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-Como foram as coisas nos Estados Unidos? - pergunta a garota.
-Bom foram bem estressantes - ele responde meio frustrado - conhecer gente nova,me adaptar,morar em um país diferente é estressante...na verdade é um saco.
-Até parece - ela desacredita no que fora dito pelo garoto - tem muita gente que amaria passar todo esse tempo em um país gringo.
-Você tem razão - ele passa suas mãos sobre seu pescoço e boceja - mas eu não sei se isso é completamente verdade...acho que nada é melhor do que voltar as origens.
-Entendo...
-Mas também está longe de suas origens (s/n) - comenta o garoto - não sente saudade?
-Muita - responde,ela sorri em segui - passei uma parte de minha infância no Brasil,meus avós paternos moram lá.
-Inclusive nunca me ensinou a fazer aquele docinho.
-Que docinho? - questiona curiosa.
-Aquele de chocolate - ele força a mente para se lembrar - briga...
-Brigadeiro?
-Brigadeiro - sua pronuncia sai tão desastrosa que a faz rir - meu brasileiro é tão ruim assim?
-É péssimo - ela diz - até porque no Brasil se fala português.
-E como vai você? - o vento um pouco frio bate sobre os dois,o garoto retira seu casaco e coloca sobre os braços da garota para cobri-los - e inclusive eu sei que no Brasil se fala português estava apenas testando os seus conhecimentos.
-Sei - ela diz em um tom desconfiável - mas respondendo a sua pergunta,sim eu estou bem.
-Claro que está - ele fala,é obvio que percebera que a amiga não estava completamente bem porém ele a conhecia o bastante para saber que pressiona-la não iria gerar nada que fosse bom,muito pelo contrário,poderia gerar um clima desagradável e isto era tudo o que ele não queria.
Os dois conversavam tão tranquilamente e com tanta fluidez que nem ao mesmo perceberam quando já estavam caminhando perto dos dormitórios das turmas dos segundos anos,eles só estavam ali rindo das histórias desastrosas de Dean e das cascatas de infelicidades que se sucederam na vida de (s/n),era realmente ''ri pra não chorar''.Da janela de seu quarto Midoriya vê o ''casal'' passar por ali,(s/n) parecia feliz ao lado do mesmo garoto que vira mais cedo a abraçando e isto lhe causou um sentimento estranhamente novo,talvez aquilo fosse medo de perder a ''amiga'' definitivamente? ou sentia-se magoado por vela tão intima com alguém de uma maneira que nunca havia sido com ele?porém honestamente,mesmo que ele não quise-se admitir,não parecia ser este o caso.
Durante aquelas semanas ele sentiu a falta da garota,de sua presença,de seu olhar,de ver de perto aqueles cabelos e de ouvir sua voz.Para ele vê-la se afastar e quebrar os elos entre os dois não se comparou a sensação que o dominou quando viu os olhos cheios de lágrimas da garota ou seu olhar frio sobre aquele maldito livro enquanto a mesma finge não se importar com o que acontece a sua volta ou mesmo com quem a machuca ou se a machucam,ela não era assim e ele sabia,no entanto quem era para falar das feridas da garota se ele mesmo acabou cravando uma na mesma?era um hipócrita...um completo hipócrita.O esverdeado se joga em sua cama e deixa seu braços esticados sobre ela,mechedo-os para que bagunçassem o tecido que a cobria,ele preocupado se senta e passa as mãos na cabeça repousando-as sobre os joelhos em seguida.
''Talvez eles tivessem razão sobre ela'' ele pensa enquanto vem em sua memória a imagem go garoto abraçando (s/n) ''Mas...eu não sei...talvez não...talvez se eu tivesse perguntado para ela'' ele debate com sigo mesmo ''Eu sou um maldito idiota no final das contas''
A garota para repentinamente,os seus olhos vão em direção a uma certa janela aberta do dormitório do segundo ano ''A'',ela observa de longe aqueles cabelos verdes balançarem por causa do vento e aquelas sarnas que só acrescentavam ao rapaz um ''ar'' diferenciado fazendo com que seu coração começa-se a "arder",em sua opinião qualquer garota se apaixonaria por ele como ela se apaixonou porém,no seu caoso,não fora correspondida.Quando o mais velho voltou seu rosto para o lado de fora o seu olhar e do garota se encontraram,ela um pouco vermelha fitou rapidamente o chão e virou a cabeça em seguida.
-Você está bem? - pergunta o amigo preocupado - está se sentindo indisposta?se quiser nós podemos voltar.
-Estou bem - ela dá um sorriso ''murcho'' e sem ''graça'' - mas é melhor retornarmos já está ficando tarde.
Eles começam a caminhar em sentido contrário ao o que estavam indo,tomando o caminho para os dormitórios dos primeiros anos.
-Você vai participar do campeonato de patinação? - ele questiona - é que quando fui comprar o livro eu vi alguns cartazes aí me lembrei que você sempre praticou patinação.
-Eu até me inscrevi...na verdade uma amiga me inscreveu - responde - mas não sei se vou mesmo participar.
Ele se vira para ela e a olha fixamente,colocando sua mãos sobre suas bochechas ela tenta dizer algo porém de repente ele aperta as mesmas as ''espremendo'',ela por um instante pensou que ele fosse beija-la.
-Como assim não vai participar? - ele continua apertando-as - como você pode ser tão fofa?
Ela retira retira as mãos do garoto de seu rosto e passa suas mãos em suas bochechas ardidas.
-Por um instante pensei que fosse me beijar - ela comenta.
-Credo - ele diz com uma expressão de nojo - seria como beijar a minha irmã.
-Seria ridículo - completa ela - nunca daríamos certo juntos...seria um desastre.
-Acho que nos mataríamos no final - comenta Dean - mas voltando ao assunto principal,por que não vai participar do campeonato?
Ela contou toda a situação que envolvia seu perseguidor desde o acontecimento do passado até o mais recente já que quando o conhecera aos seis anos,um ano depois do incidente,tudo já havia acontecido e por isso não podia sair sozinha o que a impossibilitava de treinar já que,atualmente,não tinha ninguém que realmente pudesse acompanha-la.
-Que loucura - ele diz ao terminar de ouvir - não que seja engraçado ou algo do tipo é que...nossa.
-Eu sei...
-Por que não me contou?tipo quando éramos mais jovens - questiona ele.
-Éramos crianças - a garota responde - eu queria esquecer e também...fiquei com medo de te assustar.
-Pois saiba que eu não teria medo senhorita (s/n) - Dean fala em um tom engraçada - eis a solução eu serei seu fiel escudeiro ou neste caso seu implacável guarda costas em seus treinos.
-Eu também não tenho treinadora - ela completa seus motivos para não participar.
-Que negativismo (s/n),tudo é possível para aqueles que acreditam - ele diz empolgado - acredite mais em você.
Ele dá um leve cascudo na mesma e se despede com um abraço.
-É bom te ter de volta - ela diz.
-É claro que é.
-Convencido - ela dá um sorriso e entra para dentro do prédio de seu dormitório.
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Love In Time - Imagine Midoriya
Fanfic(S/n) era uma estudante normal da U.A,tinha uma vida tranquila,até meio triste e solitária diga-se de passagem,e possuía o ousado sonho de um dia ser uma grande patinadora mas um incidente muda tudo trazendo traumas do passado e um novo amor.