Capítulo 2

1.9K 195 174
                                    

♡♡♡

A garota acorda suada,seu cochilo havia se transformado em um verdadeiro pesadelo,ela tinha um trauma que a assolava a muito tempo,quando criança sofrera uma tentativa de sequestro e até hoje era atormenta com isso pois sempre quando estava sozinha sentia os grandes olhos azuis a olhando na escuridão.

Levantou-se,tirou o suor de seu rosto,afastou sua cama,colou seus shorts de malha fina e sua blusa preta clássica,colocou a música na televisão e começou a dançar. (s/n) tinha uma rotina para todos os dias da semana e sentia uma necessidade de faze-lo para não sentir-se entediada.

Sua playlist tinha várias músicas dançantes mas sua favorita era um mix das principais faixas do pop.Ela fazia sua dança maluca enquanto "cantava" partes das músicas.

-Aiiiii porcaria.

Em um movimento brusco havia batido seu dedão na quina da cama ela pulava em um só pé de tanta dor.Sua seção de dança havia acabado ali,tomou um banho e comeu o resto de lasanha que estava no microondas.

Seu quarto estava uma bagunça,havia roupas e pacotes de batatinhas espalhados por todo o quarto mas por que fazer hoje o que pode se deixar para fazer amanhã?deitou-se por cima de algumas roupas e dormiu.

O despertador gritava em seu criado mudo,passou a mão por cima do mesmo e derrubou o aparelho,dois minutos a mais certamente não faria mau.

-(s/n)? - ela ouvia alguém lhe chamar - (s/n)!!!

A mãe da garota segurava uma frigideira e gritava seu nome.

-Está quase trinta minutos atrasada e se não levantar agora essa frigideira e o meu chinelo vão voar na sua cabeça - a mãe avisa.

Ela levantou de sua cama em um pulo,tomou um ''banho de gato",vestiu seu uniforme agora finalmente limpo e pedalou como nunca para a escola.Corria desatenta pelos corredores da U.E quando sentiu seu corpo se chocar com o de outra pessoa.

-Desculpe - disse a pessoa,ela passou a mão em sua cabeça e observou a sua frente.

"De novo?'' Pensava se levantando, sentiu seu tornozelo doer e tinha certa dificuldade para ficar de pé.

O garoto estava impressionado com o fato de ter se envolvido em um incidente com a mesma pessoa dois dias seguidos.

"Esse garoto me traz problemas" pensou ela.

-Não precisa se desculpar - diz ela caminhando devagar - eu que não prestei atenção.

Os primeiros horários de aula foram tranquilos porém a dor em seu tornozelo havia piorado e ao olhar para o mesmo percebera que ele estava enorme de inchado e levemente roxo.Ao passar pelo corredor o garoto a vê da janela de sua sala,havia reparado que a mesma mancava e ligou isso ao incidente daquela manhã o que o deixo-o com peso na consciência.

Ele a seguiu até a enfermaria,a encontrou sentada em uma cadeira em quanto Recovery Girl cuidava de seu tornozelo que estava horrível o que o deixou com mais peso na consciência.

-O-oi - ele disse tímido mesmo que tenta-se ainda não conseguira se livrar desse comportamento principalmente com estranhos - eu vi vo-ocê passando,me desculpe por hoje cedo.

-Já disse que não precisa se desculpar - diz em tom baixo,só faltava ser atingida por um meteoro.

-É que...eu me senti realmente  culpado,me desculpe - diz coçando a própria cabeça - talvez possamos ser amigos?

A garota o olhou firmemente, ela não tinha muitos amigos e não se sentia incomodada por isso afinal quando mais precisou deles muitos deles a abandonaram.

-Esse é o meu número - ele diz entregando um pequeno papel a ela.

Ela pegou o papel e guardou no bolso de sua blusa de frio que estava por cima do uniforme.

-Então eu já vou i-indo.

Seu corpo estava meio mole e se sentia cansada mas pelo menos ainda poderia treinar hoje,patinação era sua grande paixão tanto a sobre rodas quanto a no gelo.Recebeu permissão para ficar na enfermaria até se sentir melhor.

''Não vou me sentir melhor até dar a hora de ir embora'' aquela era uma ótima oportunidade para matar aula,deitou-se e esperou o tempo passar.

Quando ouviu o sinal saiu de pressa,pegou sua mochila e foi embora.Ao chegar na pista de patinação encontrou o lugar vazio e sem vida aquilo já havia se tornado comum mas ainda entristecia seu coração afinal em uma sociedade cheia de altas tecnologias e pessoas com poderes incríveis ninguém iria querer ver alguém patinando sobre o gelo.

-Olá Daniele - ela diz.

A mulher responde balançando a cabeça como um comprimento,Daniele trabalhara ali desde que começara a frequentar o lugar e sempre estava do mesmo jeito,sentada em uma cadeira lendo sua revista de cosméticos.

(s/n) vai até o banheiro e troca seu uniforme por algo mais adequado e flexível abre sua bolsa retira seus patins e seus protetores de lâmina e os calça.

Seus movimentos eram leves, ela gostava de deixar o seu corpo a guiar indo sem rumo,da primeira vez caíra várias vezes mas agora estava acostumada inclusive achava a patinação sobre rodas muito mais difícil.Ela aplica a devida impulsão,força e velocidade entrando em sua posição inicial e saltando com o pé esquerdo,sente seu corpo girar no ar duas vezes e meia mas no pouso seu pé direito ficara em falso fazendo-a cair no chão.

"Preciso melhorar" Axel em sua opinião e possivelmente da maioria,era o salto mais difícil de se fazer ela não iria participar de nenhuma competição até porque as mesmas nem existiam mas era um feito que ela queria conseguir como uma realização própria.

Ao olhar seu relógio viu que já estava tarde,quando está patinando é como se o tempo não passa-se como se o tempo parasse para a apreciar como se ela fosse uma estrela e a platéia gritasse seu nome.

"Preciso ir para casa se não a frigideira vai voar" pensou com sigo mesma lembrando-se da mira da mãe que era melhor do que de qualquer atirador do exército.

Trocou sua roupa novamente e guardou seu tesouro dentro da bolsa o colocando dentro da mochila,despediu-se de Daniele e seguiu para casa,sua mãe não havia permitido que ela morasse na escola afinal a filha era a única lembrança de seu falecido marido.

As ruas já estavam escuras e pouco movimentadas quando sentiu-se observada aquela sensação era diferente da que normalmente sentia,começou a sentir calafrios e um frio na espinha que se espalhou por todo o corpo.

Apressou o passo, já sentia-se ofegante procurou manter uma certa distância e para comprovar que não se tratava de uma pessoa normal e que não estava ficando paranoica resolveu dar a volta no quarteirão três vezes e ao final pode ter certeza estava sendo seguida.

Love In Time - Imagine MidoriyaOnde histórias criam vida. Descubra agora