Heartless (DESTIEL)++18

Você pode me ouvir?

Alerta!!

Pode conter gatilhos emocionais ao decorrer do capítulo.

Vocês podem colocar a tocar a mídia em qualquer momento do capítulo.

Dean.

Eu precisava urgentemente sair dali, aquele local me sufocava. Aquela música do brinquedo infantil me arrepiava, dava um nó em minha garganta, a sensação era que eu ia desmaiar a qualquer momento.

Fui literalmente correndo até onde meu carro estava estacionado e sali dali rapidamente. Eu apertava os dedos no volante,dirigindo para mais longe o possivel daquele lugar, e daquela música.
Minha cabeça latejava, meu peito doia, eu estava totalmente confuso e precisava de respostas.
Aquela música que estava presente sempre em meus sonhos, e sam nunca voltava para casa,aquilo era pertubador demais.

Estaciono em minha casa,subo as escadas rapidamente, e paro na frente da porta do quarto do Sammy.
Não era para eu estar ali .

mamãe sempre dizia:

"Esse local é proibido,em hipótese alguma entre nesse quarto,quando Sam voltar ele vai querer suas coisas exatamente como ele as deixou"

Mas ele nunca voltava dessa viagem,e pensando bem ,ele não veio no Ano Novo,Natal e nem para meu Aniversário do ano passado e retrasado.

Seguro a maçaneta, suspiro, a porta está trancada, mas isso não era problem. Vou até o quarto da mamãe e pego um dos grampos dela, e coloco o objeto na fechadura e com um click eu destranco a porta.
Encosto a minha cabeça na porta, dou um longo suspiro, lá no fundo meu subconsciente sabia o que aquele cômodo significava.

Entro devagar, encontro um quarto vazio,quer dizer, não totalmente.Tinha um armário com alguns porta-retratos de Sam.
Por algum motivo que eu não sabia explicar forço a gaveta para abrir, mesmo ela estando trancada,e depois de vários murros,ela cede,fazendo cair tudo que havia dentro.
Pego as cartas, várias delas,correspondências e todas elas com minha assinatura,congelo ao perceber que eram todas destinadas somente a uma pessoa, Samuel Winchester.

Abro uma e leio e releio,leio outras duas, a minha cabeça doia,um vazio e um sentimento de dor e perda toma conta do meu peito.
Corro para floresta,gritando o nome do meu irmãozinho caçula desesperadamente.

Caio no meio do meu trajeto,olho para o local e percebo que estou perto da árvore, aquela que nós escrevemos nossa inicias, me aproximo da mesma e passo meus dedos sobre as inicias S.W que Sam tinha gravado ali.

Me ajoelho no chão e começo a cavar com meus dedos, a terra estava seca e isso acabou machucando e dificultando ainda mais o processo, mas eu não parei. Mesmo sentindo minha pele rasgada,continuo até sentir algo ali, puxo um saco plástico e engulo seco sentindo novamente a bola se formar em minha garganta. Meu coração estava disparado,e lágrimas escorriam pela minha bochecha.

Três peças de roupas, e alguns brinquedos. O senhor Alce também estava ali,Sam amava aquela pelúcia. Agarro e abraço forte aquele urso tão amado pelo meu irmãozinho,olho para o céu, e com lágrimas nos olhos eu rezo pedindo a Deus que Sam aparecesse ali, me dizendo que eu estava sufocando um dos seus brinquedos favoritos.

Nada acontece, então eu decido fazer um apelo em voz alta

Sammy?!Você pode aparecer, mamãe não está brava,papai e eu estamos com tanta saudade,Sam?você pode me ouvir?Eu estou com seu brinquedo predileto, quer dizer o segundo.O carrinho bem... aquele eu vou dar um jeito de pegar devolta, Você pode aparecer carinha. Não dá mais irmãozinho, eu não aguento, eu preciso de você aqui comigo.