Capítulo 7

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☆ Summer.

Acordei me sentindo um pouco melhor, olhei para a mesinha de cabeceira e vi uma xícara de chá. Sorri e peguei. Bebi do conteúdo e identifiquei ser um chá de erva-doce, meu favorito. Depois de terminar o chá, tomei o remédio e fui tomar um banho.

Coloquei essa roupa e sai do meu quarto.

Coloquei essa roupa e sai do meu quarto

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Não vi ninguém em casa dessa vez. Minha mãe deve ter saido e Violet está com o Cameron.

Suspirei e resolvi pegar algo pra ler. Acabei pegando Diário de Uma Paixão - Nicholas Sparks. Confesso que já li uma vez, mas não me canso de ler. Me sentei na varanda e recomecei a ler o livro. O Sol batia um pouco na varanda, o que fazia um ambiente agradável.

Li alguns capítulos e deixei o livro em cima da mesa, tinha que resolver um assunto com JJ.

Sai de casa e comecei a procurar o loiro. Eu não fazia ideia onde ele poderia estar.

Vi Kie com Pope e resolvi perguntar.

- Oi gente, viram o JJ? Preciso falar com ele. - Perguntei e eles balançaram a cabeça negativamente.

- Ainda não vimos não. - Kie falou.

- Talvez ele esteja na casa do John B. - Pope supôs.

- Podem me dizer pra onde fica? - Pedi e eles me indicaram o caminho.

Cheguei numa casa relativamente pequena, o quintal estava um pouco bagunçado e tinha fitas policiais, jogadas num canto. Passei pela varanda e bati na porta. Não tive resposta. Entrei na casa, que estava com a porta aberta, e seu interior estava um pouco arrumado, tinha algumas latas de cerveja, e percebi alguns porta-retratos, talvez fosse esse John B com o pai, era o que parecia. Vi que tinha algumas portas e comecei a procurar pelo loiro. Abri uma porta e descobri ser o banheiro, abri outra era um escritório e mais uma e vi um quarto, JJ dormia na cama pesadamente, usava somente uma calça moletom, reparei que em seu abdômen tinha umas marcas arroxeadas.

Resolvi comprar algo pra ele comer, seria muito arrogante da minha parte aparecer e começar a interrogar ele.

Fui na lanchonete mais próxima e comprei um suco de pêssego e uma torta de maçã. Acho que serviria.

Retornei pra casa que ele estava e fui pra cozinha direto.

- Oi. - Ele falou e eu pulei de susto.

- Cacete, JJ! Que susto! - Falei com a mão no peito tentando normalizar minha respiração.

- Bom dia. - Ele riu.

- O que você ta fazendo aqui?

Apontei pras sacolas.

- Café da manhã. - Ele comemorou e abriu as sacolas.

Encostei na bancada e vi ele tirar uma fatia da torta e começar a comer.

- Você ainda não respondeu a minha pergunta. - Ele me encarou.

- Preciso da sua ajuda... - Comecei e ele assentiu. - O que você sabe a morte da xerife Peterkin?

Percebi que o peguei de surpresa, ele lambeu um dedo que estava com o recheio da torta e me olhou.

- Por que quer saber disso? - Sua desconfiança estava clara e ele parecia não querer esconder.

- Me diz, por favor. - Pedi. Ele me olhou por uns segundos e suspirou.

- Ela morreu ano passado e acusaram meu melhor amigo injustamente.

Me sentei na bancada e encarei ele.

- Me conta melhor. - Pedi tentando encoraja-lo.

- Já ouviu falar do Royal Merchant? - Ele perguntou e eu assenti negativamente. - Foi um dos náufragios mais valiosos do mundo. Ele tinha mais de 400 milhões de barras de ouro e nós tentamos achar o navio.

- Conseguiram? - Perguntei entusiasmada.

- Sim, mas o ouro não estava lá. Estava num poço, e nós tínhamos um plano pra pegar, mas antes que a gente pegasse, Ward Cameron...

- Perai, Ward? Pai do Rafe? - Perguntei confusa.

- Isso, ele roubou o ouro da gente, nós íamos recuperar, mas ele enviou o ouro pra fora do país. E foi nessa hora que a xerife Peterkin morreu, e Ward acusou o John B de matar ela, mas nunca puderam confirmar isso. John B nunca faria mal a ninguém, crescemos juntos e eu conheço ele.

Vi sua expressão chateada, me senti mal por isso.

- Quem matou a xerife foi o Rafe. - Ele falou e me olhou, tentando saber se eu acreditei.

- O Rafe? Como assim? - Eu estava chocada e horrorizada.

- Sabia que não ia acreditar, vocês são todos iguais. - Ele me deu as costas e sentou no sofá.

- JJ, não é isso... - Tentei me explicar.

- O que é então? - Seus olhos azuis me congelaram, as palavras não saiam da minha boca.

- Eu só estou em choque, não sei em o que acreditar. - Falei francamente.

- Claro que não ia acreditar num pobre, ferrado que você acabou de conhecer. - Eu odiava sua zombaria.

- Não fala assim, por favor... - Pedi.

- Não tem outro jeito de falar, essa é a realidade. - Ele falou ironicamente.

Eu encarava suas costas sem saber o que dizer.

- Desculpa, mas eu não esperava por isso, a questão nem é acreditar em você ou não, eu só... - Eu não conseguia terminar a frase.

- Você só... - Ele me encorajou a continuar.

- Eu só... estou perplexa. Eu realmente não esperava por isso. - Me sentei no lado dele no sofá.

- Não esperava que um Kook mimado matasse alguém? - Ele me olhou.

- Eu não esperava que o Rafe fizesse isso, sei que ele é um babaca, imbecil. Mas nunca pensei que ele mataria uma pessoa. - Olhei pro rosto do loiro e ele continuou.

- Pois é, toma cuidado com seu cunhado. - Eu continuava não gostando de seu tom, não era uma irônia engraçada.

- Desculpa JJ, não queria te chatear. - Falei o mais verdadeiramente possível.

- Só... vai embora. - Ele pediu e se levantou.

- JJ, não faz assim... - Tentei me desculpar novamente.

- Vai, por favor. - Ele pediu de novo e depois de encarar suas costas nuas por um tempo, com um olhar perdido, eu sai da casa.

Me senti mal, não queria ter brigado com ele, gosto muito da nossa amizade. Agora eu tinha que tentar provar que realmente foi o Rafe, se ele matou a xerife, minha irmã pode estar em perigo. Resolvi ir até a casa dos Cameron, tenho certeza que vou encontrar mais coisas lá.

𝕾𝗨𝗠𝗠𝗘𝗥 𝕷𝗢𝗩𝗘, jj maybank.Onde histórias criam vida. Descubra agora