"Mas onde será que ele se meteu?", era o pensamento que rondava a cabeça do policial, que saiu a procura de Edson.
Este por sua vez já havia distanciado-se o suficiente para despistar o guarda. O salto que deu da janela acabou por torcer seu pé esquerdo, a dor era terrível e, ainda assim, encaminhava-se para a biblioteca da cidade. Precisava conversar mais uma vez com o senhor de lá e mencionar o ocorrido, na esperança que ele revelasse mais a respeito do caso passado. Uma pista era tudo que Edson precisava. Seria o ponto de partida para encontrar Júlia.
Chegando ao local, encontra grande dificuldade para subir os degraus daquele prédio histórico. No entanto, ainda nos primeiros degraus, ouve uma voz conhecida atrás de si.
- Não deveria ter ido procurará, eu avisei.
Era o senhor da biblioteca.
- Tem que me ajudar, preciso encontrar minha esposa o quanto antes! Dê-me mais informações à respeito do ocorrido, peço-lhe apenas isso.
- Meu jovem, já disse que não posso revelar mais nada a respeito do caso. Ainda mais neste espaço público, onde todos podem ouvir. Vamos, siga-me.
Edson assenti com a cabeça e segue o senhor, na esperança de finalmente entender direito a história que lhe fora contada.
- Entre no meu carro, é um pouco velho, mas vai nos levar até o local que obterá mais respostas.
Dirigiam-se agora em direção ao porto.
No caminho deparam-se com uma viatura batida no poste, incendiada por completo.
Policiais cercavam a área a fim de isolá-la.- Mas o que será que aconteceu aqui? - Pergunta o senhor a Edson.
- Não tenho a mínima idéia, talvez tenha relação com o sumiço de minha mulher. Vamos perguntar a algum guarda o que aconteceu.
Nem precisam se preocupar em chamar alguma autoridade, pois dois soldados vieram em direção ao carro deles.
- Circulem, senhores. Não há nada para vocês aqui. - Falou um dos policiais num tom abatido. Este deu de costas no mesmo instante e partiu em direção aos demais.
- Um dos nossos homens sofreu este trágico acidente. Ainda não nos caiu a ficha. Vamos isolar a área até a perícia fazer o seu trabalho, então se puderem seguir em direção ao seu destino, agradeceremos. - Disse o outro policial.
- Faremos isso, jovem. Perdoe-nos por atrapalhamos. - Diz o bibliotecário.
- Mas... - Edson tentou dizer algo. No entanto, teve sua fala cortada logo de início pelo senhor, que falou.
- Tenha respeito pelo que ocorrera aqui. Vamos seguir em frente como pediu o guarda.
Edson fica quieto. Os dois partem, após motorista acenar para o guarda, que retribui o gesto de forma simpática, apesar de cabisbaixo.
Estavam aproximando-se do porto a esta altura. O que poderia esperá-los por lá, descobririam em breve.
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Não Diga Um A
Misterio / SuspensoQuando um estranho bate à porta, certamente você fica um pouco receoso em atendê-lo, e com razão, afinal, não se deve confiar em pessoas nunca vistas. E se esse, além de desconhecido, for mudo e comunicar-se através de sinais irreconhecíveis? CUIDAD...