Duas semanas depois...
Gizelly estava em sua cama com Harmony de um lado e Barbie do outro, as duas meninas examinavam sua barriga com uma curiosidade genuinamente infantil; só uma criança poderia fazer tantas perguntas e ainda assim ter tantas dúvidas sobre algo tão mágico – mágica foi a explicação encontrada por Harmony sobre como os bebês foram parar ali, uma vez que todos se recusavam a contar-lhe como realmente havia acontecido.
– Onde está Marcela, tia Gizelly?
A pergunta da sobrinha mais velha deixou Gizelly estática e fez com que uma sensação fria percorresse sua espinha. Nas últimas duas semanas ela não havia falado com Marcela e tentava – sem sucesso algum – não pensar na morena, ninguém sequer comentava algo sobre ela, mas pelo olhar ansioso de Harmony, Gizelly percebeu que a menina vinha perguntando aquilo algum tempo e agora sozinha com a tia viu a oportunidade de ter sua dúvida respondida.
– Ela está ocupada docinho.
– Eu gosto dela – Harmony comentou como quem não quer nada – Marcela me empurra no balanço.
– Sua mãe faz isso também.
– Mas a mamãe fica o tempo todo dizendo que eu vou cair – a menina fez bico – Porque você não chama a Marcela pra brincar comigo titia?
– É complicado meu amor – Gizelly acariciou os cabelos da menina – Um dia você vai entender.
Duas batidas na porta chamaram sua atenção enquanto Bianca entrava no quarto da morena. Ela parecia apressada e levemente alterada.
– Meninas deixem a tia Gizelly descansar e vamos para casa.
– Nãããooo... – Monie gemeu cruzando os braços.
– Sim, sua tia precisa descansar. Deem um beijo nela e vamos.
Harmony negou mais uma vez enquanto era acompanhada por Barbie com sua fala ainda enrolada de bebê – normalmente só suas mães a entendiam bem.
– Está tudo bem Bia, deixe-as aqui.
– É melhor não Gizelly – Bianca negou com a cabeça – Vamos lá meninas, se despeçam da tia Gizelly.
Mesmo sem entender porque Bianca vinha agindo assim nos últimos dias Gizelly se despediu das meninas e observou-as sair saltitando junto a mãe, a morena podia ser louca as vezes, mas era uma boa mãe.
Gizelly ficou ali sozinha, pensando em Marcela. Nas últimas duas semanas, havia recebido inúmeras ligações e mensagens da loira e havia ignorado cada uma delas; as mensagens logo mudaram seu teor de "sinto sua falta" ou "pode me atender por favor?" para "não se esqueça das suas vitaminas" e "se sente bem hoje? Precisa de algo?" até que simplesmente pararam de chegar a três dias; isso fazia com que Gizelly se sentisse mais aliviada e mais preocupada ao mesmo tempo. Respirou fundo deixando o ar invadir seus pulmões enquanto imagens das duas juntas invadiam sua cabeça, querendo ou não Marcela deixara-a marcada com seu jeito de ser e sua presença marcante. Marcela não era a pessoa que podia ser esquecida do dia para a noite.
Não sabia quanto tempo ficara naquele estado semiconsciente de seus pensamentos, nas últimas semanas se negara a pensar qualquer coisa a respeito, quando foi despertada pela entrada de Mari na casa trazendo um cesto cheio de roupas.
– Isso tudo é das meninas? – perguntou já imaginando o trabalho que teria pela frente com suas próprias filhas.
– Isso mesmo, vai se acostumando criança vive sujando roupa – Mari riu enquanto começava a dobrar as roupas – Como se sente hoje?
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Ligeiramente grávidas ( GICELA)
Fanfiction[Adaptação Gicela] Quando algo de uma noite se transforma pra vida toda, unindo duas garotas com vidas completamente diferentes com algo incomum, e lhe mostrando que às vezes um pequeno deslize pode trazer a felicidade tão esperada. Baseada, não tot...