P O R G I O R G I A
Meu celular começou a despertar e eu resmunguei antes de levantar, mas era por uma boa causa. Eu estava ansiosa para saber aonde ele me levaria, então, levantei da cama e fui me arrumar.
Já que seria somente nós dois, eu optei pelo meu biquíni mais ousado que eu ainda não tinha coragem de vestir em frente da galera, mas como o Henry já me viu até nua, não fazia mal nenhum, eu o vestir.
Coloquei minha roupa por cima, peguei tudo o que eu precisava e saí do quarto, trancando-a. O iate estava bem silencioso porque ainda era cedo, e provavelmente todo mundo estava dormindo. Acabou, que eu nem comentei com ninguém, nem com a Sophia. Todavia, não faz mal, depois eu conto.
Subi as escadas e vi Henry de costas, arrumando uma cesta de comidas.
Henry é a pessoa mais fofa que eu já peguei.
Dei até risada com esse pensamento.
-Bom dia—falei e ele se virou com uma carinha de sono, mas, ainda assim não abandonava seu típico sorriso de lado.
-Bom dia...vamos?—ele perguntou animado, e eu assenti sorrindo.
-Fez o quê, para comermos?—questionei curiosa e faminta.
-Muita coisa, quando chegarmos lá, tomamos café—ele avisou e eu concordei andando do lado dele, até a escada da entrada do iate.
Ao descer as escadas, vi uma pequena lancha e me animei ainda mais.
-Nossa, temos até lancha—comentei surpresa.
-Nadando, que não íamos—ele disse irónico e eu ri.
-Esquece, o negócio do fofo que eu disse, você é um ogro, mesmo—falei debochada e ele riu.
-Sete da manhã, releva—ele exprimiu e eu assenti rindo.
Entramos na lancha e eu fui ficar do lado dele enquanto ele tomava o volante para ir á algum lugar que eu não fazia a mínima ideia, de onde era.
-De onde é que saiu essa lancha?—perguntei curiosa.
-Robert que me arrumou ele—ele respondeu e eu assenti.
-Tudo isso pra me levar, para sair?—retruquei sorrindo sarcástica e ele deu risada.
-Na verdade eu queria ir conhecer esse lugar, mas não estava afim de ir sozinho, então, resolvi te levar—ele respondeu no mesmo tom e eu bati no braço dele, rindo.
-Acordou idiota, hoje, ou é sempre assim?—perguntei divertida e ele sorriu de lado.
-Faço um esforço para não ser, mas não dá—ele disse irónico e eu neguei com a cabeça rindo.—Já estamos chegando—ele avisou e eu voltei o rosto para ver aonde era.
Estávamos no meio de umas pedras gigantes, e em uma delas tinha, como que um grande buraco onde ele entrou com a lancha.
Minha boca caiu no chão com a maravilhosidade desse lugar, que ele me trouxe. Á minha frente tinha uma grande cachoeira, várias árvores, algumas flores brancas, uma água azul clarinha e acima de nós um grande buraco onde entrava a luz do sol.
-Henry, esse lugar é lindo—exclamei analisando cada detalhe boquiaberta.
-Vamos aproveitar, então—ele disse segurando minha mão e me ajudando a descer da lancha.
Pisei o pé firme numa pedra, e meu rosto ficava só rodando tentando capturar com meus olhos cada parte lindo desse lugar.
Henry desceu com a cesta de comida, e fomos andando até uma área mais plana, onde poderíamos instalar nossas coisas.
Sentei no chão e inspirei fundo sentindo a brisa leve adentrar meus pulmões.
-Gostou?—ele perguntou sorrindo para mim.
-Amei...—respondi retribuindo o sorriso—Agora vamos comer, por favor—implorei, porque minha barriga já estava reclamando.
Ele começou a tirar as coisas de dentro do cesto, e minha boca chegou a salivar.
-Você que preparou tudo isso?—perguntei surpresa e ele me olhou irónico.
-Quem mais seria?—ele retrucou e eu ri.
-Desculpa, é que as vezes eu esqueço que você sabe cozinhar—falei sincera e divertida ao mesmo tempo, e ele riu.
-Até meu pai me diz isso—ele comentou rindo e eu ri também.
-É que, sei lá, você tem cara de modelo, feição de playboy, jeitinho de marrento, mas não de cozinheiro—opinei debochada e ele riu.
-Eu não sei se isso foi um elogio, ou um esculacho—ele exclamou e eu dei risada.
-Meio termo—respondi e ele sorriu.
Ficamos por lá rindo e comendo as comidas que ele preparou, que estavam uma delícia.
O que Henry Blanc tem de gostoso, tem de bom cozinheiro.
-Acho que comi demais—ele disse deitando no chão.
-É sério que você vai ficar aqui deitado, com essa maravilha á nossa frente?—perguntei indignada e ele assentiu.
-Vai lá, que já te encontro—ele disse ainda com o rosto para cima.
-Tudo bem—falei e comecei a me despir.
A ideia inicial era tomar banho de biquíni, mas eu sempre quis tomar banho nua, então, acabei tirando toda a roupa.
Saí andando em direção á agua, e molhei só os pés, inicialmente. A água estava perfeita, do jeito que eu gosto.
Mergulhei na água, sentindo meu corpo relaxar. Esse lugar era realmente um paraíso.
Senti a água um pouco mais agitada e voltei o rosto vendo Henry, nadar na minha direção. Ao se aproximar ele segurou minha cintura e fez uma cara de confuso.
-Giorgia, você está nua?—ele perguntou com os olhos arregalados, e com uma pitada de malícia.
-Estou, mas porque deu vontade, não para o que você está pensando—respondi direta o afastando e ele riu.
-Não faz isso comigo...—ele pronunciou se aproximando novamente.
-Já estou fazendo...—falei debochada e ele deu risada negando com a cabeça.
Ele apontou para a cachoeira com a cabeça, dando a ideia de irmos até lá, e eu sorri me animando com a proposta.
A água caía bem forte, mostrando-se ainda mais convidativa. Chegamos lá e eu sentei-me numa pedra, sentindo aquela água bater nas minhas costas, e de certa forma me relaxar, era como se eu estivesse recebendo uma massagem da natureza.
Henry estava só me olhando e era nítido que ele não estava conseguindo se controlar, e como eu não vim parar aqui nesse paraíso para transar, nadei até a borda para ir vestir meu biquíni, novamente.
Apesar do biquíni também ser um pouco ousado, mas pelo menos, eu não estava nua.
-O seu objetivo foi me deixar louco? Parabéns conseguiu—ele disse debochado, olhando diretamente para uma parte dos seios que ficava demasiado exposta.
-Trouxe preservativo?—perguntei e ele negou coma cabeça—Então, nada feito.—respondi rindo.
-Mas eu não fazia mínima ideia que você nadaria nua, e muito menos que iria vestir esse biquíni—ele disse malicioso—prometo que não gozo dentro—ele disse me colocando no seu colo, e eu ri.
-A maior mentira dos homens—retruquei e ele riu.
-Tudo bem, já entendi—ele disse beijando meus lábios—me conformo em ficar abraçado com você—ele exclamou e eu assenti passando as mãos á volta do seu pescoço.
-Henry, posso te perguntar, uma coisa?—perguntei num tom um pouco mais sério e ele assentiu—você não acha que estamos próximos demais, mais do que deveríamos?—questionei, querendo saber a opinião dele.
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BEIRA MAR |✔|
RomanceGiorgia Miller. Uma amante da gastronomia, que não quer saber do amor, e sim, da sua carreira como chef de cozinha, de viver sua vida loucamente, sem se apegar a nínguem. Somente, amando e curtindo a si mesma, com as pessoas que ela quer, a hora que...