Foi quando o dia clareou, e sicheng voltou para sua casa. E eu, voltei a estaca zero. Andando pelo corredor da casa, com a mão na parede, sentindo o contato gélido contra minha pele. Meu coração doía, mas não havia um motivo novo, era sempre o mesmo. Mas eu não estou sozinho, e mesmo que eu esteja ou não, continua doendo. Palavras são coisas tão dolorosas,que eu desejava que você tivesse me machucado a partir delas, não me deixando. Porém, não foi culpa sua também, a culpa não foi minh, nem minha muito menos nossa. É culpa da doença, que tristemente se espalhou mais rápido do que imaginamos.
Qual o meu propósito? Qual a minha tarefa? O que tenho que fazer? Por que doi tanto?
- já te disse, seja forte.- falou para o reflexo no espelho, podia ver claramente os olhos cansados de tantas coisas. O sorriso esboçado não é suficiente, pois este sim, é falso.- se eu pudesse, parar de me odiar. Um dia, eu possa realmente voltar a ser quem sempre fui. Quem tu me ajudou a ser.
um sentimento de vazio no peito, porém a mente lotada de argumentos para me destruir aos poucos. Tudo o que sicheng tinha dito, seja consolo ou nossas aleatoriedades, rondava minha mente. eu estava a um ponto de surtar, são tantas coisas para pensar, tantas coisas as quais eu deveria parar de pensar. mas, o que eu deveria fazer? O que eu deveria pensar? São tantas coisas. Tantas pessoas. Tantos problemas.
E eu não tenho nada. Eu não sou nada. Eu só existo por existir, sem razão ou motivo, é só por isso.
Eu sou apenas um homem cujo a vida é lamentavelmente dramática e sem cor, sem nada. Perdi tudo ao perder você, perder meu primeiro amor.
Seria bem mais fácil se eu conseguisse ao menos seguir em frente, mas eu sou um saco de bosta. Um inútil vagando sem rumo pela vida, esta que eu nem estaria vivendo se não fosse você.
Mas então me vejo encurralado, principalmente quando está de manhã. Talvez seja a hora que minhas crises gostam de aparecer, mas justamente pela manhã, eu tenho milhares de coisas para fazer.
Caminho calmamente até o meu quarto, vou até a escrivaninha me sentando sobre a cadeira e ligando o computador. Fazia tempos desde que eu não o ligava, e por um momento pensei que estivesse inativo, mas então ele ligou mostrando o papel de parede da zero two.
- qual será a senha e o "eu do passado" colocou nessa bagaça?- indagou, tentando lembrar-se a senha que pusera no dispositivo, então chutou ser 12092010 entrou, curiosamente ou apenas normalmente, era a senha do aniversário de namoro dos dois. Sentiu uma pontada em teu coração, e respondeu fundo mantendo a calma. - não seja babaca nakamoto, é só o dia do aniversário de namoro de vocês, nada demais.
suspirou pesado e então levou as mãos até o rosto, desistindo totalmente de mexer no computador. - quem quero enganar? dói pra caralho ser sozinho assim.- bateu o rosto contra o teclado, e escutou uma risada era conhecida, amada e adorada pelo japonês. ele então levantou o olhar e viu que tinha aberto um vídeo, era ele e hansol em londres.
foram para londres ver a irma do Ji, esta que cursava na epoca advocacia mas decidiu voltar a desenhar, e até hoje vive de sua arte. Jiwon era a irma mais velha de hansol, fios castanhos e olhos negros, embora aparente ser fria e rude, a menina era um doce de pessoa. Ela refletia muito Hansol, por isso yuta nunca gostou de que a mesma fosse o visitar.
no vídeo, o japonês e seu ex-namorado brincavam na neve, como duas crianças bobas e inocentes. Yuta usava um sobretudo de cor vinho, e o Ji um preto. O Nakamoto tinha seu torso coberto de neve, rindo alto enquanto o mais velho continuava a lhe jogar bolinhas com a mesma, rindo da risada do namorado.
" -sai jisol! voce vai me aterrar!-gritou o japonês enquanto o mais velho lhe jogava outra bolinha.- Aí! acertou no meu olho.- choramingou e o Ji foi até seu encontro tocando seu rosto com cautela.
-machucou, nene?- perguntou e viu o outro negar, sorriu então.- vamos tomar um café, certo jiwoo?"
este momento estará marcado para sempre, para sempre na historia e memoria de Nakamoto Yuta. O mesmo sentiu lágrimas grossas descerem por seu rosto, e sentiu o peito se aquecer. Aquele sempre será um dos melhores de sua vida, embora ele ainda seja jovem. Porém em meio ao seu choro, escutou alguém pigarrear por trás de si, e então virou cautelosamente a cadeira para trás, pode ver a silhueta de seu melhor amigo e de chittaphon, eles estavam encostados no batente da porta, apenas observando o japonês e seu surto.
- a quanto tempo estão aí?-indagou limpando as lágrimas de sua bochecha, ele encarou os amigos serio enquanto os mesmos se aproximavam do mais alto, envolveram Yuta em um abraço apertado antes de começarem a falar com o mesmo.
- há dez minutos, apenas, mas foi o suficiente para ver que vocêvoce precisa conversar conosco.- Ten falou e o Lee concordou.- recebemos duas cartas, e nelas tem teu nome também.
ele respirou fundo e então tombou a cabeça para o lado, disse aos amigos que preferia falar disto na sala de estar e com um café em mãosmaos. E assim foi feito, com tua xícara de café nas mãos, sentado ao sofá ele estava. Taeyong mostrou a carta ao mais novo, que sem demora a abriu, era a letra de Johnny.
" queridos amigos, sinto muito pelo ocorrido entre mim e Yoonoh. sinto mesmo, mas não foi por este motivo pelo qual lhes enviei uma carta e nao uma mensagem de texto. Primeiro, eu quero que interpretem como um sentimento de culpa o qual estamos. Segundo, sim somos dois bestas e otáriosotarios por termos feito Tae e Ten de trouxas, porém sempre soubemos que vocês têm sentimentos em comum, e eu e Jaehyun sempre nos envolvemos no colégio, porém, desta vez foi muito sem querer. Naquele dia, estávamos apenas conversando em particular, já que o motel era o lugar mais próximo e barato, adentramos o local e por acaso alguém mandou a foto quando estávamos juntos. Quero que saibam que >>não<< foram chifrados por nos dois desta vez, mas como o término de ambos os casais foram inevitável, eu e Yoonoh estamos dividindo um quarto de hotel, e o sentimento de culpa não nos deixa nem ao menos ter uma conversa sem citar os dois.
e Yuta, sinto muito por lhe envolver nisso. Sei que nao é facil para ti todo esse estresse, e seus problemas e derivados, juro que nãonao queria que lhe envolvesse nissonisto já que temos uma afinidade tãotao grande. Espero que vocêvoce esteja bem ou no caminho de estar, amamos todos vocêsvoces, de verdade, e queremos o bem de todos.
- com amor, John e Jae."
- carta dos sonsos.- disse o tailandes, revirando os olhos com raiva.- só pode.
o japonês deu de ombros, já que boa parte da carta era johnny e jaehyun se acobertando da babaquice que fizeram, mas nada disso convenceram o grupo. Taeyong mantinha se sério, e sabia bem o que viria a seguir.
- A onde está a outra carta?- yuta indagou, e ali estava o problema, a carta foi escrita por Hansol, em seu último dia de vida. Ele nao aguentaria o que estava escrito na mesma, nao mesmo. O japonês tem se mostrado muito sensível com as coisas, e uma carta desta forma iria o machucar ainda mais.
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𝐋𝐎𝐒𝐒. [pausada]
Fanfic𝐘𝐔𝐖𝐈𝐍 - perda. Imerso na perda do namorado, Nakamoto cria uma jornada de aceitação. Onde ele aceita que o amado morreu e aceita que está mal, e como ele estava tentando de tudo para melhorar. Assim voltando ao japão, sua terra natal, onde conh...