Turbilhões de sensações

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Ana Paula POV

O QUE FOI QUE EU FIZ?!!!! O que eu tinha na minha cabeça pra fazer isso?!!! Agarrar a minha melhor amiga, no banheiro do camarim dela?!
Merda! Eu fiquei tão confusa e excitada ao ver Paola semi-nua. Sua pele macia era como um combustível para acender a chama que há em mim. Suas mãos fortes e macias tocando meu corpo, acariciando cada parte dele. Seu toque era tão suave! Não tinha aquele toque áspero, pesado e bruto que estou acostumada. Seu toque era novo para mim.

E nossa! Ter Paola Carosella tocando meu corpo de uma forma tão íntima, é tão estranho e excitante! Eu não posso ficar pensado nela assim. É super errado, por eu ser hetero e casada. Paola também é casada e hetero. Mas ela retribuiu! Ai meu Deus! Ela RETRIBUIU! Será que ela gostou? Ou será que ela ficou confusa? Ela nunca mais vai  querer olhar na minha cara. Que merda, Ana Paula! Você só faz merda! Talvez eu ter agarrado a Paola, seja a falta de sexo. Isso! Eu estou tanto tempo sem sexo... Bom só cinco dias, mas é muito para mim. Mas pera aí, eu nunca fui de me preocupar com a falta de sexo, mas acho que passei a contar depois que agarrei Paola.  Eu não havia notado. Paola me deixou confusa ao retribuir meus carinhos. Ela podia ter me empurrado, me xingado e diz que era uma mulher casada. Mas ela apenas retribuiu as carícias.

- É Mané, sua mãe está muito ferrada. - olhei para Mané que me encarava deitado e com a cabeça em pé.

Eu havia chego em casa feito uma louca. Até assustei Gustavo, que estava se preparando para sair novamente. Eu e ele não estamos muito bem como antes. Acabamos nos desentendendo por conta dos nossos horários e por outras coisas. No sábado que saí da  casa de Paola, eu fui me encontrar com meu marido, ele havia preparado o barco para darmos um passeio, pois, estamos  dois dias sem nos falarmos direito. Mas acabamos discutindo por conta do seu ciúmes sem cabimento.  Ele ficou com ciúmes por eu chegar em casa tarde e não dar bola para ele há dois dias. Eu não havia gostado nada daquilo e acabei me irritando. Xinguei ele e pedi para voltar para casa. Imagina se agora  ele soubesse que traí ele com a minha melhor amiga, não ficaria nada feliz. Eu sei que não a beijei, mas eu toquei seu corpo, beijei seu pescoço e eu adorei sentir suas mãos em meu corpo. E pra mim, isso é uma traição.

Depois do que aconteceu no banheiro do camarim da cozinheira, eu fiquei evitando olhar para ela, mas Fogaça descobriu o chupão que tinha no meu pescoço, eu olhei para ela sabendo que havia sido a mesma. Menti para os chefs e olhei para Paola que tinha um olhar apavorado.  Mas no banheiro ela parecia saber o que estava fazendo e que queria aquilo.

- Merda, merda, merda! O que eu vou fazer agora?! - perguntei a mim mesma, enquanto andava de um lado para o outro na minha sala.

Porque ao olhar o corpo semi-nu de Paola, esta me fazendo ter uma confusão assustadora dentro de mim? Porque ao olhar o corpo dela mudou tudo? Simplesmente eu passei a vê-la com outros olhos. Talvez eu já havia com outros olhos.

No sábado quando fui na casa dela, eu senti uma coisa inexplicável quando vi seus olhos depois de uma semana. Arg! Talvez eu precisa urgentemente me reconciliar com o meu marido. Eu nunca havia sentido nada quando minhas amigas se trocavam na minha frente ou ficavam nuas. Mas com Paola tinha que ser diferente! Eu não consegui me conter ao ver sua pele branquinha e macia. Se Fogaça não estivesse atrapalhado, eu teria transando com ela alí mesmo. Ainda bem que o tatuado atrapalhou, fazendo-me cair na real e lembrar que sou uma mulher casada.

Caminhei até a adega de vinhos que ficava em uma porta perto da cozinha, afim de beber um bom vinho e esquecer tudo isso. Abri a porta e adentrei a adega. Ela não era muito grande, mas dava para se mexer alí. Peguei um vinho italiano que havia comprado na minha ida a Itália. Saí da adega e fui até a cozinha pegar uma taça.

Minutos depois já havia uma Ana Paula bêbada no sofá da sala e tentado não pensar em sua melhor amiga. Mas era impossível não pensar em Paola.  Ela havia me excitado tanto com apenas suas mãos em meu corpo. Merda, aquela argentina é muito quente!

Ouço a porta do apartamento sendo aberta, vejo Gustavo passar por ela e me encarar sério. Estava tão na cara minha embriaguez?  Ele terminou de fechar a porta e ficou me olhando. Eu estava jogada no sofá toda escabelada e apenas de blusa larga e calcinha. Eu estava a ponte de quase me masturbar pensando em Paola. Mas pra que fazer isso se eu tenho meu marido?

- Boa noite. - sussurrei com a voz arrastada. Gustavo apenas balançou a cabeça e subiu as escadas.

E eu continuei jogada no sofá. Olhei para a garrafa de vinho vazia na mesinha de centro e fechei os olhos. Imagens de Paola semi-nua veio em minha mente novamente. Levantei bruscamente fazendo-me tontear e cair de volta no sofá.

-Isso é bobagem! Farei essas imagens sumir da minha cabeça. - sussurrei pra mim mesma. - Isso foi apenas um erro. Que será tirado da minha cabeça agora!

Levantei de  vagar e caminhei apressadamente até as escadas. Subi as escadas em tropeços. Por que beber tanto, Ana Paula? Ri com meus pensamentos e cheguei no quarto abrindo a porta com força.

Gustavo que estava sem a camisa, me encarou confuso. Me joguei contra seu corpo, beijando seus lábios em seguida. Ele ficou meio confuso, mas logo retribuiu. Agarrou mima cintura com força, me puxando mais para si. Me levou até a cama e se deitou por cima de mim. Suas mãos começaram a passear por baixo da minha blusa enquanto seus lábios beijava meu pescoço. Senti suas mãos apertarem meus seios e eu gemi.

" - Ana...."

O gemido de Paola veio em minha cabeça, fazendo-me abrir os olhos assustada. E novamente a cena no banheiro venho em minha cabeça, seus gemidos e os meus, suas mãos em meu corpo, meus lábios no seu pescoço e os seus no meu. Enquanto sentia Gustavo me acariciar, lembrei-me de suas mãos em minha bunda e eu gemendo em seu ouvido.

- Para... Para Gustavo. - supliquei empurrando ele. O mesmo me olhou confuso, mas voltou com as carícias.

Eu fiquei mais desesperada, as imagens não saíam de minha cabeça.

- PARA! - gritei e o empurrei novamente. Gustavo me olhou irritado.

-Pra que isso, Ana Paula? - questionou irritado.

- Eu só quero que você saía de cima de mim. - pedi com a voz trêmula.

Ele saiu de cima de mim e eu corri para o banheiro. Tranquei a porta e comecei a caminhar de um lado para o outro.

- O que está acontecendo comigo?  Porque eu estou agindo assim?

Eu me questionava assustada. Eu não consegui tirar as cenas de minha cabeça com a bebida e nem consegui tirar Paola semi-nua da minha cabeça, ao tentar transar com meu marido. Minha vida está ficando uma confusão! Eu estou sentindo turbilhões de sensações dentro de mim. E agora com que cara, irei encara Gustavo? E como vou passar a ficar no mesmo ambiente, que Paola?

Eu, uma mulher de 52 anos, tendo surtos por conta de uma atração pela melhor amiga.

O que você está fazendo comigo, Paola?

She (✔️)Onde histórias criam vida. Descubra agora