Maldita realidade

3.8K 307 152
                                    

Ana e Paola sorriam uma para outra após se amarem até o corpo implorar por descanso. Ana passou as pontas dos dedos pela barriga suada de Paola, fazendo uma pequena carícia. Ambas estavam no Arturito, deitadas no chão do escritório da cozinheira. Paola se assustou quando viu a amiga entrar na cozinha e a puxar pelo braço cozinha afora. Paola ficou atônita diante a essa cena. Pediu rapidamente para alguém cuidar da cozinha e saiu com Ana.

Paola acariciou lentamente a barriga de Ana, olhando fixamente para ela. Imaginou a jornalista carregando um filho só delas, uma criança com o sangue de ambas. Sorriu ao imaginar a idéia de Fran ter um irmão ou uma irmã. Estava ansiosa para formar uma família com Ana. Ver as crianças correndo pela casa, brincado, pedindo pra ela fazer um lanche e ganhar beijos antes de brincar, assim como Fran faz. Imagina também, vendo Fran  correndo com seu irmão ou irmã pelo quintal de casa.

- No que pensa, meu amor?

- Como seria você grávida.

- Pao, eu não tenho mais idade pra isso. É mais fácil você engravidar.

- Eu já engravidei uma vez e pra mim já deu.

- Ah, eu posso engravidar e sofrer com a dor nas costas que vai me dar?

- Não é isso, Ana. Só quero ver esse corpinho lindo e pequeno com uma enorme barriga, carregando um filho nosso.

- Eu não quero ficar gorda! E na minha idade é de alto risco.

- Na minha também, cariño.

- Eu quero ter um filho nosso, Pao.

Ana se aproximou mais de Paola e subiu em cima do seu corpo. Beijou o pescoço da mais alto, passou suas mãos pelo corpo dela e beijou sua boca.

- Que tal a gente brincar mais um pouco?

- Não se cansou, cariño?

- De você? nunca!

Voltaram a se beijar, Paola desceu suas mãos para a bunda de Ana e apertou com força, arrancando um gemido abafado dela. Ana Paula agarrou os cabelos de Paola e desceu seus beijos do pescoço até os seios da mais alta, distribuindo beijos molhados por alí, arrancando suspiros de Paola. Encaixou seus sexos e começou a rebolar vagarosamente, alisou os seios da cozinheira que agarrou sua cintura com força, ajudando em seus movimentos. Paola puxou os cabelos de Ana para trás, alisou sua bunda para em seguida bater com força, deixando sua marca por alí.

- Oh! Mas forte, Pao...

Paola deu três tapas fortes, fazendo Ana gemer mais alto e acelerar mais seus movimentos. Carosella ergueu seu quadril ajudando Ana nos movimentos. A jornalista sentia seu corpo esquentar, como se o corpo de Paola fosse fogo que fazia seu corpo ficar em chamas. Paola gemeu enquanto analisava o corpo da menor cavalgando em cima do seu, rebolando com maestria e rapidez. Paola agarrou os seios de Ana e os apertou com força, arrancando outro gemido gutural da menor que colocou suas mãos em cima das de Paola, apertando junto com ela. Ana mordeu seu lábio inferior quando sentiu seu orgasmo se aproximar, também percebeu que Paola estava quase gozando. Mais algumas reboladas e ambas chegaram ao seus limites, sentindo seus corpos relaxarem.

- Eres tan ardiente, mi amor.

- Você que é, mamita.

Sorriu pra mais alta e a beijou. Ficaram alí trocando carícias suaves enquanto trocavam beijos e jogavam conversas foras. Ambas se sentiam em paz.

.............

Já era noite quando Paola chegou em casa. Nem se sentia cansada, aquela sessão de sexo com Ana tirou toda a tensão que havia em seu corpo. Assim que abriu a porta ouviu vozes ecoar por toda sala e risadas também eram ouvidas. Parou bruscamente na porta quando viu quem estava sentado em seu sofá, rindo e conversando como se nada mais importava no mundo. Isso só podia ser uma brincadeira de mal gosto.

- Darling, chegou! Venha, nossa visita estava ansiosa para lhe ver. - Jason se levantou e caminhou até Paola, beijando seus lábios quando se aproximou.

- Olá, Paola, como está?

Paola ainda estava estática no lugar, sentia que todas já sabiam do seu caso com Ana. Se sentia exposta.

- Hola, Gustavo. Estoy bien y usted?

Ele apenas sorriu. Paola saiu da porta e a trancou, caminhou até o outro sofá e se sentou. Não estava entendendo porque Gustavo estava alí. Largou sua bolsa ao seu lado e aceitou a taça de vinho que Jason lhe ofereceu. Outra coisa que ela estranhou: Jason sendo atencioso com ela como se nada tivesse acontecido. Como se ele não saísse todos os dias de manhã e só voltasse a noite. Olhou em volta e deu falta de Fran.

- Aonde está Fran?

- Na casa da Bel, pedi pra ela cuidar dela hoje.

- E porquê?

Viu Jason sorrir.

- Para o nosso jantar! Vamos ter mais uma convidada.

Assim que Jason terminou de falar, barulho de chave e porta se abrindo foi ouvido, revelado uma Ana Paula sorridente. Ana se assustou quando viu que Paola não estava sozinha.  Seu sorriso se desfez.

- Oi...

- Amor, o que faz aqui? Já ia te chamar para vir aqui.

Ana ficou sem graça, olhou de relance para Paola e voltou seu olhar para Gustavo. A mulher não sabia o que fazer, se sentia em um beco sem saída.

- Eu...eu vim porque a Fran havia pedido para mim vir hoje aqui. - tentou não gaguejar. Mas para Paola era nítida a mentira em seu rosto. - E você? O que faz aqui?

- Jason me convidou para jantar.

Fechou a porta e caminhou até Gustavo que beijou seus lábios. Ana havia ido até alí porque queria ver Paola novamente, mesmo que já havia visto ela mais cedo. Enquanto os homens conversavam animadamente sobre qualquer coisa, Paola caminhou até a cozinha sendo seguida por Ana.

- O que faz aqui, Ana?

- Desculpa! Queria te fazer uma surpresa, mas não deu certo.

- Eu amei a sorpresa, amor... Só fiquei um pouco assutada.

Caminhou pela cozinha e largou a taça já vazia na pia. Ana se aproximou de Paola e abraçou ela, encostando sua cabeça no peito dela. A argentina abraçou o pequeno corpo, ja havia ficado com saudades dela. A realidade estava avisando que elas não estavam em um conto de fadas, e sim numa realidade que não estava mais satisfazendo elas. Ambas querem gritar para todo mundo que estão apaixonadas. Mas todo esse segredo estava sufocando.

Ana olhou para Paola e sorriu triste. Isso tudo já estava machucando a jornalista que já estava cansada de esconder o verdadeiro amor de sua vida. Mas infelizmente a realidade estáva cobrando ela de uma maneira nada boa. Ela sabia que Paola largaria tudo para ficar com ela, mas será que Ana largaria tudo por Paola? Não se importaria com o que vão falar? Que irão dizer que ela não consegue sustentar um casamento? Suportaria tudo isso por Paola?

Ana desabou a chorar, se sentido sufocada por esses pensamentos que estavam atormentando o seu ser, toda vez que via Gustavo no mesmo ambiente que Paola. A cozinheira abraçou Ana com força, sentia que algo de ruím estava se aproximando.  Paola já estava cansada de tudo isso, queria largar tudo de uma vez e ficar com Ana. Não se importava se iram falar que largou seu casamento para ficar com Ana, realmente não se importava. O que mais importava era ter Ana completamente pra si.

- cálmate, cariño. Tudo isso vai passar. Lhe prometo que em breve seremos uma família.

Ana apertou Paola mais conta seu corpo, como se quisesse fundir seus corpos. Suas cabeças estavam atordoadas e confusas. Porque Deus estava fazendo isso com elas?

She (✔️)Onde histórias criam vida. Descubra agora