Capítulo 17

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"Primeira prova, primeiro beijo"

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Não consegui dormir direito a noite inteira, e o pior era que isso não era novidade pra mim. Mas essa noite estava pior, mais intensa. Acordei em torno de 3hrs da manhã com uma sensação ruim no meio peito, olhei pra Asik no terrário e a mesma dormia tranquilamente. Olhei novamente pra tatuagem no meu antebraço, engoli em seco. Eu sentia como se não tivesse escolha, minha obrigação era ficar do lado de Voldemort e não tem absolutamente nada que eu possa fazer sobre isso. Mas mesmo assim eu andava por ai simpatizando com ele, Harry Potter. Draco estava certo, eu sou uma traidora de sangue, afinal. O problema é que eu não me sentia como uma traidora.

Eu precisava de ar.

Coloquei minha capa da sonserina, meus sapatos, e sai do salão comunal com cuidado. No caminho acabei tombando em alguma coisa que eu não vi, parecia uma pessoa. De seguida ouvi passos e nem tive tempo de processar nada pois senti um pano sendo colocado sobre mim.

- Potter? - Eu murmurei e ele colocou sua mão na minha boca me mandando ficar quieta.

Estávamos na capa da invisibilidade.

- Você me assustou seu idiota! - Falei assim que me certifiquei que não tinha ninguém ali conosco.

- Desculpa - Ele riu leve - O que faz aqui fora?

- Precisava de ar - Dei de ombros.

- Eu também... - Ele parecia chateado e estressado.

- Ei - O fiz me olhar nos olhos - Vai ficar tudo bem, não se preocupe.

- Eu não coloquei meu nome naquele cálice - Ele começou a desabafar - Eu não faço ideia de como isso foi acontecer e muito menos como fazer isso!

- Eu acredito em você - Sorri fraco tentando o acalmar.

- Todo mundo acha que eu sou um mentiroso, até o Rony - Agora ele parecia mais miserável ainda.

- Olha, as circunstâncias não estão muito ao seu favor - Fui sincera - Rony só precisa de tempo, logo ele vai perceber que um aluno do quarto ano meio lerdo nunca conseguiria quebrar um encantamento poderoso como o do cálice.

- Obrigada? - Ele franziu o cenho confuso mas riu em seguida e eu não pude não rir também.

- Eu não sei consolar, desculpa - Eu ri fraco e ele me olhava com aquela cara de bobo de sempre.

- Você foi bem, obrigada - Ele sorriu ainda com aquela cara de bobo, que geralmente eu não ligaria, mas acho que pela proximidade que estávamos eu me senti bem desconfortável.

- Vem - Peguei sua mão gentilmente e comecei a o puxar pra onde eu estava indo antes.

- Torre de astronomia? - Ele perguntou assim que chegamos lá e eu tirei a capa de cima de nós.

- Esse é meu lugar especial - Me sentei nas grades e comecei a admirar a vista - Sinta-se privilegiado, eu só estive aqui com mais uma pessoa - Me senti meio melancólica na hora que lembrei.

𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐀𝐑𝐊𝐍𝐄𝐒𝐒 𝐈𝐍𝐒𝐈𝐃𝐄 𝐎𝐅 𝐌𝐄  - 𝐝𝐫𝐚𝐜𝐨 𝐦𝐚𝐥𝐟𝐨𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora