𝕾𝗨𝗠𝗠𝗘𝗥 𝕷𝗢𝗩𝗘, jj maybank.

Capítulo 27

☆ Summer.

No dia seguinte...

Eu não dormi bem durante a noite, tinha muita coisa em jogo e se tudo desse errado, seria minha culpa. Por volta das sete da manhã, resolvi tomar um banho, escovar meus dentes e me arrumar. Peguei minha mochila e organizei com tudo que eu precisaria.

Desci, peguei um cereal e coloquei leite. A casa inteira estava em silêncio, enquanto eu comia na bancada da cozinha.

Terminei meu café, fui ler um livro para passar o tempo, até que o advogado chegasse.

Quando era mais ou menos oito e vinte da manhã, minha mãe acordou.

- Querida? - Ela perguntou estranhando por eu já estar acordada aquela hora.

- Bom dia, mãe. - Falei tirando a atenção de meu livro por apenas um instante.

- Acordada pro "negócio que você não pode me contar"? - Ela fez aspas com a mão.

- Exatamente pra isso. - Respondi depois de folhear o livro.

- Tudo bem, já tomou seu café? - Ela perguntou.

- Já sim, não se preocupe com isso. - Falei e vi ela caminhar em direção a cozinha.

Um tempo depois, nossa empregada diz que o advogado estava na porta.

- Mande-o entrar. - Minha mãe falou rapidamente, levando sua xícara de café aos lábios.

Vi um homem de meia idade entrar no hall, ele estava com seu terno e uma maleta de couro.

- Bom dia, senhorita Simpson. - Ele apertou minha mão e eu fiz o mesmo.

- Bom dia, senhor Evans. - O cumprimentei. - Será que podemos ir indo?

Ele assentiu prontamente e o levei até meu carro, explicando toda a situação e mostrando todas as evidências que eu tinha conseguido. Ele tinha dito que o caso estava ganho, já que todas as provas apontavam Rafe Cameron, como culpado.

Chegando na delegacia vi que somente Sarah e JJ estavam lá.

- Bom dia. - Entrei na recepção da delegacia e eles acenaram. - JJ, Sarah, esse é o doutor Evans. - Apresentei o homem e eles deram apertos de mão.

- Será uma honra trabalhar nesse caso. - Ele disse com um sorriso e Sarah e JJ se entreolharam contentes. - Que tal vermos o senhor Routledge? - Ele sugeriu e todos nós assentimos.

Por pura sorte permitiram que um de nós entrassemos e a Cameron mais nova que foi. Sentei ao lado de JJ e fiquei na espera. MayBank estava um pouco nervoso, ele passou a mão por seus cabelos e encarou seus dedos. Segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos, eu estava ali por ele.

- Hey. - Chamei sua atenção, atraindo seus olhos azuis. - Confia em mim?

Ele assentiu.

- Vai ficar tudo bem. - Tentei conforta-lo.

- Eu sei, mas só vou ficar calmo quando isso tudo acabar. - Ele parecia cansado com o tanto de estresse que tinha, aquilo estava no fim, aquilo passaria e eu o ajudaria a superar.

- Entendo, isso é estressante. - Apertei sua mão.

Praticamente uma hora depois, Sarah sai sorridente juntamente com o senhor Evans.

- E ai? - Perguntei ficando em pé, com JJ ao meu lado.

- Temos tudo pronto, o julgamento será daqui a dois dias. - O advogado comunicou.

- Ótimo, agora só temos que esperar até o dia do julgamento. - Sarah falou.

- Vou me preparar para o caso, qualquer coisa estou nesse hotel aqui. - O senhor me deu um cartãonzinho e eu assenti.

- Tudo bem, obrigada senhor Evans. - Dei um pequeno sorriso e o doutor saiu da delegacia.

- Vamos Sarah, eu te levo pra casa do John B. - Falei tirando as chaves do carro da mochila.

- Não, me leve até a casa de meu pai. Tenho alguns assuntos para resolver. - Ela andou na nossa frente.

- Ok... - JJ deu de ombros e foi para o lado de fora, o segui e vi que ambos me esperavam no carro.

Dirigi até a mansão dos Cameron e vi Sarah sair do carro, ela parecia ter uma raiva crescendo dentro dela. Tirei meu cinto, porém quando eu iria abrir a porta, JJ me barrou.

- Não, deixe ela fazer isso sozinha. - Ele disse parecendo saber como ela se sentia, talvez ele tivesse problemas com o pai também?

Dei um longo suspiro. - Tudo bem.

Eu queria muito pergunta-lo sobre seus pais, porém eu tinha medo que ele me cortasse novamente.

- JJ? - Chamei ele e sua atenção foi voltada para mim. - Por que não gosta de falar sobre seus pais? - Meu olhar alternava entre ele e a estrada.

- É um assunto... difícil pra mim. - Ele deu um suspiro e me olhou, tomando coragem para falar. - Minha mãe me abandonou e meu pai me batia muito, sempre foi tudo conturbado. Esse foi um dos motivos que eu comecei a morar na casa do John B.

- Ah, eu sinto muito. Não devia ter perguntado nada. - Falei arrependida de ter começado uma conversa tão delicada.

- Tudo bem, você não sabia. - Ele me deu um breve sorriso assim que estacionei.

Saímos do carro e ele me deu a mão.

- Onde está aquele seu amigo? - JJ perguntou vendo que a casa estava silenciosa e somente com a presença dos empregados.

- Foram embora umas cinco da manhã. - Esclareci e ele assentiu.

Fomos para o meu quarto e eu fui direto para o banheiro. Ele foi e se sentou em uma das poltronas que tinha ali.

Assim que eu sai, ele perguntou se podia tomar um banho também e eu obviamente deixei. Porém me lembrei que ele não tinha nada para vestir, então teria que ficar de roupão.

Quando ele sai do banheiro, somente com uma toalha na cintura, posso dizer que senti algo... estranho. Olhar seu corpo seminu e um pouco molhado, teve um efeito em mim, não sei dizer qual.

- Aqui. - Dei um roupão para ele e o loiro foi para o banheiro.

Ele deitou na cama e me puxou pela cintura, me surpreendendo com beijos. Quando nos faltava ar, ele simplesmente descia para meu pescoço, eu apenas fazia carinho em seus cabelos e continha alguns suspiros, quando ele fazia pressão com seus lábios.

Ficamos a noite inteira só trocando beijos e carícias, eu ainda não estava pronta pra ir além disso e ele não via problema nenhum em esperar.