L'avenir que je désire

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Um dia, meu pai me disse
Filho, não deixe as chances escaparem
Ele me segurou em seus braços, eu o ouvi dizer
Quando você ficar mais velho
Seu coração rebelde se lembrará da juventude
Pense em mim se algum dia você sentir medo
Ele disse: Um dia você deixará este mundo para trás
Então, viva uma vida da qual você irá se lembrar
Meu pai me disse, quando eu era apenas uma criança
Estas são as noites que nunca morrerão
(Avicii_ The nights)

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Acordei sentindo-me excepcionalmente disposto, levantei em uma cabriola, pondo-me a vestir-me apressuradamente e, no fim, eu estava arquejante após tanta labuta. Logo apressei-me para a cozinha para averiguar o andamento do preparo do café da manhã, normalmente eu não sou tão exigente mas desta vez eu queria comprazer aos ômegas, especialmente o mais novo. Assim que adentrei à cozinha, os lobos que ali trabalhavam enrijeceram-se parecendo estarrecidos, o que é compreensível levando em consideração que não é do meu feitio adentrar aquele cômodo. Pedi à ômega dirigente que me dissesse o cardápio daquela manhã e, após estar finalmente satisfeito com as respostas, deixei o local. Passava pelo salão de entrada quando avistei Taehyung descendo as escadas, ele desejou-me um bom dia com seu corriqueiro sorriso quadrado que fora prontamente correspondido com um sorriso ladinho simplório de minha parte. Eu estava ansioso para ver o ômega Park Jimin, ainda mais após meu sonho e apenas ao imaginar que ele estava ali, no antigo aposento de meus pais, meu peito palpitava. E então passaram incontáveis minutos e ele não descia, eu estava ficando cada vez mais buliçoso, sentindo meu estômago revirar em agonia, tamanha era a ansiedade. Foi então que vi a Sr. Wang passar, com um pano em mãos e uma expressão entretida e inocente, pobre mulher, mal sabia ela que seria um artifício para que eu atingisse meu intento.

-Bom dia senhora Wang. -Proferi como quem nada ambiciona. -Estás tão bem-apessoada hoje, como em todos os outros dias.

-Senhor Jeon, tenho nímio labor me aguardando, então se tu puderes poupar meu tempo eu ficaria deveras penhorada.

-Certo. -Ditei revelando meus verdadeiros sentimentos: nervosismo e ansiedade. -Preciso que tu vás aos aposentos dos ômegas e dizei vós a eles... -Fiz uma pausa encarando o chão tentando formular uma escusa para que eles descessem dentro em breve, e quando pensei em algo, voltei a olhar para a governanta. -Que Taehyung e eu os aguardamos para o desjejum.

E então ela deu meia volta enquanto balançava a cabeça negativamente, visivelmente desaprovando minhas decisões. Tratei de rapidamente ir atrás de Taehyung o encontrando na sala de lazer alimentando os peixinhos dourados Cuphead e Mugman*, e o peixe da espécie pangasius sutchi, chamado Bendy*. Tratei de arrastá-lo para o salão de jantar onde nos sentamos à mesa aguardando os ômegas, alguns criados começavam a pôr a mesa. Eu estava buliçoso a fim de que o tempo passasse depressa e depois congelasse quando eu estivesse com o ômega. Não tardou, logo a Sr. Wang adentrou o cômodo acompanhada dos ômegas, rapidamente nos levantamos reverenciando os irmãos, meus olhos acompanhavam cada movimento do ômega rosado, tão venusto, quiescente e afável. Taehyung fora o primeiro a agir puxando a cadeira para que o Milorde Park Minjun se sentasse, e então fui trazido de volta à realidade pondo-me a puxar a cadeira para o Milorde mais jovem. Por fim estávamos posicionados à mesa da seguinte maneira: Eu na ponta, Taehyung à minha esquerda, o ômega mais novo à minha direita e o Milorde Park Minjun ao seu lado.

Meu coração palpitava, era a primeira vez que comeríamos tão próximos um do outro. Enfim fomos servidos, observei os ômegas servirem-se com pedaços minguados de torta e pão, aquilo me enervara de guisa exorbitante. Por vezes vi ômegas alimentarem-se de migalhas apenas para amoldar-se em estereótipos alienados criados pela sociedade que tenta definir como você deve ser para ser considerado "satisfatório". Eu não queria que eles sentissem que tinham que agir de tal modo perante a mim ou a Taehyung, eu queria que eles se sentissem livres para serem quem quisessem ser, eu queria que ele entendesse que não precisava se comedir para ser encantador aos meus olhos. A singularidade de Park Jimin é o que mais me cativa nele.

La vie en rose (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora