Capítulo 1

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O despertador irritante quebrou o silêncio do quarto e Gizelly resmungou. Esticou o braço e bateu tão forte no objeto que quase derrubou-o no chão, de qualquer jeito era melhor levantar logo e se arrumar para o trabalho.

Hoje era o grande dia. A edição mensal da revista fora lançada a uma semana e hoje teriam os primeiros resultados das vendas e críticas e como uma das colunistas especiais - e a caminho de ter uma seção inteira - ela estava ansiosa, tudo dependeria do sucesso da revista.

Levantou-se e foi para o banheiro onde iniciou sua rotina de beleza matinal, hábito adquirido com a cunhada, e logo estava pronta.

O café da manhã está um inferno como sempre... Bianca tentando fazer o café e apoiar o telefone do ouvido, enquanto Mari aparece toda arrumada com uma filha nas costas e outras nos braços.

—Bom dia família. – Gizelly falou de forma animada.

—Como você consegue ser tão elétrica pela manhã? – Mari pergunta bocejando.

—Por que eu não tenho nenhuma mulher para tomar minhas horas de sono! – Gizelly fala e Mari começa a rir – Também não tenho filhos, e nem quero ter tão cedo.

—Por quê? Filhos são legais. – Bianca entrou na conversa.

—Não quando você quer ter uma seção inteira. – Gizelly.

—Mas podemos ter tudo quando dividimos o nosso tempo com perfeição.

—Você está dizendo que eu não sei dividir meu tempo?

—Mamãe eu quero cereal. – A filha mais nova pediu para Mari que logo atendeu ao pedido, ela não estava afim de uma discussão matutina.

Enquanto Gizelly se defendia dizendo que seus horários eram perfeitos e Bianca achava falhas em algumas... A filha mais velha do casal Mabia, Harmony, soltou mais uma perola...

—Procurei assassinato no google. – A menina falou de forma natural.

—O QUE? – As três mulheres perguntaram ao mesmo tempo.

—Procurei assassinato no Google...

—Sim, filha, mas por que?

—Achei a palavra bonita... Mas só tinha gente morta e muito sangue... Não entendi muito... Então assassinato é deixar o povo assim? – A menina explicou calma.

Bárbara, a menininha mais nova, fez cara de choro ao ouvir a irmã mais velha falar de sangue.

—É por isso que eu não que eu não quero filhos... Boa sorte ai. – Gizelly falou sorrindo, saindo pelas portas do fundo. Hoje era seu grande dia, ela sentia isso.

*-*-*-*-*-*-*-*--*

Passava das oito da manhã e Marcela ainda estava jogada no sofá comendo um pedaço de pizza do dia anterior, os pés jogados encima da mesinha de centro – que estava cheia de latas de cerveja deixadas por Santana e Prior – e pegou a última fatia de pizza da caixa.

— Sabe, eu ia comer isso! – Marcela reclamou.

— Você já está comendo um pedaço.

— Hey Danibobão! Quero ter certeza que você entendeu bem a nossa aposta.

Santana Lopez, a latina mais quente da cidade segundo ela mesma, entrou na sala e parou de braços cruzados em frente ao grandalhão. Era com essa postura que ela podia intimidar muita gente. Ou melhor, ela intimidava todo mundo mesmo.

Ligeiramente grávidas ( GICELA)Onde histórias criam vida. Descubra agora