La vie en rose (Jikook)

Courage

O mal, a mágoa e a cólera não nascem ou surgem nos corações
São as circunstâncias e as pessoas que nos cercam que os põe nele. 
(Autoral)

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Park Minjun

Os dias passaram-se e eu apenas conseguia sentir cada vez mais invídia de Jimin. O Duque Jeon mesmo estando sempre azafamado, vinha visitar Jimin com maior reiteração do que antes. Ainda preocupara-se em requestar alvitres sobre um mimo para aprazer meu irmão. Ambos tinham tanta ventura, poder viver esse romance sem quaisquer embargos. Enquanto meu coração e eu não podiamos ficar mais taciturnos. Dessarte, eu sentia invídia. Era certo que o Visconde Oh e eu havíamos feito as concórdias, mas desde então não nos vimos. Entristecia-me despertar, receber vários buquês e cartas mas nenhum dos presentes estar assinado com seu nome. Jimin iria agora em um encontro com o Duque enquanto eu acompanharia papai em um evento solene, já que mamãe não poderia comparecer. Ela dizia ser por motivos de carecer tratar de um assunto de exímia importância com Hyunjae, mas eu cria que mamãe na verdade estava apenas evadindo-se de papai. 

Fui vestido, penteado, maquiado e perfumado pelos criados conforme meu pai havia solicitado. Ao me olhar no espelho constatei que seria um evento da aristocracia. Pude ver por minha janela quando a acompanhante de Jimin chegara, ao ver Kim Taeyeon ali, eu torci para que meu irmão conseguisse lidar com a conjuntura. Aquela garota desde sempre importunara Jimin com contumácia, é inescrutável a razão pela qual ela sente tanta invídia de meu irmão mais novo, tendo em vista que ela sempre fora o foco das atenções e ninguém ao menos notava Jimin, mas eu tenho um pressuposto. Pude ver também pela minha janela quando o Duque chegara e, logo mais, partiram. Perguntava-me para que tipo de lugar o alfa levaria meu irmão e qual mimo ele havia escolhido, mas isso eu descobriria mais tarde. No momento apenas conseguia bufar e revirar os olhos enquanto me jogava em minha cama sem qualquer modo, eu não queria ir a esse evento. 

Encarei o teto do meu quarto sentindo-me acabrunhado. Desviei o olhar para minha escrivaninha repleta de cartas, umas caprichadas, outras nem tanto, de qualquer forma estavam todas intactas, eu não havia aberto uma sequer. Vários buquês, nunca gostei muito de flores. Mas nenhum daqueles presentes era lhano ou genuíno, nenhum deles fora mandado por alguém que gostasse realmente de mim. Como alguém que nunca sequer proseara comigo poderia nutrir sentimentos por mim? Mamãe diz que é falta de consideração de minha parte não ler as cartas, antes eu lia todas, mas com o tempo tornou-se desgastante pois todas, sem exceção, eram cópias de textos já existentes de poetas, nenhum deles de fato escrevera para mim. Após tanto rebuliço em minha mente, finalmente chegara a hora de partir com papai. Mamãe ajeitara o lenço em meu pescoço e expulsara uma poeira invisível de meus ombros para então sorrir com os olhos brilhantes. Ela gostava de ver seus filhos bem vestidos, até Jimin, mas sabê-se lá o que se passa na mente desta mulher. 

Logo mais, papai e eu adentramos a carruagem e seguimos estrada adentro. Papai tinha aquele olhar circunspecto e austero e expressão exaurida enquanto olhava através da janelinha do veículo, ele parecia sempre distante. Muitos o interpretam erroneamente e preferem manter distância, pois ele sempre diz coisas que magoam as pessoas. Mas eu sei que meu pai apenas é amargurado, e acaba por dizer iniquidades para evitar que os outros caiam nos mesmos ludíbrios que ele. Desde sempre, eu fui o mais próximo de meu pai, ele sempre teve esses olhos taciturnos, nunca vi meu pai sorrir. Hyunjae diz que já vira papai sorrir duas vezes, uma vez fora em meu nascimento e a outra fora quando, aos meus quatro anos, eu lhe presenteara com um desenho, infelizmente não tenho essas lembranças. Não sei ao certo como papai acabara desta guisa, mas conforme o que uma de minhas tias dissera, ele nem sempre fora assim.