La Vie en Rose

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AVISO: Capítulo não revisado

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A castidade com que abria as coxas

Quem ousará dizer que ele é só alma?

Quem não sente no corpo a alma expandir-se

até desabrochar em puro grito

de orgasmo, num instante de infinito?

O corpo noutro corpo entrelaçado,

fundido, dissolvido, volta à origem

dos seres, que Platão viu completados:

é um, perfeito em dois; são dois em um.

Integração na cama ou já no cosmo?

Onde termina o quarto e chega aos astros?

Em pequenino ponto desse corpo,

a fonte, o fogo, o mel se concentraram.

A língua lambe as pétalas vermelhas

da rosa pluriaberta; a língua lavra

certo oculto botão, e vai tecendo

lépidas variações de leves ritmos.

(Carlos Drummond de Andrade - Uni poemas)

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O povo estava ansioso, animado e revigorado. Por mais que o desespero tenha se instaurado no reino por uma longa temporada em função das adversidades diversas nas plantações, os saques piratas, o envenenamento e sumiço misterioso de alguns animais, etc, a esperança restaurou os corações aflitos com a notícia da tão esperada coroação. Com isso, os boatos de que o herdeiro direto havia sumido mar adentro com dois amantes se dissiparam, afinal, não havia outro príncipe senão Kim Taehyung para assumir o trono. Entretanto, foi de espanto geral quando o Rei Kim Taemin anunciou, ao lado de sua esposa, a Rainha Kim Jennie, a existência de um outro herdeiro, o seu filho mais velho: Jackson Wang.

Cochichos foram inevitáveis. Parte dos súditos, principalmente as famílias reais de outros países, o clero, os grandes chefes de Estado e os políticos, desgostou da ideia de um filho espúrio no trono. Eles pré-conceituaram Jackson, por suas origens, como um incapaz de assumir tal cargo e talvez, ele realmente não conseguiria sozinho. Entretanto, o que esses opositores da aristocracia não sabiam, era que Jackson possuía uma vantagem nas mangas com nome e sobrenome: Park Hyunjae. Já a outra parte dos súditos, a maioria dos ali presentes, a plebe, aplaudiram avidamente pois ali nasceu um novo sonho entre os desafortunados: A possibilidade de assumir cargos importantes, de sonhar para seus filhos um futuro maior do que a pura servidão. Pois, ali estava um representante fiel de suas lutas, de suas dores, de suas noites mal dormidas pelo trabalho sem fim mostrando que a glória é para todos. Para todos aqueles que sonham.

Eu estava em pé, mais próximo do palco ao lado de meu irmão mais velho Hyunjae pois sobre o palco estava meu noivo ao lado dos monarcas e logo o noivo de meu irmão, o Príncipe Jackson Wang, entraria. Faziam algumas semanas desde o ocorrido com o macróbio do Kim Jongchul, felizmente eu estava me sentindo melhor. Parte dos meus ferimentos haviam se curado e os hematomas estavam quase desaparecido. Jungkook cuidou de mim como se eu fosse um bebê nos últimos dias, acho que a culpa nunca deixará de lhe pesar os ombros, não importa o que eu o diga. Minha família, até mesmo o agora noivo de Minjun, o Visconde Oh Sehun, estava na área da aristocracia, infelizmente, no país elitista em que vivemos, era separada da área da plebe. Mas indiferente da aristocracia ou da plebe, sei que muitas dessas pessoas, de ambos os lados, julgara-me quando souberam que eu havia retirado as queixas contra Kim Taeyeon, Park Woojin, Jung Jihyo e Park Jisung. Sei que esses quatro me fizeram muito mal, mas todos estão profundamente arrependidos, implorando-me perdão sempre que me veem, mesmo após as trezentas vezes em que eu disse que os perdoo. Além de que, eles também merecem recomeçar, confesso que nem todos, mas alguns como o demônio ruivo, apenas entraram nesse esquema por situações desesperadoras e eu sei que, no lugar dele, eu faria o mesmo para ajudar minha família.

La vie en rose (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora