𝕾𝗨𝗠𝗠𝗘𝗥 𝕷𝗢𝗩𝗘, jj maybank.

Capítulo 20

☆ Summer.

Depois do meu banho, coloquei algo fresco e deitei na cama. Fechei os olhos por um instante até sentir o colchão da cama afundar. Abri os olhos e vi Timothe com cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança.

- Hum, desembucha. - Falei e ele riu.

Ele tinha um olhar... diferente.

- Eubeijeisuairmã. - Ele falou embolado e eu não entendi.

- O que?

- Eu. Beijei. Sua. Irmã. - Ele falou pausadamente dessa vez e uma onda de surpresa se espalhou pelo meu rosto.

- Você fez o que? - Eu comecei a gargalhar e vi Timothe corado! Era raro isso acontecer. - Isso realmente é verdade? Meu Deus! Você está vermelho! - Ri novamente.

- Para, Sunday! - Ele ria nervoso. - Nunca tinha beijado ela antes... isso aconteceu ontem.

Ele me comunicou antes que eu perguntasse.

- E ai? Como vocês ficam? - Perguntei e ouvi ele suspirar.

- Não sei, mas... talvez eu goste dela... - Ele disse baixinho ainda corado.

- Talvez? Cadê o Timothe cafajeste? - Perguntei fingindo estar espantada com sua mudança de atitude.

- Eu sei lá... - Deu de ombros. - Nunca pensei na Violet desse jeito. - Ele admitiu, olhando pras mãos.

- De que jeito? - Cerrei os olhos provocando ele.

- Eu fico atraído por ela! Pronto, é isso! - Ele falou de forma desesperada e soltou um suspiro.

- Ai que bonitinho, tá apaixonadinho. - Encarnei ele, que bufou em seguida.

- Não sei como nunca conversei com ela direito antes, ela é tão inteligente, tão bonita, tem um sorriso tão... - Ele suspirou.

Ele estava caidinho por Violet. Estava mais do que claro isso.

- Tudo bem, só não magoa ela, ok? - Pedi e ele assentiu veementemente.

- Prometo. - Ele disse me oferecendo o dedo mindinho e entrelaçamos.

Ele tinha a mesma idade de Violet, acho que era velho por alguns meses, e ela merece coisa melhor que o Rafe, mesmo que esse "melhor" seja o Timothe.

Ri com o pensamento.

Ele deitou a cabeça no meu ombro e suspirou novamente. Coloquei um filme pra nós vermos e acabei cochilando.

Horas depois...

Eu acordei e estava sozinha na cama, Timothe deve ter ido ficar com a Violet.

Sorri, espero que o Timmy tome jeito e sossegue. Eu queria ficar conversando com alguém então resolvi ligar pro JJ.

- Summer? Oi. - Ele atendeu.

- Oi, tá ocupado? - Perguntei deitada na cama.

- Não... porque? - Ele questionou meio desconfiado.

- Quer jantar comigo? - Perguntei, eu estava praticamente sozinha, já que minha mãe tinha ido jantar com os pais de Timmy e eu não seguraria vela pra Violet e nem pro Timothe.

Uns minutos se passaram e eu ouvi a campainha. Desci e fui atender a porta.

- Oi! - Falei pulando, assim que abri a porta.

- Oi. - Ele disse e se inclinou pra frente, me dando um beijo na bochecha.

Dei passagem pra ele entrar e mostrei o caminho para a sala de jantar.

- Janine, sirva o jantar, por favor. - Pedi e vi a senhorinha indo pra cozinha.

Ele se sentou no meu lado. Senti ele colocar uma mão em minha coxa e fazer carinho com seu polegar, isso me fez corar.

- Ver você vermelha é uma das coisas mais fofas. - Ele fez carinho no meu queixo.

Fomos interrompidos pelas empregadas trazendo os pratos, era nhoque ao sugo. Nada supera uma boa comida italiana.

Começamos a comer e quando terminei ele riu.

- Qual a graça? - Perguntei confusa.

- Você está com molho na boca. - Ele falou entre seus pequenos risos.

- Saiu? - Perguntei depois de limpar um espaço.

- Não, ainda não. - Ele pegou o guardanapo e limpou o local.

- Obrigada. - Agradeci sentindo minhas bochechas quentes.

Fomos pra uma varanda que tinha um grande espaço afofado e eu me deitei ali.

- Vem, deite aqui. - Chamei ele, que antes me encarava.

Ele veio e deitou do meu lado. Coloquei minha cabeça em seu ombro e senti uma de suas mãos se enroscar em meus cabelos.

Seus cafunés eram calmos e relaxantes, eu gostava disso.

- Sabe de uma coisa? - Ele disse e e neguei.

- Nunca pensei que estaríamos assim. - Ele disse e parecia envergonhado.

Olhei pro seu rosto e vi o rubor em suas bochechas.

- JJ MayBank está envergonhado? - Perguntei e ele riu.

- Não, claro que não. - Ele falou sarcástico.

Ri e fiquei quieta. Resolvi aproveitar o momento, tudo estava tão tranquilo.

Ele agora fazia carinho em meu rosto. Ele puxou lentamente meu rosto pra cima e me deu um selinho. Encarei seu rosto por um tempo, traçando com meu dedo indicador, passei pela sua testa, desci até suas covinhas e por último, fui até seu maxilar. Ele não tinha nenhum defeito, tudo simetricamente no lugar.

- O que foi? - Ele perguntou com a mão em minha nuca, ele dava um sorriso de canto.

- Nada... - Disfarcei e beijei a bochecha dele. - Eu já volto.

Falei e fui pra cozinha buscar sorvete. Janine me ajudou colocando o mesmo nas taças de sobremesa e eu coloquei a cobertura, peguei as colheres e levei as duas taças pra varanda.

- Aqui. - Entreguei o sorvete quando me sentei e ele pegou.

Comemos o sorvete e eu deitei em seu ombro novamente.

- Obrigado... por me convidar. - Ele agradeceu e acariciou minhas costas.

- Não precisa agradecer. - Falei enquanto sentia sua mão subir e descer em minhas costas, até parar no meu quadril, segurando-o delicadamente.

O beijei e senti o gosto do sorvete de flocos que tínhamos acabado de comer. Sorri por causa disso, depois voltei a beija-lo. Não havia pressa para nada, era só nós dois, dando uns amassos. Suas mãos faziam carinho em meus cabelos, enquanto a minha, segurava o rosto dele.

Ouvi barulhos na porta da frente e, pelas vozes, descobri ser minha mãe, Amanda e Landon. Parei o beijo por causa deles e para recuperarmos o ar.

- O que foi? Algo errado? - Ele perguntou ainda próximo de mim.

- Não, nada. Minha mãe chegou, só isso. - Respondi e ele assentiu.

- Acho melhor eu ir, está ficando tarde... - Ele disse e eu concordei, já se passava das nove da noite, aquilo era tarde para ele ficar andando sozinho por ai.

- Consegue ir sozinho? Quer carona? - Perguntei fazendo cafuné em seu rosto e vi ele negar com a cabeça.

- Consigo ir sozinho, não se preocupe. - Ele deu um beijo em minha testa e levantou.

Levei ele até a porta e me despedi.

- Te vejo amanhã. - Beijei sua bochecha.

- Até amanhã, baixinha. - Ele sorriu e foi embora.