Capítulo 2

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•|Narradora|•

Fazia um mês desde que a mãe de Midoriya pediu para ele não chegasse perto daquele galpão, o garoto obedeceu a mãe como sempre fazia. Ele e Katsuki sempre iam brincar por lá e ele sempre cuidava para onde estava indo, sabia que se sua mãe pediu para ele não chegar perto do galpão era porque o lugar era perigoso.

Inko não tinha se tranquilizado até que recebesse a ligação de Yagi dizendo que estava tudo certo. Ela ainda sentia uma sensação estranha, mas talvez fosse o medo de algo dar errado em sua vida novamente. Agora ela estava mais atenta e cuidadosa, sempre buscava o filho na escola e ficava que nem uma mãe coruja para cima de Izuku. O menor até estranhou, mas nada disse.

– Mamãe, posso ir brincar com o Kacchan hoje? – o pequeno Midoriya perguntou empolgado.

O loiro estava atrás dele e esperava que Inko deixasse o esverdeado ir brincar com ele. Eles iriam para a casa dos Bakugou's, lá assistiriam filmes e comeriam besteiras a tarde toda. Não era todo dia que Inko deixava o Izuku ir brincar na floresta, e o pequeno Bakugou não entendia o porquê de ela não deixar, mas ele pensava que talvez ela deixasse ele ir em sua casa.

– Vocês vão brincar na sua casa, Katsuki? – se abaixou para ficar da altura do menor.

– Aham. – afirmou fingindo desinteresse.

O loiro não queria mostrar que estava torcendo para que a mais velha deixasse o Izuku ir com ele. Katsuki era orgulhoso de mais para admitir que gostava de estar com o esverdeado, ainda mais para mãe do garoto. Sempre que queria esconder alguma coisa ele respondia secamente ou insultava os outros. Izuku sabia bem disso.

– Bom, por mim tudo bem! Busco você às cinco, tá?

– Tá bom, mamãe! – disse a abraçando – Tchau!

Inko viu seu filho sair com o melhor amigo, ela saiu somente quando seu pequeno estava no carro de Mitsuki. A mais velha foi para casa e almoçou, sua tarde fora um pouco entediante. A casa ficava sempre vazia sem aquele pequeno correndo pra lá e pra cá, sem o som de sua conversa paralela e das piadas entre os dois.

***

Eram três e meia da tarde quando o filme que Inko estava assistindo foi interrompido por uma matéria urgente do notíciario. Ao ver a tela da televisão a maior levou um susto com a foto do homem que era exibida pelos repórteres. Seu peito apertou e sua visão ficou turva, seu corpo todo tremia e o pânico tomava conta dela.

Na sua cabeça ela só repetia para si mesma que aquilo era apenas um pesadelo. Nada daquilo era real, ela estava segura, seu filho estava seguro. Mas no fundo ela sabia que aquilo estava acontecendo, no fundo ela sempre soube que aquilo aconteceria.

"Picsicopata, assassino, foge da prisão XX na tarde de hoje"

Um som familiar do telefone tocando a fez despertar de seu transe e ao ver o nome de Yagi na tela soltou a respiração, que nem sabia que prendia. O amigo estava preocupado, ele sabia sobre toda a situação dela e da família, acima de tudo ele não queria que ela e o filho ficassem em perigo. Ao ver o desespero na voz da Midoriya, Yagi teve uma de suas ideias malucas. Seu lado de herói se misturava com seus sentimentos, o que o fez fazer uma proposta meio insana.

Inko, aí não é seguro para você e nem para o Izuku. Por que não vem pra New York? Ele nunca imaginaria que vocês viriam pra cá e a casa tem espaço pra vocês dois!

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