Ouvi alguém bater na porta de casa e eu estranhei, porque estava cedo , ainda.
-Pai?—perguntei surpresa, ao vê-lo.
-Bom dia, filha—ele disse me abraçando.
-O que está fazendo aqui, a essa hora? Não era para você, estar no trabalho?—perguntei curiosa.
-Era sim, na verdade, eu estava a caminho do trabalho, mas, eu vi essa roupinha na vitrine duma loja, e não resisti—ele disse todo sorridente, me entregando uma sacola.
Abri-a, vendo um lindo conjunto amarelo, com detalhes brancos. Cheirei a roupinha, imaginando, meu filho nele.
-É linda, pai, obrigada—agradeci o abraçando.
-Agora, eu preciso ir, mas passo aqui depois—ele disse e eu assenti—Só vou no banheiro antes—ele avisou, e eu indiquei aonde era.
Aproveitei, para terminar de arrumar minha bolsa, porque eu sairia de casa, dentro de minutos, também, para ir trabalhar.
Ouvi a campainha tocar, novamente, e arqueei a sobrancelha.
-Hoje, todo mundo, resolveu fazer visita, de manhã—constatei, abrindo a porta e dando de cara no Henry.—O que você está fazendo, aqui?—perguntei curiosa, e sorrindo.
-Vim te buscar, para irmos juntos—ele disse sorrindo de lado, se aproximando de mim, e segurando minha cintura.
Ele me beijou, vagarosamente, e eu aproveitei para me deliciar um pouco, daqueles lábios, maravilhosos.
Ouvi um pigarreio atrás de mim, fazendo-me separar o beijo.
Tinha esquecido, completamente, que meu pai estava aqui.
-Esse que é o Henry?—meu pai perguntou de forma séria, olhando para ele.
-É sim, pai—falei e vi Henry, se tencionar um pouco.
Talvez, porque, ele não estava a espera, de o conhecer, nessa circunstância.
-Então, você, é o homem que engravidou minha filha?—meu pai perguntou, olhando para ele, com os olhos cerrados.
A cena era um pouco hilária.
-Sou eu sim—Henry respondeu firme, mas ainda assim, notei um pouco de tensão, nele.
Meu pai se aproximou, lentamente, dele, ainda com a expressão, séria e os olhos cerrados. Eu podia, até repreender meu pai, por estar assustando o Henry, mas eu sabia exatamente, o que ele estava fazendo.
-Estou brincando—ele disse rindo, estendendo a mão para o Henry, ele por sua vez, deu uma risada misturada com alívio.
-Prazer, Henry—ele se apresentou, apertando a mão dele.
-David—meu pai respondeu sorrindo.
-Vou pegar, meu celular no quarto, e já volto—avisei e saí andando em direção ao quarto.
Peguei o celular, e quando voltei para a sala, notei que o Henry, estava tenso novamente. Fui logo, repreendendo meu pai com o olhar, porque eu tinha a certeza, que ele tinha dito algo para o Henry.
-Filha, eu já estou indo—meu pai avisou, sorrindo.
-Nós também—falei e abri a porta de casa, e nós saímos todos juntos.
-O que o meu pai te disse?—perguntei curiosa para o Henry, quando já estávamos no seu carro, indo pro restaurante.
-Nada, ele só ameaçou dar um tiro no meu saco, caso, eu te machuque—ele disse como se não fosse nada, mas bem aflito, eu por minha vez, dei risada.
-Relaxa, meu pai só quis te intimidar, ele fez o mesmo, com os meus ex namorados—contei e ele respirou fundo.
-Eu estou bem relaxado, até porquê, não pretendo te magoar—ele disse e eu sorri.
Eu ia dizer algo, mas, senti meu celular tocar. Peguei-o, vendo que era o Josh, ligando por vídeo. Vi Henry, olhar, e desviar o olhar.
-Sem cíumes, por favor—pedi rindo.
-Eu não gosto desse cara—ele disse sorrindo debochado.
-Você só fala isso, porque eu e ele nos pegamos na balada—relembrei rindo, e ele bufou.
-Não precisa relembrar coisas ruins—ele disse irónico e eu sorri.
-Ruim nada, porque foi muito bom—proferi sarcástica e ele me olhou debochado, sem dizer nada.—Não faz essa cara, olha, nem vou atender, mando uma mensagem para ele depois—falei e ele assentiu.
-Eu, não estou te impedindo de falar com ele—ele se explicou e eu assenti.
-Eu sei, mas, eu não quero atender agora—declarei e ele deu um sorriso de lado, me fazendo rir—Mas, me diz uma coisa...você ficou com ciumes aquele dia, não foi?—perguntei curiosa, e rindo.
-Pior que fiquei, mas, na época, eu não admitia—ele confessou e eu ri.
-Homens e suas loucuras...você tinha ficado com a balada inteira, e no dia seguinte sentiu ciumes de mim?—perguntei sem entender.
-Nem foi no dia seguinte, foi na balada, mesmo—ele comentou me fazendo negar com a cabeça, enquanto, eu dava risada.
-Eu sabia, mas preferi acreditar que você tinha, simplesmente, acordado num dia ruim—falei rindo de mim mesma.
Ele parou o carro, em frente ao restaurante, e nós descemos, indo em direção a ele.
-Se eu te falar, que foi a primeira vez, que eu tinha sentido, ciumes de uma mulher, você acredita?—ele perguntou sorrindo de lado, passando o braço, ao redor do meu ombro e eu ri.
-E a Alexia?—indaguei confusa.
-Dela, nunca senti—ele admitiu e eu sorri—Mas, não se ache tanto—ele disse sorrindo sarcástico e eu ri batendo no braço dele.— Me dá um beijo, antes de entrarmos—ele pediu, se curvando perto de mim.
Segurei o rosto dele com minha mão e dei um beijo demorado nele. Ele sorriu no meio do beijo, mordendo meu lábio inferior.
-Bom dia—Henry disse animado, ao entrar no restaurante.
O restaurante, ainda não estava aberto. Pelo que o Henry tinha me contado, eles esperavam ele chegar para abrir, e se no caso, ele acabasse por demorar, ele ligava, pedindo para abrirem o restaurante.
-Olha quem temos aqui—Liah disse animada, vindo me abraçar.
-Quero ver esse restaurante ficar de pé, com nós duas aqui—falei divertida no ouvido dela, e ela riu.
-Vamos trabalhar?—Henry perguntou divertido, nos despachando.
-Chefe mandão?—perguntei só para a Liah ouvir.
-Muito, mas, a cozinha sem ele, não tem graça—ela comentou e eu ri.
O restaurante era lindo, eu já tinha visto por fotos, mas ao vivo, era muito mais deslumbrante e sofisticado. Henry abriu a porta da cozinha, e meu queixo se deparou com o chão. Rodei minha cabeça, várias vezes, admirando cada canto.
-Essa cozinha é linda—exprimi sorrindo admirada.
-Eu tive a mesma reação—Elijah comentou do meu lado.
-E pensar que, passei semanas, sem entrar nesse lugar—comentei ainda com os olhos brilhando com tudo o que eu via.
Era de longe, uma cozinha super moderna, com todo e qualquer tipo de máquina, que ajudaria bastante na rapidez, do confecionamento do prato.
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BEIRA MAR |✔|
RomanceGiorgia Miller. Uma amante da gastronomia, que não quer saber do amor, e sim, da sua carreira como chef de cozinha, de viver sua vida loucamente, sem se apegar a nínguem. Somente, amando e curtindo a si mesma, com as pessoas que ela quer, a hora que...