Capítulo 4.

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"Espelho do Ojesed"

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Algumas semanas se passaram e eu ainda estava intrigada com o medalhão que eu recebi.

"O que você acha, Asik?" perguntei em ofidioglassia enquanto olhava o medalhão em minha mão com Asik em volta do meu pescoço.

"É bonito, deveria usar"  Ela respondeu.

Mas antes que eu pudesse falar algo, alguém apareceu do meu lado e se sentou no sofá.

- Bonito o medalhão, onde conseguiu isso? - Malfoy perguntou intrigado - Parece caro - Falou de maneira arrogante me deixando irritada.

Óbvio que era uma provocação sobre a renda dos Weasley, ele nunca perdia uma oportunidade.

- Ganhei de presente - Dei de ombros - Alias, eu não te devo explicações.

- Sempre muito cheia de classe - Ele sorriu cínico - Certo, Weasley?

- Sempre muito conveniente, certo Malfoy? - Usei do mesmo cinismo e ironia que ele.

Não estava com paciência. Um cordão aparece do nada pra você, acho que é no mínimo preocupante, ninguém manda presentes assim do nada sem rementente, e muito menos sem segundas intenções.

- Por que tem uma cobra? - Ele me olhou intrigado e curioso.

É um medalhão bonito, não posso negar.

- Gosto de cobras - Dei de ombros ainda olhando o medalhão - Elas me entendem assim como eu as entendo.

- Você é esquisita - Resmungou.

Ele queria saber mais, porém devia saber que eu não contaria. Malfoy é inteligente, sabe que minha família não tem dinheiro pra um presente como esse, provavelmente está desconfiado.

Asik rastejou pelo meu pescoço e colocou a cabeça no ombro do loiro que se assustou e quase caiu num pulo. Eu comecei a rir pensando na irônia disso. Ele me olhou bravo e tentou manter a pose, mas eu continuei rindo.

- Eis que o sonserino tem medo de cobras - Eu tinha um sorrisinho no rosto.

Ele me olhava atentamente.

- Eu não tenho medo! Puff, francamente... - Resmungou em tom indignado.

Eu ri mais ainda e fiz carinho na pele escamosa de minha serpente enquanto me levantava pra voltar ao dormitório feminino.

No dia seguinte, aula de poções. Estávamos próximos do natal. Essa aula era com a grifinória e Draco não conseguia passar por Harry sem falar algo estúpido.

- Tenho tanta pena dessas pessoas que têm que passar o Natal em Hogwarts porque a família não as quer em casa - Draco, que estava ao meu lado olhou para Harry ao dizer isso. Crabbe e Goyle riram. Harry, que estava medindo pó de espinha de peixe-leão, não lhes deu atenção.

Malfoy andava muito mais desagradável do que de costume desde a partida de quadribol. Aborrecido porque Sonserina perdeu, tentou até fazer as pessoas rirem dizendo que um sapo iria substituir Harry como apanhador no próximo jogo. Então percebeu que ninguém achara graça, porque estavam todos muito impressionados com a maneira com que Harry conseguira se segurar na vassoura corcoveante. Por isso Draco, invejoso e frustafo, começou a dizer  que Harry não tinha família como os outros... Era bem irritante até pra mim.

[...]

Era o último dia antes das férias e já tinham alunos indo pras suas casas pro feriado de natal, eu estava a caminho do salão principal quando Pansy passou por mim com uma mala nas mãos.

𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐀𝐑𝐊𝐍𝐄𝐒𝐒 𝐈𝐍𝐒𝐈𝐃𝐄 𝐎𝐅 𝐌𝐄  - 𝐝𝐫𝐚𝐜𝐨 𝐦𝐚𝐥𝐟𝐨𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora