Capítulo 6

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Quando Gizelly acordou, ela não abriu os olhos imediatamente. Ela queria aproveitar aquela sensação boa de segurança que seu sonho lhe transmitira, Gizelly não se lembrava exatamente de como fora, mas era caloroso e ela se sentia como se houvesse um balão de felicidade dentro dela. Gizelly podia sentir os braços de Marcela ainda envolta dela e a respiração calma da loira em seu pescoço fazia com que ela se arrepiasse.

Ao abrir os olhos Gizelly constatou que Marcela era realmente linda, assim com o rosto relaxado e com uma serenidade invejável a loira parecia um anjo. Podia parecer precipitado e confuso, mas Gizelly gostava dela; não era paixão, tampouco amor, pelo menos ainda não. Mas ela não podia negar o quanto Marcela era envolvente e o quanto se sentia bem perto dela. Definitivamente, Marcela era uma pessoa a quem ela podia se enxergar amando pelo simples fato de ser quem é. Foi quando a loira despertou e tiro-a de suas divagações e fez com ela sorrisse ao perceber o quão fofa Marcela ficava com cara de sono.

– Uau... Já está tarde – Marcela observou o céu escuro pela janela – Como se sente?

– Melhor.

– Que bom, mas você ainda tem um jantar comigo – Marcela sorriu – Vá tomar banho e se arrumar, o banheiro no fim do corredor é o meu, Santana e Brittany ficaram com a suíte, Daniel e Prior com o banheiro de baixo, então você não precisa se preocupar.

– Acho melhor você ir primeiro... - Gizelly desviou seus olhos para a protuberância entre as pernas de Marcela; a loira corou e se afastou olhando para baixo – Você sempre acorda assim?

– Sempre. Ele sempre acorda antes de mim, é como se ele tivesse que tomar café e ir trabalhar! E não é como se eu acordasse no mesmo horário todos os dias – Marcela parecia envergonhada ao extremo – Não fique brava comigo, eu não fiz por mal.

– Bem... Eu acho que seria um tanto quanto inusitado ver um pênis vestido e terno e gravata para ir trabalhar – Gizelly tentou fazer Marcela rir para quebrar o momento constrangedor, acabou conseguindo ganhar um sorriso tímido da loira. Ela se aproximou ainda mais de Marcela e colocou a mão em sua coxa por cima da calça – Não dói... Quando ele está... Assim... E você está vestida?

Marcela mordeu o lábio e pensou em como explicaria aquilo...

– Não quando ele não está completamente... Você sabe... Duro... – ela fechou os olhos e suspirou – E digamos que você não está ajudando muito nesse momento.

– Não estou fazendo nada demais...

– É só... Não faça isso... - Marcela mordeu o lábio de novo e Gizelly achou fofo como a loira ficou confusa - É melhor eu ir tomar banho. Eu volto logo.

– Tudo bem.

Gizelly observou enquanto Marcela saía do quarto praticamente correndo; ela gostava de como podia influenciar a loira com apenas um toque, como podia desestabiliza-la totalmente. Deitou-se novamente e passou as mãos pela barriga que já começava a crescer - não o bastante para que as outras pessoas notassem como gravidez, apenas ela que conhecia o próprio corpo – e lembrou-se como Marcela fora doce ao cuidar dela e da discussão com sua mãe. Era possível que alguém que havia gerado duas vidas dentro do próprio ventre seria insensível a ponto de ordenar o aborto dos próprios netos? Agora, quando se tratava de sua mãe, ela não duvidava de mais nada. E sua mãe contaria tudo para o pai...

A morena respirou fundo. Lidaria com o pai no momento certo, seria estranho explicar ao pai que Marcela a engravidara. Droga! Seria difícil explicar que engravidara na noite em que conhecera o "pai" de seus filhos! Foi retirada de seus pensamentos quando uma Marcela com os cabelos molhados e enrolada apenas em uma toalha entrou no quarto.

Ligeiramente grávidas ( GICELA)Onde histórias criam vida. Descubra agora