BEIRA MAR |✔|

63.

-Giorgia—ouvi Henry me chamar, então, voltei-me para ele—Seu uniforme—ele disse me entregando um dolman preto, com um símbolo do restaurante, estampado na cor dourada.

O tecido também, era bem confortável. Eu, estava amando tudo nesse lugar. Realmente, estava sendo um sonho.

Fui para um vestiário, que o Henry tinha me indicado, e troquei de roupa, vestindo o dolman, que caiu super bem, no meu corpo. Me olhei no espelho, um pouco, admirando essa nova fase, e sorri.

-Você fica sexy, de dolman—ele disse quando eu saí do vestiário.

-Henry, lembra do que combinamos—repreendi e ele sorriu, levantando as mãos em rendição.

Fomos, novamente, para a cozinha, onde todos já estavam arrumando as coisas, para abrir o restaurante.

-Nessa cozinha, dividimos todos os trabalhos, assim como, eu posso cozinhar, eu posso também lavar os pratos—Henry explicou, apontando para alguns lugares da cozinha—Você vai ficar na parte doce, que você domina melhor, mas se quiser alguma hora fazer um prato salgado, é só trocar com alguém—ele completou e eu assenti.

Eu gostei de ficar na parte dos doces, me identificava mais, e era onde, minha criatividade piscava.

-Eu vou abrir o restaurante, e já volto—ele avisou, saindo da cozinha.

-Eu vou amar trabalhar, aqui—comentei ao lado da Liah.

-É muito legal, mas, a quantidade de pedidos, por minuto, é enorme—ela informou e eu concordei sorrindo.

-Damos conta, pelo menos, eu acho—falei divertida e ela riu.

Henry entrou na cozinha, já vestido seu uniforme. O restaurante nem tinha aberto por dois minutos, e já tinha vários pedidos chegando na cozinha.

Colocamos a mão na massa e começamos a cozinhar. Henry ficou comigo, já que era o meu primeiro dia. Ele foi me explicando umas receitas de doces, que eram as mais pedidas no restaurante.

-O segredo dessa receita, é um fio de liquor que costumamos colocar, que muda o gosto, totalmente—ele explicou, enquanto eu preparava um molho de chocolate, negro.

-Chefe, seu pai está aqui, e deseja ser atendido, pelo senhor—um garçom entrou na cozinha, informando-o.

-Tudo bem, vou lá e já volto—ele disse olhando para mim, e eu assenti.

Saber que, o pai dele estava a poucos metros de mim, me dava um frio na barriga, pois, me fazia lembrar, que eu ainda teria que o conhecer.

Me concentrei, em fazer a minha receita, e tentar aprender e decorar o máximo, que eu conseguisse, ainda hoje.

-Giorgia—ouvi Henry me chamar, então, levantei meu rosto, para o ver—Meu pai quer te conhecer—ele contou e eu arregalei os olhos.

-Henry, você tinha que dizer, que eu estava aqui—falei revirando os olhos.

-Pelo menos, você não está o conhecendo, na mesma situação, que eu conheci seu pai—ele disse em sua defesa, sorrindo de lado, e eu ri de nervoso.

-Tem que ser agora?—perguntei e ele assentiu—Tudo bem—falei por fim, suspirando.—Elijah, você pode, por favor, ficar de olho nesse chocolate, para não deixá-lo queimar?—pedi e ele concordou.

-Vai lá—ele disse, já se aproximando da panela.

Henry, colocou a mão, na minha costa, me levando até onde o seu pai, estava. Paramos em frente a um senhor de terno, mas ainda assim, com um aspeto relaxado. E eu pude notar, o quão parecido os dois eram.