𝕾𝗨𝗠𝗠𝗘𝗥 𝕷𝗢𝗩𝗘, jj maybank.

Capítulo 19

☆ Summer.

Depois de ter acordado sai da barraca, deixando o loiro pra trás. Eu me sentia envergonhada, beijar é uma coisa, dormir junto é algo completamente diferente.

Nós dormimos juntos! Isso parecia tão surreal.

Eu olhava pro amanhecer com a mão no bolso de trás do meu short.

- Está preocupada do que seu namorado ache de você dormir comigo? - Ouvi a voz de JJ nas minhas costas e logo depois ele se pôs ao meu lado.

- O que? O que você tá falando? - Franzi o cenho, que tipo de pergunta era aquela?

- Eu vi vocês dois na praia, não precisa mentir. - Ele falou e deu de ombros.

Revirei os olhos. Odeio quando ele tira conclusões precipitadas.

- O Timothe é meu amigo, melhor amigo. - Corrigi e acrescentei. - Não que eu deva satisfação de alguma coisa pra você.

Ele abriu e fechou a boca algumas vezes, tentando procurar palavras.

- Desculpa. - Saiu como sussurro sofrido.

- Eu já estou acostumada. - Falei e dei um sorriso debochado pro horizonte.

Ele ficou quieto, até que:

- Agora que você tá falando comigo... podemos conversar? - Olhei pro seu rosto, procurando algo em seus olhos. Encontrei algo que parecia culpa, talvez arrependimento.

- Sobre o que você quer conversar? - Eu sabia bem sobre o que ele queria falar, mas ele seria o primeiro a começar.

- Eu... você... nós? - Ele soava estranhamente nervoso. Algo bem... novo, já que JJ sempre foi confiante.

- Continue, estou ouvindo. - Encoragei ele.

- Summer, vamos lá, me ajuda. - Ele parecia suplicar, e até um pouco de pena, cheguei a sentir. Ele passou as mãos pelo rosto, estava frustrado.

- Por onde quer começar? Pelo nosso beijo? Ah, ou pela festa de gala? Ou ainda, pela nossa briga? - Eu condenava minha própria voz mentalmente, eu mesma me achava ríspida demais, mas ele merecia ouvir.

- Desculpe... eu te disse que era eu um idiota. - Ele coçou a nuca, e vi seus olhos azuis se erguerem para meu rosto.

- Ah, me perdoe por não ter um escudo anti-idiotas. - Eu estava com raiva, mas no fundo, eu sabia que aquilo era tristeza.

- Pare com isso... por favor. - Eu estava o chateando com meu tom, era notável seu olhar incomodado.

Suspirei e respirei fundo.

- Quero saber como você se sente, me conte. - Ele pegou em minha mão e no mesmo momento olhei pras nossas mãos.

- Que diferença isso faria? - Questionei ainda encarando nossas mãos.

Ele entrelaçou nossas mãos e fez carinho com seu polegar.

- Preciso que você me ajude a entender o que você sente... o que eu sinto. - Ele disse baixinho, mas ainda sim o ouvi.

Respirei fundo e comecei.

- Eu gosto de você, é tão difícil de entender isso? - Arranquei a complicada verdade. Acho que eu admitia isso pra mim mesma.

- Pra mim é, o que diabos você viu em mim? - Ele apertou minha mão levemente.

- Talvez seja suas piadas idiotas, ou o jeito que você se preocupa com as pessoas, mas nunca admite que realmente está preocupado, talvez seja o jeito que você simplifica as coisas. - Fiz uma pausa. Esperando que, talvez, ele disse algo.

Porém ele continuou quieto.

- Olha, se você não sente a mesma coisa, me diga logo. Será mais fáci... - Sou interrompida por um beijo repentino.

As mãos dele estavam no meu rosto, ele me beijava me puxando cada vez mais perto. Segurei seu antebraço para me apoiar. Nos separamos para pegar o ar e ele continuou segurando meu rosto em suas mãos, roçou nossos narizes e depois encostou nossas testas. Me fazendo encarar seus olhos.

- Eu não sei nada sobre isso, é tudo muito confuso, mas... espero que possa me ajudar. - Ele falou esperando que eu desse algum sinal que tinha entendido.

Pisquei algumas vezes assimilando o que ele tinha acabado de dizer.

Assenti e ele me deu um beijo demorado na testa.

- Eu não gosto de brigar com você. - Ele falou ainda perto da minha testa. - Você é chata quando é irônica demais.

Bati no seu braço.

- Você mereceu! - Ele deu uma pequena risada.

- Tem razão, tem razão. - Ele concordou.

- Eu preciso ir pra casa, a gente se vê? - Apoiei minha cabeça em sua mão e ele assentiu.

- Tudo bem, eu te levo. - Ele falou e eu concordei com a cabeça.

Peguei minha mochila e fomos andando até minha casa. Ele me deu um selinho e saiu em seguida.

Entrei em casa e vi uma cena... inusitada? Podíamos falar que era isso.

Timothe e Violet estavam brincando e rindo, mas pareciam se provocar ao mesmo tempo, estavam bem próximos um do outro. Se lançavam olhares maliciosos, Violet parecia gostar e Timothe tinha um sorriso travesso nos lábios.

Dei uma tosse assustando eles, que se recomporam rapidamente e pararam as gargalhadas.

- Bom dia. - Falei como se não tivesse visto nada.

- Ah, oi! Bom dia. - Timothe disse parecendo um pouco envergonhado e Violet tinha bochechas extremamente vermelhas.

- Oi Sun. - Ela falou baixo.

- Vocês estão bem? Parecem ofegantes. - Letty olhou para o garoto parecendo um pouco nervosa e logo disse.

- Ofegantes? Claro que não. - Ela sorriu sem jeito.

Lançei um olhar desconfiado e decidi não provoca-los mais.

- Tudo bem, eu vou subir, preciso de um banho. Até depois. - Falei e subi as escadas.

Ouvi algo que pareciam suspiros de alívio. Neguei com a cabeça, rindo, eles não sabem nem disfarçar.

Vou conversar com o Timmy depois, ele tem que me contar o que está acontecendo.

Chegando no meu quarto, fui direto pro banheiro, eu só precisava de um banho quente.