Jimin é o filho mais novo da família Park. Um ômega lúpus totalmente fora dos padrões, inapropriado aos olhos da sociedade, sem nenhuma habilidade característica de um ômega e completamente sem travas na língua. Entretanto, é um ômega bastante talen...
Quantas vezes você quis apagar quem você é e quis ser outro alguém?
Alguém mais bonito, mais esperto, mais corajoso.
Quantas vezes você viu pessoas se apaixonarem enquanto ninguém aparecia no caminho por você e quando aparecia nunca durava para sempre?
Quantas vezes você se sentiu invisível?
Quantas vezes você viu e ficou preso em um mundo cinza?
Quantas vezes a pressão de ser inapropriado, imperfeito e alvo de olhares maldosos caiu sobre você?
Quantos amigos você tem? Eles estão sempre aí por você? Você pode pensar em algum deles que sairia de suas casas até a sua apenas para te ajudar em qualquer coisa que você precisar?
Quantas vezes você chorou por culpa da sua família? Apesar dos pesares, eles são bons pra você? E se sim, eles são bons por você ou por eles? Eles querem o seu bem ou apenas não querem a culpa pelo seu fracasso?
Quantas vezes você quis fugir?
Quantas vezes você se chamou de burro e inútil?
Quantas vezes você pensou que nunca seria amado?
Quantas vezes você sonhou em se apaixonar por alguém e ser recíproco?
Quantas vezes você almejou encontrar sua outra metade?
Quantas vezes você idealizou o amor na sua mente?
Quantas montanhas você já escalou?
Quantos mares você já atravessou?
Quantas vezes você se sentiu apenas uma sombra? Um borrão?
Quantas vezes você já quis se consertar? Mudar sua aparência, seu peso, sua altura, seu cabelo?
Parte do mundo é feito de aparências, de pressão, de inveja. Pessoas doentes lhe entregam o remédio para a sua doença, pessoas loucas o prendem para curar sua loucura. Não é que há apenas coisas ruins no mundo, a questão é que algumas pessoas se acostumaram tanto a enxergar o lado ruim, a sentir as coisas ruins e com suas frustrações fazer com que outras pessoas vivam nesse mundo cinza, que o lado bom foi esquecido. Como um círculo vicioso. Você nasce, cresce, estuda para passar em algum vestibular ou entrar em alguma faculdade para futuramente encontrar um bom emprego e viver uma vida "confortável". Não importa se não é o que você sonhou ser enquanto criança, o que importa é se dá dinheiro. Não importa se suas amizades não são verdadeiras, logo você nem lembrará seus nomes. Nós somos ensinados a tratar as pessoas como passageiras e a ver o dinheiro como principal objetivo. Nós somos ensinados a ter essa ideologia de que o amor deve ser uma coisa perfeita e hetero. Nós somos ensinados a existir, mas nunca a viver.
O mundo se tornou cinza a muitos olhos. Você se sufoca tentando atingir as expectativas que os outros e às vezes você mesmo pôs sobre você. O mundo se tornou um lugar estressante para você.
Mas então, o que acontece quando você aprende a olhar além, além da direção que você olhou a vida inteira? O que acontece quando você aprende que não importa se as pessoas são passageiras, o importante é você ter sido verdadeiro e o tempo que dedicou à elas? O que acontece quando você percebe que o tempo é precioso e que as memórias valem mais do que um diploma super refinado? O que acontece quando você percebe que a felicidade não mora em uma conta bancária? O que acontece quando você percebe que essa vida que você vive, é um sopro? O que acontece quando você se abre mais a conhecer pessoas? O que acontece quando você diz a si mesmo na frente do espelho que não importa sua aparência, você é perfeito pra você, que você se ama? O que acontece quando você percebe que amar alguém não é encontrar alguém que te complete e que agrade aos outros, e sim alguém que você queira que seja feliz? E que ser amado não é se encaixar no que a pessoa idealizou que você fosse, e sim sentir que você é precioso e único?
O que acontece é que você vê a vida em cor de rosas. Você vê la vie en rose.
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