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Nossas comidas chegaram e eu comi, mesmo que pouco, mas eu não podia ficar sem comer nada, porque ainda iríamos ficar umas horas por aqui, conhecendo o lugar.

-Qual vai ser o primeiro lugar que iremos conhecer?—Liah perguntou entusiasmada para o guia turístico.

Já tínhamos terminado de almoçar, e já estávamos todos na parte de fora do restaurante, falando com o guia turístico, prestes a conhecer esse lugar lindo.

-Dolphin Discovery, um lugar muito frequentado pelos turistas, onde iremos ver alguns golfinhos—ele respondeu e eu sorri me animando.

Tentei esquecer essa história de gravidez por pelo menos umas horas, enquanto eu conhecia esse lugar, até porquê eu posso estar me desesperando á toa.

Posso nem estar grávida.

Então, respirei fundo e deixei toda essa história para lá, e me concentrei em conhecer uma parte de Punta Cana.

-Você voltou muito estranha da farmácia—Sophia constatou do meu lado.

-No iate conversamos, agora vamos aproveitar—falei e ela assentiu.

-Ali está... Dolphin Discovery—o guia disse e eu sorri vendo nós, nos aproximarmos do local.

Eu sempre quis conhecer golfinhos, eles são fofos.

Descemos do carro e fomos em direção á entrada. O guia falou com os seguranças e eles liberaram nossa entrada.

-Eu quero ir naquilo—exclamei ao reparar o que tinha na minha frente.

Uma piscina enorme, que tinha um enorme parque aquático, com direito a vários tobogãs gigantes. Mais a frente tinha outra piscina onde eu conseguia ver alguns golfinhos brincando com umas crianças.

-Tem como irmos?—Sophia perguntou sorridente para o guia, apontando para o parque aquático.

O guia assentiu e nós olhamos uma para a outra sorrindo de orelha a orelha. Eu estava me sentindo criança novamente, e isso era tudo o que eu precisava nesse momento.

Não focar nos problemas da vida adulta.

Eu e a Sophia nos despimos de forma apressada e corremos para os tobogãs. Subi as escadas apressadamente e entrei num tobogã deslizando. Parecia que não tinha fim, e a adrenalina era maravilhosa.

Quando meu corpo se encontrou com a água eu nadei de volta até as escadas, e reparei que todos estavam deslizando também.

Eu só queria que esse sentimento de liberdade durasse para sempre.

Fui pegar meu celular na bolsa que deixei na borda da piscina para tirar umas fotos. Eu queria fotografar tudo para que, toda vez que eu me sentisse sufocada com os problemas da vida, eu me lembrasse desse dia e pudesse relembrar a sensação que estava sentindo, naquele momento.

Juntei todo o mundo e pedi para o guia tirar a foto. Como só tem gente louca nesse grupo, nem sei se a foto ficou boa, alguém deve ter ficado com o olho fechado e outra com a boca aberta, mas o que contava era a intenção.

-Vamos ver os golfinhos senão passaremos o dia todo, aqui—Locky disse divertido e nós assentimos saindo da piscina.

-Meu Deus, eles são tão fofos—Liah comentou fazendo voz afinada.

Me aproximei de um deles passando a mão nele. No inicio me assustei por estar tão perto, mas foi um momento bem legal.

Saímos de lá e visitamos mais alguns lugares como, Hoyo azul, que era uma espécie de buraco onde a luz do sol refletia, e a água que fica dentro do buraco torna-se num tom de azul claro, muito lindo.

Como já estava ficando tarde, tivemos só mais o tempo de conhecer a Playa Bavaro, uma praia maravilhosa. Ficamos por lá um bom tempo, tomando um sol, nadando, e vendo o pôr do sol.

Com certeza seria um dos momentos mais maravilhosos que passamos juntos.

Nesse momento estávamos voltando para o iate, e já estava escurecendo.

-Como eu queria repetir—Sophia comentou subindo as escadas do iate.

-Quem sabe não combinámos outra viagem juntos—Nick sugeriu e nós nos animamos com a ideia.

Seria muito bom, viajar com eles de novo.

No momento que entrei no iate e dei de cara com o ambiente, acabei lembrando do Henry, que por sinal, durante o dia todo ficou bem na dele, assim como eu. Mas também me lembrou do maldito teste de gravidez que eu ainda não tinha feito.

E como eu tinha bebido muito líquido enquanto conhecíamos, Punta Cana, eu comecei a sentir vontade de ir no banheiro.

-Podemos conversar agora?—Sophia me perguntou e eu assenti.

-Vem comigo...eu preciso de você comigo—falei tomando coragem de encarar o teste de gravidez.

Entramos no meu quarto e eu respirei fundo sentando-me na cama.

-Giorgia, você está me preocupando—Sophia contou se sentando do meu lado.

-Eu fui na farmácia, expliquei meus sintomas, e a farmacêutica me passou isso...—falei lhe mostrando os remédios.

-Que bom, e você já os tomou?—ela perguntou curiosa.

-Não, porque ela também me passou isso...—pronunciei lhe mostrando os testes de gravidez.

-Quê? Como assim? Você está grávida, Giorgia?—ela perguntou com os olhos arregalados.

-Eu não sei, Sophia, estou desde a hora do restaurante tentando não pensar nesse maldito teste—expliquei e ela me olhou parecendo estar chocada com a notícia.

-Ficar assim não vai adiantar, Miller...vai no banheiro fazer os testes.—ela disse e eu respirei fundo assentindo.—Eu vou ficar, aqui, qualquer coisa, você grita—Banks exprimiu e eu assenti.

Peguei a sacola com os testes de gravidez e me dirigi ao banheiro. Dessa vez eu consegui urinar, então, eu só tinha que esperar os cinco minutos, assim como dizia na caixa.

Deixei-os lá em cima da mármore, e voltei para o quarto.

-O que deu?—Soph questionou ansiosa.

-Temos que esperar uns minutos—respondi e ela balançou a cabeça em positivo.

-Você e o Henry não se protegiam?—ela indagou e eu neguei com a cabeça

-No inicio sim, só que teve umas vezes na banheira, no chuveiro, no sofá da piscina, mas eu sempre tomei a porra do remédio—falei passando as mãos no rosto, nervosa.

-Você sabe muito bem, que não são 100% confiáveis, Giorgia, o bom mesmo é sempre se proteger—ela disse e eu assenti.

-Eu sei, Soph, eu sei...que merda, eu não estou preparada para ser mãe—falei deitando no colo dela, com a voz chorosa.

-Não fica assim, ainda não sabemos de nada, pode ser só um descontrolo no seu organismo—ela tentou me animar.

-Tomara, Soph!—exclamei suspirando.

-Eu acho que já deu os cinco minutos.—ela proferiu e eu levantei-me do colo dela, sentindo-me mais nervosa ainda.

-Vai lá pegar, por favor—pedi nervosa e sentindo meu coração bater forte.

Ela assentiu se levantando, e indo em direção ao banheiro. Fiquei lá, pensando tudo e mais alguma coisa, enquanto ela não voltava.

-Então, o que deu?—perguntei ansiosa e apreensiva quando ela voltou para o quarto, com os testes na mão.

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