Capítulo 29

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Marcela havia dado um jeito de sair mais cedo da loja aquela tarde, ela e Gizelly brincavam com os bebês na sala. A morena segurava Avril pelas mãos e fazia com que tentasse dar os primeiros passinhos, Marcela até tentava fazer o mesmo com Alice, mas a menininha estava mais interessada em brincar com seu cabelo.

– Você gosta do cabelo da mamãe? – Marcela perguntou rindo fazendo Alice rir junto.

Avril sorria com a chupeta ainda na boca e deu alguns passinhos em direção a Marcela, sempre com Gizelly segurando-a para que mantivesse o equilíbrio.

– Acho que ela também gosta do seu cabelo – Gizelly comentou.

– Avril gosta de puxar meu cabelo – Marcela riu novamente – Não é Avie? Quem é a pestinha da mamãe?

– Não a chame de pestinha. – Gizelly falou puxando de leve o cabelo de Marcela, que lhe enviou um olhar de falsa ofensa. – Você está ensinando coisas erradas.

– Não posso chama-la de pestinha porque que é um exemplo ruim e você pode puxar meu cabelo? – Marcela perguntou fazendo bico.

– Sim eu posso. – Gizelly falou sorrindo, sendo acompanhada por Avril.

– Vocês estão formando uma gangue...! – Marcela se sentou no chão e colocou Alice ao seu lado e então se virou para a outra filha - E você gosta disso!

Gizelly sentou-se no chão e deixou Avril engatinhar livremente pela sala. Ela observou Marcela ainda fingir indignação e precisou reprimir um sorriso.

– Nós somos a quadrilha Bicalho-Mc Gowan. – Gizelly falou formando no rosto uma expressão muito duvidosa. – E nosso primeiro delito será: COCEGAS.

– O que? Gizelly, não...

Marcela mal terminou de falar e Gizelly já estava sobre ela, a morena lhe atacava com o golpe mais baixo que viu de todos os tempos: cócegas. Marcela tinha cócegas na barriga e Gizelly sabia muito bem disso! A loira tentava se esquivar de todo jeito, mas não conseguia de forma alguma, só podia ouvir as risadas dos bebês.

– Gizelly! Eu desisto! – gritou por fim – Eu peço clemência!

– Pede clemência?

– Sim... – Marcela respondeu ofegante – Eu desisto.

Gizelly sorriu e saiu de cima da esposa parecendo muito satisfeita consigo mesma. Ia mandar Marcela parar de agir como uma das filhas quando foi interrompida pela campainha.

– Eu atendo.

A morena se levantou e foi até a porta, não estavam esperando ninguém aquela tarde. Sua surpresa não poderia ser maior nem mesmo se o pai aparecesse ali vestido de fada dos dentes. Gizelly ofegou e continuou olhando embasbacada para a figura séria parada em sua frente; ali estava Marcia Bicalho em carne, osso e arrogância como se aquela fosse uma visita comum rotineira.

– Me desculpe não avisar, eu não tenho seu número – Marcia meneou a cabeça –Posso entrar?

– Não – Gizelly respondeu imediatamente.

– Quem é? – Marcela perguntou atrás dela.

– Ningu...

– Sou sua mãe Gizelly, e até onde sei sou a avó das suas filhas – Marcia falou sem levantar o tom – Posso entrar? Precisamos conversar.

– Não temos o que conversar. – Gizelly falou seria.

– Sim, temos. Eu te proíbo de fechar a porta. – Marcia encarou Gizelly de um modo que fez com que ela estremecesse por dentro.

Ligeiramente grávidas ( GICELA)Onde histórias criam vida. Descubra agora