Sete

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- Hermione, me desculpe, abre, por favor. - George sussurrou, batendo na porta. - Eu sei que agi como um idiota, que não deveria ter feito aquela afirmação, sei que estava errado. Não é uma justificativa, mas, eu estava tão irritado.

Não houve respostas, o ruivo sentou ao lado da porta, esperando que em algum momento ela teria que abrir, nem que fosse pela manhã na hora de ir trabalhar. O tempo passou e não houve mudanças, o quarto permaneceu silencioso, fazendo-o cair no chão.

George acordou de súbito, quando a porta se abriu, ficou de pé rapidamente, olhando ao redor notou que estava vazio, com uma rápida olhada no quarto, percebeu que Hermione não havia recolhido seus pertences, sendo assim estaria de volta pela manhã. 

Ele suspirou caminhando até a sala, onde deitou-se no sofá, se ela resolvesse voltar, ele saberia.

Porém, Hermione não voltou naquela manhã, o apartamento continuou vazio, George sentiu-se solitário e deprimido, nunca notará o quanto apreciava a companhia dela. Com um pouco de preguiça, seguiu sua rotina diária preparando seu café e deixando algumas panquecas extras, no caso dela voltar.

Desceu as escadas vagarosamente, não tinha ânimo para trabalhar, isso o estava deixando assustado, porque a falta dela estava pesando em seu coração. Forçou um sorriso, quando Lino apareceu, entretanto, não durou muito, já que o amigo o conhecia muito bem.

- Então foi isso. Ela saiu e até agora ainda não voltou. - George explicou, enquanto se esticava em uma poltrona, no escritório do amigo.

- Tudo por causa de um livro? - Lino perguntou confuso.

- Não apenas o livro, mas, porque acabei sendo um babaca, disse que era mais comum as mulheres traírem ou foi o que ela entendeu. - O ruivo resmungou, deitando a cabeça no encosto da poltrona. - O que acha?

- Bem, só digo uma coisa. - Lino afirmou, olhando para George. - Xô, machista!

- Eu não estou brincando, Lino.

- Nem eu. - Ele disse calmamente. - Sei que disse sem pensar ou que só estava tentando ganhar uma argumentação com a Granger, mas, é ridículo afirmar coisas sem cabimento. E além de tudo que disse, sei que você não é um machista, ainda mais criado com Molly que é sempre quem tem a última palavra. 

George sorriu ao lembrar das discussões que sua mãe sempre ganhava.

- Por isso, sugiro que  peça desculpas a Granger, porque tenho total certeza que você só disse esse argumento ridículo, pois estava perdendo a discussão, mesmo que não seja uma justificativa.

- Por que eu sou tão babaca? Você acha que ela vai me perdoar? - George perguntou preocupado.

- Bem, eu acredito que ela seja uma pessoa justa, sendo assim sabe que as pessoas aprendem com seus próprios erros. Então, mostre que está arrependido.

- Obrigado. - O ruivo agradeceu, vestindo sua jaqueta. - Você pode fechar a loja, né?

Ele nem esperou resposta estava ansioso demais para falar com Hermione, que simplesmente foi procura-la no Ministério.

- Sinto muito, senhor Weasley. Mas, sem hora marcada não pode entrar. 

- É muito importante. - Ele insistiu, fazendo a secretaria revirar os olhos.

- Olha, eu poderia chamar os seguranças para lhe retirarem, porém, seria desnecessário, já que a senhorita Granger saiu faz algumas horas. 

- Oh, desculpe a demora, então. - George disse um tanto confuso, pensando em onde Hermione poderia estar.

LIVIN' TOGETHER • 𝒈𝒆𝒐𝒓𝒎𝒊𝒐𝒏𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora