Capítulo 11

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Em algum lugar muito próximo à propriedade Whitehill Palace do duque de Whitmore

Kent, Inglaterra.


Contrariando todas as expectativas do tempo inglês, fazia uma linda terça-feira de sol com poucas nuvens, apenas para quebrar o azul claríssimo. O tempo firme também colaborava para a viagem, não estava absurdamente calor, estava agradável até demais.

O chacoalhar da carruagem realmente não a incomodava, pensou Emmaline, que já estava tão acostumada que conseguia ler ou dormir tranquilamente. Uma habilidade possivelmente herdada de John, seu pai, que lia e assinava documentos apoiado na parede da carruagem com a mesma tranquilidade que fazia sentado em seu escritório.

Ao contrário dos dois, sua mãe começou a viagem bordando mas desistiu ao errar o ponto quando a roda passou por um buraco. Tentou ler, mas também desistiu reclamando que a carruagem embaralhava as letras. E agora, entediada, ela olhava fixamente pela janela, fazendo pequenos comentários sobre o tempo, sobre a viagem, sobre o baile e sobre Nick.

Ela tinha que admitir que Nick era esperto. Ele aceitou o convite do duque, mas alegou um compromisso para ir somente na quinta. Ela sabia, porém, que ele fez isso apenas para evitar uma viagem com eles. Com sua mãe, especificamente.

A viagem era tão curta que ela nem conseguiu terminar seu livro, saíram logo pela manhã e chegaram depois do meio-dia. Passaram por um parque e assim que a estrada fez uma curva fechada ela avistou Whitehill Palace.

Era um grande e majestoso edifício estilo barroco, construído na encosta de uma colina e rodeado por outras colinas arborizadas, amplos gramados cercavam um pequeno lago na parte da frente da casa. A casa de pedra tinha suaves tons de mel, banhada pelo sol, como acontecia naquele momento, oferecia à propriedade um brilho que refletia nos vidros das numerosas janelas da fachada.

Emmaline ficou encantada, não lembrava de ter visto um lugar mais lindo em toda sua vida. Seus pais também manifestaram admiração. Se aquela casa fosse sua, pensou, passaria a maior parte do seu tempo ali.

A carruagem se deteve na entrada e todos desceram, o mordomo já os esperava com a porta aberta. Ele os conduziu rapidamente para o salão principal, um aposento enorme e luxuoso, onde vários convidados estavam.

Amanda foi a primeira que os avistou e, seguida por sua mãe, se apressaram para recebê-los e apresentá-los a um ou outro convidado desconhecido.

— Lorde Bentham, Lady Bentham, Lady Emmaline. Espero que tenham feito uma ótima viagem até aqui.

Era o duque, que estava em outra roda de conversa e abandonou-a para recebê-los. Ele apertou a mão que seu pai oferecia, fez uma reverência diante de sua mãe e fez uma reverência curvado sobre a mão dela.

Seu pai e Whitmore costumavam fazer negócios juntos, por isso, o conde já pediu um espaço após a janta para conversar sobre os papéis que esteve analisando durante a viagem. O duque prontamente atendeu seu pedido.

— Tenho certeza que estão cansados da viagem e querem se refrescar — disse, interrompendo a conversa com seu pai. — Amanda, por favor, pode acompanhá-las até seus quartos?

— Com o maior prazer.

Amanda as acompanhou ao piso superior, enquanto John permaneceu com o duque. Após mostrar o quarto à sua mãe, que foi descansar, mostrou o quarto reservado para Emma e entrou também.

— Escolhi para você um quarto ao lado do meu!

— Não esperava nada menos de você — comentou Emma, observando que seus pertences já estavam no quarto, arrumados na cômoda, e os vestidos pendurados. — Como está animado por aqui.

O amor de Lady Emma | Reencontros de amor -  Livro 1  **AMOSTRA**Onde histórias criam vida. Descubra agora