer, eu viria daquele jeito...na hora eu só pensei em pegar a chave do carro e voar para aqui—ele explicou e eu ri.

-E como você soube que era esse mercado?—questionei curiosa.

-A única, mais perto da sua casa, que fica aberto, 24 horas—ele respondeu simples e eu assenti.

-Pelo menos, agora, você não vai mais deixar o celular no silêncio, de madrugada.—pronunciei divertida, colocando a cabeça no ombro dele.

-Bem que você, poderia ir morar lá em casa, facilitava muita coisa, principalmente, nesses teus desejos de madrugada—ele sugeriu e eu arregalei os olhos.

-Claro que não, Henry, está muito cedo para isso—exclamei óbvia.

-Porquê? Eu não quero ficar longe de vocês, muito menos, quando ele nascer—ele declarou e eu respirei fundo.

-Só que, acabamos de começar a namorar. Morar juntos é um passo, que eu não sei, se estou preparada para dar, agora—expliquei e ele acabou concordando.

-Tudo bem, eu entendo—ele disse beijando o topo da minha cabeça.

-Vamos fazer assim, arrumamos o quarto do nosso filho no seu apartamento, e quando ele nascer, vamos morar lá. Pode ser?—perguntei sorrindo segurando seu rosto.

-Pode—ele respondeu simples me dando um selinho, e eu sorri.

-Agora, me leva para casa, porque, amanhã eu trabalho, cedo—falei sorrindo, e ele sorriu de volta, assentindo.

Ele pegou na minha mão, me ajudando a levantar do chão. Me abraçou de lado, e nós nos dirigimos até o carro dele.

Ele conduzia, com uma mão no volante, e outra na minha nuca, me fazendo carinho.

-Durma bem—ele disse me beijando de forma carinhosa, ao chegarmos, em frente ao meu prédio.

-Pode deixar—falei por fim, dando um último beijo casto nele.

Saí do carro, andando até a entrada do prédio. Virei o rosto, vendo que ele ainda estava lá, me esperando entrar.

Definitivamente, eu estava apaixonada.

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BEIRA MAR |✔|Onde histórias criam vida. Descubra agora