Novamente a casa de Taeyong, é um refúgio pra mim, porque mesmo que eu abandone os problemas, eles vão voltar e vão tirar satisfação, criando mais problemas ainda. Pois é, viver não é fácil, mas é melhor viver uma vida de merda, ganhar um salário razoável, escutar ladainhas o dia todo. Do que morrer, ficar em paz, e não ser incomodado ou incomodar. Talvez...talvez seja melhor estar morto.
Então, nesse caso, eu gostaria de ser um meio termo. Estar sossegado, mas ainda ter a animação que é viver. E ser adulto, ah ser adulto é um pé no saco. Como se fosse uma prisão, você não pode fazer as coisas quando quer. Você tem que passar uma imagem rígida e séria de um homem empregado e bem sucedido, quando na verdade você, está emocionalmente acabado, o dinheiro não tá dando pra pagar nem as contas e qualquer coisa você começa a rir para não chorar.
Talvez, só talvez, eu esteja esvaindo me aos poucos. Tomando cuidado para não ir por inteiro, pois,em um teatro, a peça demora a terminar. Talvez eu tenha perdido a minha essência, e tenha restado apenas a amargura que eu tinha antes de te conhecer. Você era meu tudo, e me deixou, ah, não lhe culpo querido.
Você veio de passagen, assim como todos. Mas, saiba, tu deixou uma imensa marca em minha derma. Tu marcou-me tão fundo, que até minha alma possui tua assinatura. Mas, eu lhe deixei ao menos meu primeiro nome na pele? Fico frustrado com tais pensamentos, pois, nem tenho a quem perguntar. Irônico, não?
Um dia, eu tenho um porto. Um dia, eu tenho um amigo. Um dia, eu tenho um namorado. Um dia, eu não tenho mais nada, e ninguém.
Antes era eu e você. Você e eu. Eu e tu. Nós. Nós dois juntos embaixo de uma chuva. Chuva de sentimentos e dor, na qual meu guarda-chuva era do mais simples e descartável, e você, com o seu em perfeito estado, parecia ter sido feito de ouro. Tu sem pensar em si, colocou sobre minha cabeça, e eu lhe puxei comigo.
Mesmo sabendo que se eu tivesse lhe devolvido do guarda-chuva, tu sairias ileso. Mas, me agarrei contra teu corpo, e suprimi meus medos. Eu sempre tive medo de amar. Medo de ser amado. Ser amado e deixado. E assim fui, porque eu sou fraco. E estou sozinho. Sozinho e preso na imensidão da minha mente, pedindo socorro no fundo. Pois, assim como tu um dia me disse, eu era a tua maior riqueza. Entretanto, tampouco tenho o que lhe oferecer, a não ser minhas lagrimas e soluços sofregos.
Queria tu comigo. Teu cheiro no meu. Tua mão na minha. Mas, não poderei escutar nem um simples te amo vindo de ti. Por isso, fiz questão de abrir nossa conversa no chat, escutei o seu áudio dizendo que estava preocupado comigo, por trabalhar tanto e voltar para a casa tarde. E assim fiquei, encolhido, escutado a tua voz enquanto praguejava me por ainda chorar.
Falando nisso, Taeyong estava fora de casa, resolvendo assuntos de 'gente grande' como o mesmo dizia. E Jaehyun? Oh, só Deus sabe. Mas e eu? Eu não era o personagem principal desse livro triste e depressivamente arruinado de problemas, chamado vida. Embora eu esteja pouco ligando para a minha, tenho certeza que há genteㅡ doidos, problemáticosㅡ que se importam.
Mas no momento que eu estava parando de contorcer-me com a dor de ser, um homem solitário e chorão, o telefone toca, e ainda com voz embargada o atendo:ㅡ alô?- disse sem jeito.
ㅡ há! Oi Yuta hyung!- ih, era Sicheng.ㅡ está tudo bem?
Sim, tudo ótimo. Acabei de ter uma crise, lembrei de meu falecido namorado e que a minha vida está um lixo. Tudo numa boa, asterisco emoji apaixonado asterisco.
ㅡ bem, não muito.- disse murchando como uma flor no inverno.ㅡ mas, o quê deseja?
Pude escuta-lo suspirar, nunca é bom quando ele suspira. Ele murmura algo, que não entendi, então o peço para repetir.
ㅡ eu disse para não se esconder, mostre a mim quem és de verdade, Yuta. Não se cubra por trás de um manto de tristeza e solidão.- falou, da forma que aquilo saiu, eu imaginei que estaria dizendo para si mesmo e para mim. E antes que eu prestasse, ele voltou a falar.ㅡ você não é fraco, ouviu bem? Você tem que parar de sofrer por causa disso.
Ri soprado, mesmo que pareça deboche de minha parte, eu tinha rido de qualquer forma. Como ele tinha dito, "parar de sofrer por causa disso", bem acho que ele está dizendo me fazer bem? Embora ele disseste com sua voz calma, queria saber se havia lágrimas em seus olhos. E eu sei que tem, sei também que agora ele vai pedir para ver-me se rosto.
ㅡ Yuta, você permanece na linha?- perguntou-me o chinês , curioso como sempre eu diria. Então afirmei, querendo apenas saber de sua situação atual, se o mesmo esta chorando, ou apenas falando comigo.—bem, o quê esta fazendo? Acabei de sair da casa do Chittaphon, e descobri onde o Johnny se encontra.
—oh, e onde este cabeçudo foi parar?-perguntei indo até a sala, vendo o psicologo mais sumido da face da terra, ou Jung Yoonoh. — Oi garotão, aonde tu estava?-pergunto ao mesmo, este que disse com todas as letras que estava na casa de sua irmã. bem, esta garota ainda é inexistente em minha mente, já que, nem por foto eu já vi. — Tá.
Sicheng havia calado a boca, então tirei o celular do ouvido, vendo que o pestinha tinha mutado a voz. Entretanto, ele havia mandado algo no chat de conversa. E curioso como sou, fui olhar mas, ainda estava receoso quanto isso. talvez seja um modo indireto de dizer que tenho talvez, um pequeno temor do que Chittaphon o contou. E talvez, eu também tenha medo dese tailandes ser má influencia para o chines altinho. Mas abro a imagem que o mesmo tinha enviado. E, que raios é isso,Johnny?!
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𝐋𝐎𝐒𝐒. [pausada]
Fanfiction𝐘𝐔𝐖𝐈𝐍 - perda. Imerso na perda do namorado, Nakamoto cria uma jornada de aceitação. Onde ele aceita que o amado morreu e aceita que está mal, e como ele estava tentando de tudo para melhorar. Assim voltando ao japão, sua terra natal, onde conh...