Capítulo vinte e dois - Nicholas

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    Estaciono o carro no Golden e abro a porta para Jade. Caminhámos de mãos dadas até que passo o cartão para entrar. Minha garota está tão entusiasmada que aperta a minha mão com força. Vamos para o andar privado, de elevador, e enquanto esperamos chegar, Jade me beija. É tão bom beijar ela e saber que é minha namorada. Mesmo que seja ciumenta para caralho.
     Quando as portas se abrem, Jade se afasta e vai correndo até o pote de chocolates. Me apaixonei por uma comilona, que nem sabe disfarçar. Sorrio quando ela começa a comer e cai no sofá.
     Vou até ela e tiro os seus ténis. — Você está mais interessada no chocolate do que estar comigo?
     Ela ri. — O chocolate é mais doce que você. — Dá outra mordida no chocolate.
     — Tem a certeza? — Tiro a minha camisa e jogo no outro sofá.
     Ela morde o lábio. — O que está fazendo?
     — Mostrar que posso ser melhor do que um chocolate.
     — Mas esse chocolate é muito bom. É Kit Kat.
     Tiro os meus sapatos. — Você acha que eu quero saber de Kit Kat?
     — Não? — Pergunta, rindo.
     Fico por cima dela. — Acha que isso tem graça?
     — Não. Não. — Ela dá outra mordida no chocolate.
     — Pára de comer esse chocolate por um segundo! — Recebo o chocolate e dou uma mordida também.
      — Nick, você é sexy comendo chocolate.
      — Infelizmente, não posso dizer o mesmo de você, amor. — Minto.
     Ela revira os olhos. — Você é um babaca. É assim que você quer que eu faça amor com você?
     — Você nem está nervosa? Eu sou o Nicholas Tales!
     — E eu sou a Jade Jonhanson.
     Rio. — O que isso significa?
     — Só queria fazer você rir. Eu sei quem você é, idiota. — Ela tira a jaqueta, depois a sua blusa. — Eu não sou virgem.
     — Ainda bem.
     — O que isso significa?
     — Que posso estar mais à vontade com você, amor. — Tiro a sua calça. — Mas você vai parar com o chocolate.
     — Está bem. — Ela põe todo o chocolate na sua boca, acabando com a sensualidade do momento, me fazendo rir bastante.
     Saio de cima dela e vou beber um pouco de whisky. — Você estragou o clima.
     — Então, vai me deixar assim no sofá? — Ela lambe os dedos por causa do chocolate e pronto.
     — Claro que não. É a nossa primeira vez. Não pode ser no sofá. — Vou até ela e a levo pelos braços até o quarto.
     Deito Jade na cama e beijo seu pescoço. — Se você disser alguma que estrague o momento, vou dar muitos tapas no seu traseiro nú.
     Ela ri. — E eu vou arrancar seus testículos se você fizer isso.
     — Deixa de ser tão ruim. Gosto mais da sua boca, quando está beijando a minha. — Beijo a sua boca e permito que Jade tire a minha roupa que está faltando.
     Jade me beija e deixa que minhas mãos deslizem por todo o seu corpo, e quando estamos nos dando prazer, ela arranha minhas costas, tornando tudo mais excitante. Nunca pensei que algum dia faria algo assim com ela, mas ainda essa tarde eu pensei que ela nunca permitiria que eu ficasse por cima. Não importa o que ela diga, Jade sempre vai se entregar completamente para mim. Ela faz isso nos seus beijos, no seu olhar e nesse momento.
     E o que me deixa com muito medo, é o jeito que eu me sinto quando estou com ela. Como eu posso me sentir tão vulnerável? Como posso estar tão apaixonado por ela em tão pouco tempo?

    Ficamos abraçados e milhões de coisas passam pela minha cabeça. É normal nosso sexo ter um significado tão especial para mim nesse momento? Eu nem sabia que poderia me sentir assim com uma mulher. Jade vira para me encarar e sorri, tocando o meu rosto. E eu não consigo sorrir porque tenho medo de perder esse sorriso.
     — Tenho medo de perguntar porquê você é tão bom na cama. — Ela diz.
     — Talento natural. — Desvio o olhar. Meu coração está me assustando. Porquê ele está assim? Agora?
     — O quê? Parece que não está feliz? Fiz alguma coisa?
    — Não. Você é perfeita.
    Seu sorriso se alarga. — Você me elogiou?!
     — Você é minha namorada, pensei que era normal.
     — A gente não é um casal normal.
     — Eu quero um jantar especial. — Digo.
     — O quê?
     — Quero levar você para jantar. Um jantar romântico.
     — É sério?
     — Você não gosta de romance?
     — Claro que eu gosto. E quero jantar com você.
     Beijo ela. — Quando tem a noite livre?
    — Quarta.
    — Está bem. — Acaricio o seu rosto. — Ouve, hoje no bar, eu disse para ela que tinha namorada. Não pense que gosto de mulheres flertando comigo na sua frente.
     — Já passou.
     — Mas não quero que tenha dúvidas sobre o que sinto por você. Às vezes, a gente briga por coisas simples e...
     Ela me beija e fica por cima de mim. Toco suas costas nuas e devolvo o beijo, mostrando para ela, que também posso me entregar. Eu posso me dar para ela também. Não sabia que estava tão apaixonado.
     — Adoro quando a gente não está brigando. — Ela beija o meu pescoço.
     — Sério? Achei que adorava brigar comigo.
     — A gente já fez isso o dia todo. Vamos ficar bem essa noite.
    — Claro!
    — Nick!
    — Sim, amor!
    — Naquela noite em Vegas, você estava com uma mulher? — Pergunta.
    — É sério?
    — Você dormiu fora.
    Desvio o olhar para a porta aberta e penso sobre mentir ou dizer a verdade. Jade é ciumenta, mas melhor não mentir.
     — Sim. Você sabe que a gente não estava juntos.
     — Eu sei, mas eu fiquei triste mesmo assim.
     — Eu estou aqui. Sou seu namorado agora, não se inquiete com coisas do passado.
     — Só mais uma coisa.
     — O quê?
     — Há quanto tempo você não faz isso com uma mulher?
     — Um mês.
     — Eu estou falando de namorar.
     — Muito tempo, Jade. Agora podemos nos beijar?
     Ela senta na cama e olha para as suas mãos. — Mas você pensou em namorar com ela?
     — Ela quem?
     — Aquela mulher. A morena que dizem ser parecida comigo.
     Puxo ela de volta para os meus braços e abraço ela de um jeito que não pode se soltar.
     — Eu já disse que pensava que era você. Para de pensar nisso, nela, entendido?
     — Porquê você se apaixonou por mim? — Pergunta.
     — Porquê você se apaixonou por mim?
     — Eu não sei. Talvez tenha sido o seu cabelo. — Ela despenteia o meu cabelo. — Ou seus olhos azuis, seu sotaque inglês, não tenho a certeza.
    — Eu me apaixonei por você, porque você é diferente.
     Ela sorri. — Agora eu faço o seu tipo?
     — Agora você é o meu único tipo.
     — Fico feliz por saber disso.

Jade - Pedras preciosas Onde histórias criam vida. Descubra agora