Supremacia

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Se é tudo tão banal, tão imoral,
Por qual razão merece sua atenção?
Se o estado de paz real não é democracia,
Tu vai render teu (in)consciente à anarquia?

Se tudo se resume ao nada,
O nada se torna tão comum,
Mas nós ainda sofremos tanto
Por aquilo que não nos torna um.

O teu canto de ave engaiolada
Se torna batida de panela, de lata,
De tudo que mata cada dia mais
Uma nação sem vida, uma vida sem nada.

Quando a igualdade se torna superioridade,
O que é certo, o que é errado?
É o que te convém ou o que te contém?
É o que vocês odeiam ou no que vocês crêem?

A nossa Terra sofre de um câncer comum,
Um câncer chamado morte,
Que virá para qualquer um,
E nem a burguesia
Será capaz de pagar a quimioterapia.

E, se os mortos ainda vivem
De que adianta querer morrer?
Se você vai se eternizar sendo você,
Que seja por viver.

A Necrose da EmoçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora