O Silêncio - Fanfic 16

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O monitor cardíaco apontou que Ana ainda estava lá. O som das batidas do coração da médica, bombeira e agora mãe eram como calmantes. As lágrimas que antes eram de tristeza e desespero se transformavam em alegria, ela estava lá, ela era forte, ela havia voltado para cumprir as promessas que fez, para educar e amar a filha, para ser a irmã mais velha de Meuri e aquela amiga indescritível de todas, havia esperança, o coração de Ana estava batendo novamente.

A chegada no Grey Sloan foi rápida e desafiadora. Os médicos estavam de prontidão esperando por Ana e por Lua, prontos para fazer o possível para salvá-las.

Ana foi rapidamente levada para UTI e foi realizado diversos exames e procedimentos, enquanto Lua, agora calma era avaliada por Dr. Hayes pediatra do hospital. A espera era angustiante, não era permitido acompanhar os procedimentos com Ana, porém foi dado uma exceção para Dra. Wilson continuar ao lado da amiga. Logo as notícias sobre Lua chegaram e foram boas.

- A pequena Lua está bem! Conseguimos no nosso banco de doação de leite materno uma quantia para ela, que depois de se alimentar dormiu profundamente. Todos os exames estão ótimos, então em torno de dois dias ela já deve ir para casa. O Dr. Hayes disse.

- Não sabe como estou aliviado! A mãe da Lua está em estado grave e eu não conseguiria sobreviver com a perda da minha pequena também. Eu posso ficar aqui no hospital com ela? Jack perguntou.

- Sim, claro que pode. É muito importante o contato com os pais nessas primeiras horas após o nascimento. Parabéns sua filha é linda.

Os três sorriram. Depois daquele caos era possível sorrir. Meuri e Andy ainda com sangue na roupa abraçaram Jack que estava emocionado. “Ela vai ficar bem, eu tenho certeza”. Meuri disse baixinho no ouvido de Jack, ele concordou com a cabeça e sorriu brevemente.

- Meu amor! Sullivan entrou pelo corredor que levava a recepção. Trouxe roupas limpas para vocês! Alguma novidade?

- A Lua está bem! Vai ficar aqui mais dois dias e depois já pode ir para casa. Andy respondeu.

- Parabéns Jack! Que vocês sejam muitos felizes! Sullivan abraçou Jack que mantinha um semblante triste.

- Não tivemos notícia da Ana ainda... levaram ela para fazer procedimentos e acredito que deve demorar. Essa espera é angustiante. Meuri completou

Andy e Meuri foram se trocar enquanto Sullivan dava todo apoio necessário para Jack. Ele não conseguia pensar em absolutamente nada que não fosse a Ana. Ele a amava muito. Não era o amor que ele sentia por Jô, era um amor de amigo, irmão, melhor amigo, era como se ela se tornasse parte fundamental na vida dele e da Jô, não conseguia pensar na possibilidade de enfrentar a vida sem ela, ela era da família, era importante demais para sair da vida dele desse modo. Não conseguia atender os telefonas dos familiares de Ana, nem da 19.

Sullivan como bom amigo ficava como porta voz das informações, atendia todos os telefonas e dava notícias para a 19, que sem conseguir compreender a gravidade da situação precisavam se manter de plantão.

A espera era angustiante, cada segundo parecia horas incontáveis e a aflição de ficar sem notícias crescia a ponto de se perder a noção de espaço de tempo. Era como se aquilo tudo não tivesse acontecido, que nada daquilo era real, ou era apenas fruto da imaginação de cada um.

Porém era real. E se tornou ainda mais real quando Dra. Amelia Shepherd, Dra. Carina, e Dra. Bailey chegaram com as novidades, e logo se percebeu a ausência de Jô o que tornava aquilo ainda mais aterrorizante.

- Acabamos de avaliar a Ana Carolina e viemos com notícias não muito agradáveis. Precisamos que vocês mantenham a calma e apenas foquem em ouvir as informações que temos. Bailey começou.

Surrera - E agora, isso é real?Onde histórias criam vida. Descubra agora