Capítulo 10

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☆ Summer.

Vários dias haviam se passado e Violet estava me evitando, não falava e nem olhava pra mim. Isso me incomodava.

Tinha um tempo que eu não via o pessoal, eu estava chateada e preocupada com tudo que estava acontecendo. Eu estava no meu quarto desenhando e ouço batidas na porta.

- Entra. - Permiti antes de saber quem era.

- Oi filha. - Ouvi minha mãe falar e vi ela sentar na cama.

- Oi mãe. - Deixei o caderno de lado e dei atenção pra ela.

- Tá tudo bem, querida? - Ela perguntou com um olhar preocupado e segurou uma mão minha.

- Tá sim, mãe. - Tentei convencer ela, envolver ela nessa besteira agora, não iria adiantar nada.

- Você mente mal demais, Summer Simpson. - Ela dava um sorriso acolhedor.

- Acredite em mim, dona Olivia Simpson, tá tudo em ordem. - Tentei mais uma vez.

- É sobre aquele garoto loiro, que veio naquele dia que você estava doente? - Ela perguntou e me fez ficar surpresa.

- Como sabe disso? - Ri de nervoso.

- Summer, acha que eu tô morta? Me fala, aconteceu algo com vocês dois?

- Mãe, não existe nós dois, somos amigos, só isso. - Tentei explicar a simplicidade da situação, mas conhecendo bem minha mãe ela não desistiria fácil.

Depois de tentar convencer ela diversas vezes ela cansou.

- Tudo bem, vou fingir que acredito nessa besteira toda, até você decidir que vai me contar a verdade. - Ela deu tapinhas leves no meu ombro. - E saia desse quarto, você se prendeu aqui faz oito dias.

Revirei os olhos, ela saiu do quarto e fechou a porta atrás de si. Dei um longo suspiro e fui colocar uma roupa para poder sair de casa.

Eu estava sem ânimo nenhum pra ir caminhar, então levei meu fiel caderno de desenho

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Eu estava sem ânimo nenhum pra ir caminhar, então levei meu fiel caderno de desenho. Alguns me perguntam porque sou tão fissurada em desenhar, nunca tive uma resposta certa pra isso, acho que isso me ajuda a me distrair, algo do tipo.

Fiquei num píer que estava pouco movimentado, eu resolvi terminar o desenho que eu tinha começado. Era um desenho de JJ, os traços dele eram tão simétricos que eu queria desenhar isso, ele era intrigante.

- Sabe, você é bem solitária. - Ouvi a voz do JJ, e sem querer um sorriso se formou no meu rosto.

- E você é um stalker. - Brinquei e como de costume ele se sentou no meu lado. - O que tá fazendo aqui, MayBank? - Perguntei sem olhar no rosto do loiro.

- Estava te stalkeando, vi você sozinha e achei uma oportunidade pra me aproveitar. - Ele provocou.

- Quais suas intenções? - Olhei pra ele com uma sobrancelha arqueada.

- Garanto que, as piores possíveis. - Ele riu e eu não me controlei e ri também.

Vi o olhar dele baixando para o meu colo e senti ele pegar meu caderno.

- Não costuma desenhar pessoas, huh? - Ele perguntou retoricamente.

- Eu só... - Eu ia tentar me justificar mas ele me cortou.

- Não resistiu a minha beleza, eu sei. Ninguém consegue. - Ele brincou.

- Fico extasiada com sua modéstia. - Zombei e ele continuou.

- Não tô mentindo, são apenas verdades. - Seu tom convencido ainda se fazia presente. - Porque me desenhou? - Aqueles olhos azuis congelantes me encaravam.

- Me deu vontade. - Dei uma resposta qualquer, desviando de seu olhar.

- Porque eu não acredito? - Ele insistia em sua pergunta.

Olhei pro seu rosto um tempo, tentando saber se eu deveria revelar o motivo real.

- Você é intrigante, JJ, é isso. - Fiz questão de olha-lo nos olhos.

Ele ficou em silêncio.

- Me considero muito comum, eu diria que você é complexa. - Ele parecia estar mais perto de mim.

- Eu? - Questionei procurando a resposta em seus olhos.

- Você é solitária, curiosa, problemática e a lista continua.

- Nossa... obrigada. - Agradeci sarcasticamente, mas no fundo eu sabia que realmente era assim.

Ficamos em silêncio como era de costume, eu gostava de nossas conversas, mas nossos silêncios eram bons, não sei explicar, eram confortáveis, espontâneos.

- Não te vi esses dias... - Ele comentou.

- Estou brigada com a Violet a um tempo, e estou bem chateada com isso. - Desabafei, olhei pras minhas mãos e brinquei com meus dedos.

- É por causa do Rafe, certo?

- Sim, ela insiste em não acreditar em mim, tenho medo de mostrar tudo o que descobri e ela surtar, não sei.

Ele ficou em silêncio novamente.

- Vocês vão voltar a se falar, não se preocupe com isso. - Ele apoiou os cotovelos no píer e eu olhei pra ele.

- Como sabe?

- Vocês são irmãs, ela pode estar brava com você, mas não é como se ela te odiasse. - Ele falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Assenti concordando com ele silenciosamente.

- Acho melhor eu ir. - Falei me levantando e tirando a poeira da roupa.

- Espera. - Me virei dando atenção pro loiro.

- O que foi? - Vi ele ficando na minha frente, a distância estava pequena.

- Eu queria... - Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e fez uma trilha com seus dedos até minha nuca.

Eu fiquei paralizada novamente, seus olhos azuis alternavam entre meus olhos e boca, enquanto ele diminuia a distância entre nós. Senti sua respiração contra minha pele, como se fosse automático fechei meus olhos e antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele tomou meu lábios num beijo longo e quente. Ele me beijava calmamente, mas tinha algo faminto, como se ele quisesse ter feito isso a um tempo.

Separei nossos lábios e apoiei minha mão em seu peitoral, pensando no que tinha acabado de acontecer e cheguei a conclusão que eu queria isso tanto quanto ele.

- Se espera que eu diga que sinto muito, está enganada, porque não sinto. - Ele disse e antes que dissesse qualquer outra coisa o impedi.

Voltei a olhar seu rosto e puxei ele pela nuca selando nossos lábios novamente, percebi que isso o surpreendeu. Ele guiou o beijo, uma mão estava em minha cintura e a outra em minha bochecha. Durante o beijo fiz carinho em seus cabelos dourados. Eu me esforçava um pouco para ficar na altura dele, mas ele ajudou se curvando mais. No fim, nos separamos para respirar e ele mordeu meu lábio inferior, esse ato me fez sorrir.

- Eu também não sinto muito. - Olhei pro rosto dele, sua mão foi para minha bochecha novamente, fazendo carinho na mesma, algo tão delicado e inocente.

- Vamos, te levo pra casa. - Ele falou e andou do meu lado, me acompanhando.

𝕾𝗨𝗠𝗠𝗘𝗥 𝕷𝗢𝗩𝗘, jj maybank.Onde histórias criam vida. Descubra agora