A atitude da Jade foi muito estranha ontem a noite, mas não quero pensar nisso, mesmo que gostaria muito de saber sobre o que era o assunto. Será que não disse nada por causa da Maria?
Saio do quarto e vou tomar o café da manhã com a família, sentindo bem disposto depois de ter conversado bastante com Maria ontem a noite. Ela realmente faz o meu tipo. Ainda bem que ela apareceu na minha vida. Já estava me perguntando quando ia encontrar alguém.
Estão todos na mesa menos o Renner. Sinceramente, ele já não vive aqui. Não importa se tem trabalho no dia seguinte, ele passa sempre a noite com a Rubí. O que as irmãs Jonhanson têm que deixa os meus irmãos enfeitiçados?
— Bom dia! — Digo. Ultimamente tenho sido o último a acordar, antes não era assim, como isso aconteceu?
— Bom dia! — Todos respondem.
— Talvez para você seja um bom dia! — Safira olha para mim como se fosse seu pior inimigo.
— Não é para você, amor? — Harris pergunta com cuidado, com medo de ser atacado também.
— Talvez não seja!
— Acho que a culpa é do seu marido. — Respondo rindo.
— Pode acreditar que não é!
— Safira, você pode parar? — Esmeralda diz, mas depois olha para mim como se fosse o culpado pela fome em África.
— Claro. Eu paro.
— Deve ser da gravidez. — Peter diz para mim.
— Aposto que sim.
— Então, filho, onde foi depois do trabalho? — Minha mãe pergunta.
O que se passa com todos hoje?
— Com certeza esteve quebrando corações. — Esmeralda responde.
Sorrio. — Talvez.
— E acha que isso é bom? — Safira me ataca novamente.
— O que eu fiz? — Pergunto inocentemente.
Safira revira os olhos. — Por favor!
— Amor, fica calma. — Harris passa a mão nas suas costas. Ela sorri para ele.
— Está bem.
— Você também. — Peter olha para Esmeralda.
— Eu estou calma. — Olha para mim novamente.
— Acho que está na hora de ir. Eu já comi tudo. — Safira levanta da mesa.
— Comeu mesmo. — Papai ri.
— Aonde vai, querida? — Mamãe pergunta.
— Vamos visitar a nossa irmã. É que ela anda muito sozinha ultimamente.
— Ah! Mande um abraço para ela.
— Claro.
Esmeralda e Harris também levantam e saem da mesa. Pelo menos, já não serei o alvo delas. Não consigo entender as mulheres, principalmente as mulheres grávidas.
— Paz e sossego. — Digo e sirvo suco num copo.
— Está bem disposto hoje. Aconteceu alguma coisa? — Papai pergunta.
— Talvez tenha conhecido alguém.
Peter sorri, achando que é a Jade. Eu vou surpreender todos, quando mostrar para eles que não é a Jade. Talvez no aniversário da Jade e da Safira.
— E quando podemos conhecer essa pessoa? — Mamãe pergunta.
— No aniversário da Jade e da Safira.
— Quem poderá ser? — Peter pergunta como se já soubesse a resposta. Porquê eles querem tanto que Jade seja a cunhada deles?
— Todos vão descobrir. Até lá, não digo mais nada.
— Só uma pista. — Mamãe pede.
— Ela tem cabelos castanhos escuros compridos. — Digo.
— E é alta? — Peter pergunta.
— Sim, é.
— Olhos castanhos? — Mamãe pergunta.
— Sim.
— Será que também parece ter ascendência árabe? — É a vez do papai.
— Sim. Mas vocês não sabem quem é.
— Claro que não. — Peter soa sarcástico.
Depois todos vão ficar surpreendidos. Eles não imaginam que ela é uma pessoa completamente diferente.Na hora do almoço, me encontro com Maria no RED. Ela está mais linda hoje, usando um vestido vermelho e com o cabelo solto, seus lábios pintados também de vermelho e com um sorriso deslumbrante. Não devia sequer pensar nisso, mas não se compara com o sorriso da Jade.
Maria conta sobre ela. Acabo de saber que é filha dos donos da Royal Tec, uma das nossas rivais, e que ela é filha única. Seus pais são ótimos e dão muita importância à família.
— Eu já tive uma irmã. Ela era a primogênita. Se chamava Meredith, infelizmente ela morreu com um ano de idade.
— Sinto muito.
— Não faz mal. Eu nunca a conheci e aprendi a lidar com isso.
— Acha que ela seria parecida com você?
— Talvez, meus pais não falam muito sobre isso. — Ela dá um gole no vinho.
Talvez seja só coisa da minha cabeça, mas não acho que seja normal que Maria seja parecida com Jade. E faz todo o sentido, porque Jade é adotada. Será que Jade não seria essa tal Meredith?
— Entendo. Que idade ela teria hoje?
— Eu acho que teria vinte e quatro. Porquê?
Jade vai fazer vinte quatro nesse sábado. Isso não pode, de forma alguma, ser coincidência. Alguma coisa não está certa. Será que os Royal não mentiram sobre a morte da primeira filha? Talvez tenham dado para adoção. Talvez o nascimento da Meredith tenha a ver com alguma coisa que eles queriam esconder.
— Curiosidade. Então, tem um jantar de aniversário nesse sábado, da minha cunhada e a irmã dela. Quer vir?
— Claro que sim.
— Ótimo. Tem sido ótimo estar com você. — Brindamos.
— Sinto o mesmo, Nicholas. Você é incrível.
— Diga algo que eu não saiba.
— E engraçado.
— E você se enquadra no meu perfil de mulher perfeita.
— Isso é muito bom. — Ela sorri de um jeito sexy.
— Poderíamos jantar essa noite. O que me diz?
— Eu adoraria.
Claro que adoraria, afinal, eu sou o Nicholas Tales. Mas não consigo parar de pensar que uma coisa está errada. Também recuso o meu coração a insistir nisso porque Maria é uma mulher linda e perfeita, não poderia estar mais feliz. Ela não é a Jade.
Conversamos também sobre os nossos pais e outras coisas pessoais, porque estamos criando intimidade. Ainda não estamos juntos, não até eu ter a certeza que ela é a mulher misteriosa. No início achei que era, e quero continuar achando que é. Mas talvez eu ficaria com ela mesmo que não seja. Maria faz o meu tipo. E como ela iria saber que eu estive com uma mulher misteriosa na festa? E a semelhança? E o vestido? Como ela saberia que era eu, se estava usando uma máscara, sendo ela outra pessoa? Cada vez que surgem perguntas na minha cabeça, mas me convenço que ela é a mulher misteriosa.
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Jade - Pedras preciosas
Любовные романыLivro quatro Sofia tem quatro filhas: Esmeralda, Rubi, Safira e Jade. Jade não podia ter beijado Nicholas naquela festa, muito menos deixá-lo encantado a noite toda, confundindo a sua cabeça. Agora Nicholas Tales fica obcecado com a mulher...