Calum's POV
Completavam alguns dias desde o beijo e não haviamos conversado ou tocado no assunto. Trocávamos mensagens mas não nos víamos. Estava muito ocupado com a produção do álbum e Tália parecia concentrada nas provas da faculdade.
Mesmo distante, aquele episódio me atormentava nas horas mais infelizes. Só hoje, perdi a conta de quantas vezes os meninos tiveram que chamar minha atenção no estúdio por estar com a cabeça em outro lugar: nela.
Não conseguia parar de pensar em como acontenceu tão aleatoriamente e inesperadamente, nunca tivemos nenhum sentimento além de amizade, o que deu na gente? Foi espontâneo e desejado, parecia que queriamos aquilo a tempos.
Arrumava minhas coisas para ir pra casa e no caminho decido sair para esquecer um pouco e vê se recuperava minha concentração para os próximos dias. E então é o que faço, mal chego em casa e já me arrumo para passar a noite em qualquer bar movimentado da cidade.
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Paro no bar para pedir um drink, já havia conversado com algumas pessoas e até encontrado alguns conhecidos.
Enquanto espero a bebida ficar pronta, me viro para dar uma olhada geral no local. Grupos conversando nos cantos, outros maiores sentados em grandes mesas, alguns casais no balcão e por fim observo a pista, aquilo não podia ser real, bem na minha frente, Tália dançando com algumas outras garotas, subia, descia e rebolava como mais ninguém naquela pista, estava hipnotizado. Viro-me imediatamente antes que ela me veja ali.
Aquilo era ridículo, por que estava com medo de falar com minha melhor amiga? Se é que ainda posso chamá-la assim. Nos últimos dias ela tem me feito sentir o que nunca achei que ela fosse capaz de me provocar. Resolvo ir falar com ela mas é como se tivesse lido meus pensamentos, ela tinha vindo até mim.
Para do meu lado, radiante, sorri pra mim e se vira para o bartender, eles parecem se conhecer. Tália troca algumas palavras com o homem barbudo e com um sorriso no rosto se direciona para dentro do bar.
Acompanho seus movimentos, assim que para na minha frente mas do outro lado do balcão pergunto o que está fazendo.
– Um drink, não está vendo? – ela se vira para o homem que a permitiu estar ali
– Leo me conhece e deixa que eu faça minha caipirinha já que não está no cardápio do bar. – eles trocam sorrisos.Tália corta um limão e espreme dentro da coquiteleira cheia de cachaça e açúcar. Assim que termina de mexer, pega um copo e se vira pra mim
– Você vai querer? – não estava esperando que oferecesse então apenas aceito rapidamente sem pensar muito.
Ela pega um segundo copo amassa o gelo e bota uma rodela de limão dentro, por fim dispeja a bebida dentro de ambos os copos. Agradece mais uma vez ao barbudo, que agora eu sabia que se chamava Leo, e deixa o bar.
Tália se aproxima de mim de novo me entregando uma das bebidas. Me encara esperando que experimente a caipirinha, tomo um primeiro gole e estava realmente muito boa.
– Onde aprendeu isso? É muito bom.
– Não sei se está sabendo mas eu sou latina, bebê! – responde feliz fazendo uma pose.
Rio da sua resposta e ninguém fala mais nada. Tiro aquele momento que estava parada na minha frente para observa-la, vestia um vestido curto preto que por ser colado no corpo marcava toda sua silhueta perfeita e seu sapatênis branco de sempre, e naquele momento sinto a tensão de quando nos beijamos mais uma vez. Meu olhar sobe de seus pés até seus olhos que me encaravam e entendiam o que acabara de fazer e tudo que ela faz é sorrir em resposta.
– O que esta fazendo aqui? – ela pergunta me tirando do transe.
– Precisava distrair a cabeça, não parava de pensar no nosso beijo mas chego aqui e te encontro assim, parece castigo. – aquilo é o que penso mas não falo, apenas respondo – Precisava me distrair. Achei que você estivesse em prova...
– E estava mas acabaram hoje, podemos sair e conversar agora. – ela toca na ferida
Proponho que saíssemos dali e ela concorda. Entramos no meu carro e, na verdade, não tinhamos muita ideia do que iríamos fazer. Estávamos estacionados e completamente parados parecíamos duas estátuas dentro daquele automóvel.
– Você quer conversar sobre o que aconteceu? – Tália tira o cinto e se vira para mim no banco do passageiro.
– Sim mas não sei como começar essa conversa.
– Foi bom pra você? – ela me atinge com aquela pergunta sem mais nem menos, não conhecia esse seu lado mas Tália podia ser bem provocativa quando queria.
– Eu... eu acho que sim? – é obvio que foi mas estava desconfortável demais com aquela conversa.
– Aí, nossa, esperava um pouco mais de convicção.
Fico sem graça e sem palavras. Sei que estou totalmente vermelho e não tinha ideia de como acabar com aquela situação. Acho que ela percebe e continua
– Estou só brincando. – me acalmo
– Nosso beijo foi a coisa mais aleatória, não acha? A gente se afastou um pouco e não queria que isso interrompesse nossa amizade, podemos seguir sem que as coisas fiquem estranhas?– Sim. – não digo mais nada apenas concordo, na verdade fico meio chateado que ela queira seguir em frente como se nada tivesse acontecido e só eu tenha pensado demais no nosso beijo.
Aquele sentimento era muito estranho e queria poder falar naquele momento que talvez não conseguisse fingir que nada aconteceu, não que esteja apaixonado mas podia repetir a dose ali mesmo mas tudo que posso fazer é admira-la do meu lado sorrindo com seus lábios brilhando por causa do gloss que tive a oportunidade de provar a dias atrás e sabia que tinham sabor de morango.
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espero que estejam gostando da história!
os próximos capítulos vão ser mais curtos e direto ao ponto por que o propósito da fic é outro e vocês vão entender no final.beijos!
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Did You Get The Sensation Today?
Fiksi PenggemarNão consigo me manter em um relacionamento por mais de um mês. Passei vinte anos da minha vida sem me preocupar com isso, sou a única do meu grupo de amigos que nunca teve um namorado de escola e eu realmente não ligava. Ficava com pessoas quando da...