Capítulo 28

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Aos seis meses as coisas começaram a ficar mais interessantes, as meninas já se sentavam com apoio e Marcela tentava registrar cada etapa do desenvolvimento das duas. Gizelly passou a trabalhar em casa, mas algumas vezes –como aquela tarde- precisou ir até a empresa resolver algumas questões da próxima edição e a loira ficou responsável pelas meninas.

Já era a quinta ligação do dia e Marcela já estava começando a achar que a esposa não confiava nela com as crianças.

– Sim Gizelly estão todas muito bem. Nem lembram que você saiu - Marcela falou sorrindo enquanto puxava o carrinho de Alice mais para perto do sofá. Gizelly não precisava saber que ela estava verificando a fralda de Avril ali mesmo.

– Você é muito idiota. – Gizelly resmungou – Só estou preocupada com as minhas filhas.

– Mas você me ama mesmo assim, agora vai trabalhar, está todo mundo bem. Um beijo. Te amamos muito.


– Também te amo. Dê um beijão nos meus bebês por mim.


– E eu não ganho não?


– Você não esta merecendo muito. Agora preciso desligar. Até mais tarde.


– Até - Marcela jogou o celular no sofá e olhou para Avril que estava olhando para ela de forma atenta, a menina estava deitada de barriga para cima e para a felicidade da sua mãe ela estava limpinha e seca - Quem olha para você desse jeito até pensa que é calminha -Marcela falou fazendo um carinho na barriga da criança que sorriu de volta. - Se você tivesse entendido, não estaria sorrindo assim.
Alice resmungou de seu carrinho e tentou enfiar toda a mãozinha na boca. Marcela riu e procurou a chupeta da filha, mas foi um barulho alto que chamou sua atenção e logo o choro tomou conta da sala. A morena se bateu mentalmente por permitir que aquilo acontecesse e ao se virar Avril estava no chão chorando a plenos pulmões.


– Oh Meu Deus!

Pegou a filha do chão e tentou acalmá-la, não conseguia achar a chupeta e tão pouco o pato amarelo que era seu brinquedo preferido. O choro continuava e logo Alice estava chorando também, seja pelo choro da irmã ou porque bebês gostam de competir quem chora mais alto as duas formavam uma bela equipe barulhenta.

– Oh não! – Marcela gemeu – O que eu faço? O que a Gizelly faria? Além de me matar é claro!

Colocou Avril em seu carrinho e tentou de tudo: dar as chupetas, balançar o carrinhos e nada. O choro continuou.

– Não chorem – Marcela tentou recolocar as chupetas nas bocas escancaradas, mas as meninas simplesmente jogavam-nas para fora novamente – Vamos lá, não chorem eu sinto muito...

Tentou até mesmo balançar os carrinhos, mas pareceu apenas piorar a situação toda.

– Vocês querem a mamãe não é? Eu sei... –olhou para os lados enquanto pensava no que fazer, e o que Gizelly faria, até que se lembrou do que esposa sempre mandava que fizesse – Hey, olhem só isso...

Começou a cantar baixinho e em um tom calmo

The first noel, the angels did say
Was to certain poor shepherds in fields as they lay
In fields where they lay keeping their sheep
On a cold winter's night that was so deep.

Noel, noel, noel, noel
Born is the king of israel!
They looked up and saw a star
Shining in the east beyond them far
And to the earth it gave great light
And so it continued both day and night.

Ligeiramente grávidas ( GICELA)Onde histórias criam vida. Descubra agora