Capítulo dezenove

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Capítulo dezenove

          O tempo estava passando rápido demais, era o que tanto Adam, quanto Bela, pensavam, enquanto brincavam de pique pega com Cícero no castelo. Em poucos dias, o contrato iria se acabar e Bela poderia voltar para casa. Ela se sentia envergonhada de admitir que estava triste com a situação. Claro, ela não dizia isso a ninguém, para todos ela se mostrava alegre que sua prisão ali estava acabando, mas por dentro ela ficava triste, principalmente pelos comentários de Adam de que eles não se veriam mais.

          Sabia que era incoerente se sentir triste por ser liberada de seu cativeiro, mas seus meses ali tinham sido esplêndidos, melhor até que, e ela chorou ao pensar nisso, os meses que havia trabalhado na loja com seu pai. Ali, na mansão, ela podia fazer tudo o que gostava. Cozinhava, mas só quando queria, ajudava na jardinagem, corria pela casa, escrevia seus contos, lia todos os livros que conseguia. Amava as conversas com Adam e, até mesmo, com os outros empregados da casa, principalmente Lucien, o qual sempre pedia ajuda sobre escrita. O moço ainda não a deixa ler o que escrevia, mas a ajudava muito.

          Adam também se sentia triste, mas seu sentimento era justificável. Todos ali sabiam, e ele não tentava esconder, que estava apaixonado por Bela. Ela dizia que voltaria, depois de ser solta, mas ele sabia que seria uma questão de tempo até a vida da menina continuar e eles nunca mais se verem. Ele tentava não ser insistente, nem a pressionar, apenas passava tempo com ela, como amigo, e esperava o dia de ela ir embora chegar.

— Adam, qual é seu nome completo? — a garota perguntou, ofegante, com suas mãos no joelho e pingos de suor caindo em seu rosto.

— Adam Michael Prince, porque? — ele diz, derrapando no chão quando para abruptamente.

— Seu nome é Príncipe Adam? — ele olha para ele, incrédula, e começa a rir.

— Adam Prince.

— Se eu tivesse escrito isso não seria tão perfeito!

— Não estou te entendendo — continua o homem, com a expressão confusa.

— Seu nome é Príncipe, bobinho, Príncipe Adam, em seu cavalo branco, salvando o dia, se casando com princesas. É perfeito — ela diz, sorrindo e dançando ao redor do garoto.

— Tá mais pra Príncipe Adam, em sua mansão abandonada, sozinho, se casando com seu mordomo Horácio, só para sentir um calor de noite...

— Não deixe Lucien ouvir isso, não quero ler uma fanfic sua com Horácio — diz, parando na frente de seu chefe.

— Perguntou meu nome para me zoar?

— Não, mas achei simplesmente perfeito o fato de seu nome ser LITERALMENTE Príncipe.

— Prince. Qual o seu? — ele pergunta, tentando mudar o assunto.

— Anabelle Roy Debois — diz, dando de ombros.

— Não estava brincando quando disse que sua família é de descendência francesa, hem?

— Não vem ao caso, olha só...

— Depois eu que sou a fera. Acho que os papéis estão invertidos nesse conto de fadas, viu? — ele brinca com a garota, que o respondeu com um olhar debochado.

— Uai, príncipe, me deixa falar, por favor? — pede, se ajoelhando no chão.

— Diga, Bela.

— Adam Michael Prince, você quer ser meu parzinho pro churrasco?

— Para o que?

— Churrasco — ela olha para ele, como se falasse algo óbvio, e continua apoiada em um joelho.

Era uma vez de novoOnde histórias criam vida. Descubra agora